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EIXO 6   Vigilância em Saúde
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                     PANORAMA DOS ÓBITOS POR COVID-19 NO MUNICÍPIO DE COLOMBO - PARANÁ
                    Autores: DIOGO VASCONCELOS | Emmanuele Mainart Ildefonso, Marilda Barros de Lima Schwartz, Rosalba
                    Vaz Schulli dos Anjos. Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Colombo
                 PALAVRAS-CHAVE: Epidemiologia; COVID-19; Sistemas de informação
                 Estimativas  acuradas  de  mortes  por  COVID-19  constituem  um  importante  desafio  para  a  vigilância  epidemiológica,
                 principalmente entre os países de baixa e média renda, onde a letalidade da doença é magnificada pelo acesso limitado
                 aos serviços de saúde, dinâmica política e maior incidência da doença nos grupos com menor nível socioeconômico. Ao
                 serem infectados, populações em desvantagem social enfrentam maiores dificuldades para realizar o efetivo isolamento
                 uma vez que residem em domicílios densamente ocupados, em condições sanitárias precárias, favorecendo a disseminação
                 da doença. O presente relato pretende apresentar o perfil epidemiológico dos óbitos por Covid-19 no município de Colombo,
                 Paraná, baseado em dados secundários, compilados a partir do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). A coleta
                 de dados ocorreu entre maio de 2020 e dezembro de 2021. Após a coleta de dados no SIM, foi realizada uma busca por
                 outras informações a fim de traçar o perfil da população estudada e identificar o cenário do município de Colombo frente à
                 pandemia. Situado na região metropolitana de Curitiba, o município de Colombo possui uma população estimada de 246.540
                 habitantes. Em maio de 2020, Colombo registrou o primeiro óbito por Covid-19, representado por uma pessoa do sexo
                 masculino, 76 anos, cor de pele branca, hipertensa, diabética que se encontrava internada em ambiente hospitalar. Desde
                 então, foram computados mais de 800 óbitos confirmados para a doença. Um aumento expressivo foi constatado entre os
                 meses de março e junho de 2021, tendo este último o registro de 144 causas básicas de óbito por Covid-19, representando
                 53%. No mês de março do mesmo ano este número representava 48%. Ao correlacionar óbitos e idade, a população na
                 faixa etária de 50 anos ou mais foi prevalente, contabilizando mais de 80% dos casos. A população mais atingida pelo pior
                 desfecho da doença encontrava-se na faixa etária de 50 a 70 anos, de sexo masculino, de cor de pele branca, apresentando
                 alguma comorbidade como diabetes, obesidade, hipertensão arterial, sem vínculo empregatício formal e esquema vacinal
                 para  a  doença  incompleto.  Os  sistemas  de  informação  são  de  fundamental  importância  para  o  levantamento  do  perfil
                 epidemiológico de uma população e seus dados auxiliam na elaboração de estratégias de ação.





                   AÇÃO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE HANTAVIROSE REALIZADA NO MUNICÍPIO DE
                      CRUZ MACHADO, 6ª REGIONAL DE SAÚDE DO PARANÁ31/01/2022 A 04/02/2022

                    Autores: SILMARA APARECIDA FERREIRA DE CARVALHO | Emanuel Marques da Silva, Alessandra Zanchet,
                    Maiane Regina Ferreira Soares. Instituição: Secretaria Estadual de Saúde do Paraná

                 PALAVRAS-CHAVE: Hantavírus; risco; educação
                 Caracterização do problema: Em 2021 foram confirmados dois casos de hantavirose no município de Cruz Machado, na
                 6ª Regional de saúde (RS) do Paraná. Desencadeadas ações de vigilância ecoepidemiológica e ambiental nas localidades.
                 Justificativa: A 6ª RS é considerada área endêmica para hantavirose no Paraná. Com letalidade de 49%, de 2011 a 2021
                 foram confirmados 111 casos e 44 óbitos, destes 41 casos (37%) e 19 óbitos (43%) nessa regional. Dos 03 últimos óbitos
                 do  Estado  (2019),  01  se  deu  em Cruz  Machado.  Objetivo:  Descrever a  ação de  educação  em saúde  sobre  hantavirose
                 realizada em Cruz Machado em 2021. Descrição da experiência: no período de 31/01/2022 a 04/02/2022 foi realizado em
                 Cruz Machado uma ação conjunta de educação em saúde sobre prevenção da hantavirose voltada a população da área
                 rural e com prioridade para famílias residentes nas áreas descobertas de Estratégia de Saúde da Família (ESF) e agentes
                 comunitários de Saúde (ACS) no município. Cruz Machado possui 27 micro área de saúde, 08 são descobertas. Para as visitas
                 foram organizadas 05 equipes, guiadas pelos ACS e compostas por técnicos de vigilância em saúde. Em cada visita foi feito
                 orientação sobre o risco epidemiológico da circulação do vírus no município, as situações de risco e como preveni-las, os
                 principais sinais e sintomas da doença e a importância de buscar um serviço de saúde oportunamente, evitando o rápido
                 agravamento da doença. Ao final dos 05 dias de trabalho conjunto foram visitados 797 domicílios, o que corresponde a
                 20,43% dos 3.900 domicílios rurais do município. Foram priorizadas as visitas as áreas descobertas de ACS e ESF, tendo
                 sido alcançada aproximadamente 62% da extensão total dessa área. Reflexão sobre a experiência: por se tratar de uma
                 região endêmica para hantavirose, tendo em vista a similaridade da sintomatologia inicial da doença com várias outras,
                 inclusive Covid-19, a rápida evolução do quadro clínico e a dificuldade de acesso aos serviços de saúde locais; a educação
                 em saúde permanente da população se mostra uma importante estratégia para prevenção e controle da morbimortalidade
                 pela doença no município. Recomendações: para dar seguimento ao trabalho de educação em saúde, ficou pactuado com
                 as equipes da regional de saúde e município a continuidade nas visitas às famílias das áreas com cobertura de ESF e ACS
                 para cobertura de 80% a 90% das residências e orientações permanentes sobre prevenção da infecção por hantavirose na
                 rotina das equipes.



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