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EIXO 6   Vigilância em Saúde
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                      CONHECER PARA ALIMENTAR ESCOLHAS SAUDÁVEIS: EDUCAÇÃO ALIMENTAR E
                  NUTRICIONAL, COMPORTAMENTO ALIMENTAR E ESTADO NUTRICIONAL DE ESCOLARES

                   Autores: GABRIELLE LOUISE AYRES | Vinicius Julio Cortiano. Instituição: PUCPR
                PALAVRAS-CHAVE: Estado Nutricional; Alimentação Escolar; Educação Alimentar e Nutricional
                A  prevalência  de  obesidade  infantil  no  Brasil vem aumentando  e  é  um  fator de  risco para o  desenvolvimento  precoce de
                doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs). Nesse sentido, nota-se a necessidade de gestão de políticas públicas e programas
                relacionados à alimentação saudável. A cada ano, as escolas enviam informações de peso e estatura dos alunos para o SISVAN,
                porém poucos  professores têm conhecimento  desta atividade  e, mesmo com os relatórios, não  existe um  plano  de  ação
                direcionado à escola sobre o estado nutricional dos escolares. A partir disso, fizemos parte do projeto piloto “conhecer para
                alimentar escolhas saudáveis” da Secretaria de Educação em abril e maio/22, no qual trabalhamos em escolas municipais de
                ensino fundamental com escolares do 3º ao 5º ano. O projeto consiste na avaliação nutricional e alimentar dos alunos dentro e
                fora da escola, com o objetivo avaliar a efetividade e a adesão ao Programa Nacional de Alimentação Escolar e obter dados mais
                abrangentes do estado nutricional das crianças. Os dados foram obtidos através de medidas antropométricas (peso, estatura
                e circunferência da cintura(CC)), formulário de consumo adaptado e mapeamento da aceitabilidade das refeições oferecidas
                na escola. Com avaliação antropométrica, foram gerados índices de peso/idade, estatura/idade e IMC/idade, e classificamos
                da CC, pela referência Freedman et al (1999). Também foi entregue aos professores um questionário sobre a alimentação
                escolar. Com os dados, vimos que 39% dos estudantes estão acima do peso, sendo 18% de sobrepeso, 17% de obesidade e
                4% de obesidade grave, além de que 10% dos estudantes possuem CC elevada, apresentando risco de DCNTs. Há uma baixa
                aceitabilidade da alimentação escolar, principalmente nas preparações salgadas, e média aceitabilidade nas frutas. Com os
                resultados,  elaboramos  atividades  para  as  demandas  específicas  da  escola,  focando  na  educação  alimentar  e  nutricional.
                Com os diagnósticos e a experiência obtida durante o projeto, foi recomendado à escola que colocasse cartazes educativos
                nos espaços de convívio, fizesse rodas de conversas e atividades com os pais incentivando hábitos saudáveis e oficinas sobre
                alimentação e nutrição. Observa-se a necessidade de monitoramento do perfil alimentar e nutricional dos alunos, bem como
                o  incentivo  a  uma  alimentação mais saudável,  através de  atividade  lúdicas  e  participativas que reforcem a  importância  da
                autonomia nas escolhas alimentares.




                    DESENVOLVIMENTO DE FERRAMENTA PARA PADRONIZAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DO
                 MÉTODO DE CÁLCULO DOS INDICADORES DA VIGILÂNCIA DA VIOLÊNCIA INTERPESSOAL E
                                                   AUTOPROVOCADA
                   Autores: ELAINE CRISTINA  VIEIRA DE OLIVEIRA | Merari Gomes de Souza,  Dora Yoko Nozaki Goto, Carla
                   Konieczniak Aguiar, Maria Goretti David Lopes. Instituição: Secretaria de Estado da Saúde do Paraná
                PALAVRAS-CHAVE: vigilância epidemiológica; violência interpessoal e autoprovocada
                A violência é um fenômeno de relevância em saúde pública e a vigilância da sua ocorrência é uma ação fundamental para a
                proposição de intervenções mais efetivas direcionadas ao problema. Neste sentido, é oportuno o desenvolvimento de uma
                ferramenta, buscando padronizar e qualificar a vigilância epidemiológica da violência interpessoal e autoprovocada, com foco
                na compreensão e análise adequada desse fenômeno. O processo iniciou em janeiro de 2021 e foi finalizado em abril de 2022.
                Trata-se da elaboração de um manual de padronização de método de cálculo e indicadores. Primeiramente foram analisadas as
                variáveis da ficha de notificação de violência interpessoal e autoprovocada provenientes do Sistema de Informação de Agravos
                de Notificação (Sinan) e os indicadores epidemiológicos vinculados ao processo de trabalho da vigilância. Na construção do
                método de cálculo e consolidação dos indicadores foi utilizado o tabulador Tabwin® e o software Microsoft Office Excel®. Na
                sequência, o instrumento foi validado por profissionais experientes e não experientes na área, para conferir a veracidade e
                testar a aplicabilidade dos cálculos e indicadores. O método de cálculo e a lógica de tabulação (log) foram validados por seis
                profissionais da saúde, sendo quatro deles com conhecimento em epidemiologia e vigilância em saúde, além de prática no
                manejo do sistema de informação; e dois profissionais sem experiência na área ou manejo do sistema. Todos os profissionais
                emitiram parecer sobre a aplicação prática da ferramenta, sendo considerada de fácil aplicação e com baixo grau de dificuldade
                pelos avaliadores. Além disso, os testes realizados demonstraram que todos os profissionais encontraram o mesmo resultado
                ao final dos cálculos. A sistematização de metodologia de cálculo dos indicadores utilizados no processo de trabalho da vigilância
                é imprescindível, especialmente devido a complexidade que envolve a disponibilização de dados e informações confidenciais
                do prontuário de saúde do paciente. Esse processo qualifica as informações provenientes dos sistemas de informação e pode
                aumentar a consistência e robustez dos dados produzidos pelos serviços de saúde. Promover o uso de dados de modo adequado
                auxilia na tomada de decisão, direciona as estratégias no alcance de metas e subsidia políticas públicas. Também contribui para
                resguardar sigilo e confidencialidade das informações produzidas de maneira a proteger dados sensíveis.




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