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EIXO 6   Vigilância em Saúde
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                      SINTOMATOLOGIA DA COVID LONGA, EM CASOS LEVES DE CORONAVÍRUS, SOB
                                          ACOMPANHAMENTO AMBULATORIAL

                   Autores: CRISTIANE DE MELO AGGIO | Yisbet Bebert Diaz, Audineia Martins Xavier, Ana Paula Serra de Araújo,
                   Jonilson Antonio Pires. Instituição: PREFEITURA DE GUARAPUAVA/UNICENTRO

                PALAVRAS-CHAVE: Signs and Symptoms; Post-acute Covid-19 syndrome; Telemedicine.
                Introdução: O SARS-CoV-2 causa complicações crônicas, sistêmicas e intensas1, como a Covid Longa, que se constitui de pessoas
                com sintomas persistentes ou novos, após a infecção inicial2. Os serviços de saúde, especialmente da atenção primária, devem
                inovar o cuidado à esta população e, como são ínfimas as informações a este respeito1, caracterizou-se a sintomatologia da
                Covid  Longa em casos de conoravírus.  Método:  Estudo transversal, em município  paranaense, pioneiro  na implantação da
                telemedicina para suspeitos de Covid-19. Dos casos triados pela equipe multidisciplinar do teleatendimento e acompanhados
                pelas Unidades Básicas de Saúde, de agosto a setembro de 2021, 48 eram leves e sem comorbidades. Destes, 90% consentiram
                o teleatendimento sobre sintomas da Covid Longa, embasado nas normativas dos Conselhos Profissionais da área da saúde e
                do teleatendimento. Empregou-se a estatística descritiva univariada na análise dos dados. Resultado: 86% dos participantes
                apresentaram  algum sintoma, prevalecendo fadiga (49%), perda de peso (44%), ansiedade (42%), alterações  da memória
                (26%), perturbação hipercinética (23%), dores musculares (23%), irritabilidade (26%), psicose afetiva (21%), além do prejuízo
                na qualidade de vida (50%) e na atividade laboral (23%). Discussão: A Covid Longa resulta da reação inflamatória persistente
                e trombose, exigirá controle da pressão arterial, obesidade e dislipidemia3 e teve prevalência superior à de um estudo norte
                americano4. A fadiga é comum5, está associada à trombose e resposta autoimune exagerada6, apresentou ocorrência similar
                à das publicações com pacientes da COVID-19, e demandará espirometria, dosagem de cloreto, bicarbonato, cálcio, fosfato,
                enzimas musculares, cortisol2. O emagrecimento constatado foi superior ao dos principais estudos sobre sintomatologia da
                Covid  Longa7,  sua  causa é desconhecida8  e recomenda-se avaliar desnutrição7,  intolerância alimentar, sangue  oculto  nas
                fezes, enzimas pancreáticas, anticorpos IgA antitransglutaminase, além da ultrassonografia abdominal e endoscopia digestiva
                no monitoramento2. A sintomatologia da Covid Longa é diversa nos estudos, reduz a qualidade de vida das pessoas9, como
                identificado, e reitera o seu acompanhamento por equipe multidisciplinar1. Conclusão: Identificou-se precocemente a Covid
                Longa e urge a consolidação das ações de vigilância e do cuidado, coordenado, continuado e centrado nas pessoas afetadas,
                após o advento da pandemia.



                       BOAS PRÁTICAS NA MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS PARA TRABALHADORES E
                   EMPRESÁRIOS DO COMÉRCIO DE ALIMENTOS DO MUNICÍPIO DE COLOMBO, PARANÁ
                   Autores: ANA PAULA KULIG GODINHO | Josiane Tiborski Cesar, Bianca Aquino, Isabele Vicente de Brito, Pricila
                   Costa. Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Colombo
                PALAVRAS-CHAVE: Educação em saúde; Vigilância sanitária; Alimentos
                Ações de vigilância sanitária (VISA) constituem a mais antiga atividade de Saúde Pública. Desde os tempos remotos, organizações
                sociais já buscavam realizar o controle sobre os pontos chaves da vida em coletividade e as ameaças à saúde da população. No
                que tange a alimentação, a VISA tem como principal dever a fiscalização da produção, transporte e comércio de alimentos com
                vistas a minimizar ou eliminar potenciais riscos à saúde do consumidor. A fim de exercer sua função, a VISA tem o poder de
                restringir direitos individuais em defesa do interesse público. Essa característica é decorrente do poder de polícia administrativa,
                específico da administração pública. Embora não atue exclusivamente com base no poder de polícia, é esse poder que assegura
                a capacidade de intervenção sobre os problemas sanitários e possibilita a sua atuação em benefício da coletividade. Devido a
                um modelo centrado no poder de polícia, criou-se um processo histórico de rejeição ao trabalho da VISA. Nesse sentido, se faz
                relevante a prática de ações educativas visando à formação da consciência sanitária da população. A partir de um levantamento
                realizado durante as fiscalizações de rotina, os técnicos da VISA de Colombo identificaram que o desconhecimento de normas
                sanitárias  representava  uma  das  principais  dificuldades  apontadas  pelos  comerciantes  frente  as  exigências  da  vigilância.
                Concomitantemente, observou-se que a maioria das denúncias recebidas pela Ouvidoria Municipal de Saúde e enviadas ao
                serviço de VISA correspondiam a estabelecimentos do ramo de alimentos. Esses achados corroboraram com a I Conferência
                Nacional  de  VISA,  que  reconheceu  a  urgência  em promover ações de  educação  sanitária voltadas  à população.  Diante  do
                exposto, os técnicos da VISA Colombo organizaram e ministraram um treinamento sobre as boas práticas de manipulação de
                alimentos destinado aos comerciantes e munícipes trabalhadores do ramo. Tendo como base a legislação vigente, os temas
                abordados foram expostos por meio de palestras, discussões, vídeos, dinâmicas e apresentações visuais. O treinamento ocorreu
                em outubro de 2019 e contou com a participação de 51 manipuladores de alimentos de 34 estabelecimentos. As devolutivas
                recebidas foram bastante positivas quanto à sensibilização ao trabalho da VISA. Por meio de ações de educação como essa,
                espera-se a promoção da autonomia dos cidadãos para mudanças de hábitos e comportamentos, colaborando para a eficiência,
                eficácia e efetividade das ações da VISA.



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