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EIXO 6   Vigilância em Saúde
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                    NOVOS ELEMENTOS NA CARACTERIZAÇÃO DE EPIDEMIAS DE DENGUE NO PARANÁ:
                AVALIAÇÃO COMPARATIVA DA METODOLOGIA DO CANAL ENDÊMICO DE CASOS PROVÁVEIS
                                                 NO PERÍODO 2020/2021
                   Autores: FELIPE ASSAN REMONDI | Willian Herbert Noguti de Lima, Edmilson de Oliveira, Cristian Felipe Ferraz da
                   Silva. Instituição:  SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ
                PALAVRAS-CHAVE: Dengue; Controle de Doenças Transmissíveis; Epidemias
                A definição dos níveis de alerta e resposta são elementos fundamentais para prevenção e controle de epidemias de Dengue. No
                Paraná, até 2020 vigorou a classificação do município a partir da incidência acumulada de casos confirmados, sendo epidêmico ao
                superar os 300 casos/100 mil habitantes. A partir deste ano passou a ser utilizada a avaliação por meio do canal endêmico de casos
                prováveis, no qual a epidemia é definida quando os casos prováveis superam o limite esperado para a semana epidemiológica
                (SE). O objetivo do trabalho foi analisar comparativamente as metodologias para definição de epidemia de Dengue na 17ª Regional
                de Saúde - Londrina/PR (17ªRS) no período 2020/2021. Trata-se de um estudo observacional, agregado e longitudinal a partir do
                banco de notificações do SINAN de 26/07/2020 a 24/07/2021. Foram avaliadas a SE de caracterização de epidemia, a diferença de
                tempo e de localidades. No período analisado, a 17ª RS acumulou 34982 casos notificados, sendo 10975 confirmados e 15 óbitos.
                Considerando o critério de incidência acumulada, a SE 11/2021 atingiu 345 casos confirmados/100 mil habitantes, contudo tal
                informação foi caracterizada apenas na SE 19/2021. Por sua vez, utilizando o canal endêmico de casos prováveis, já na SE 12/2021
                a situação de epidemia estava definida, representando uma abreviação de 7 semanas. Dos 21 municípios da 17ªRS, 7 (33%)
                foram estavam em epidemia pela incidência acumulada, enquanto apenas 4 (57%) pela nova metodologia. A classificação por
                casos prováveis teve uma sensibilidade de 100% e especificidade de 81% para o período completo. A nova metodologia permitiu
                a definição do cenário de forma abreviada, sem a necessidade de aguardar até a confirmação dos casos, além de estimular
                que os municípios mantenham o sistema atualizado. Também passa a considerar o histórico de cada município com análise
                epidemiológica adequada a cada localidade, quando até então, via de regra, as cidades menores atingiam o nível de epidemia
                precocemente, com poucos casos confirmados, e as maiores de forma tardia, quando a necessidade de recursos já era muito
                grande. Por outro lado, trata-se de uma metodologia ainda em processo de implantação, que requer o apoio de ferramentas
                adicionais, como mapas de calor e implementação de indicadores. Conclui-se que ao agregar maior sensibilidade e melhor tempo
                resposta, a nova proposta qualifica o processo de controle vetorial no estado, sendo premente a necessidade de sua difusão e
                qualificação.













































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