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EIXO 6   Vigilância em Saúde
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                      SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE ANIMAIS PEÇONHENTOS (SINAP) APLICADO NA
                     VIGILÂNCIA DE ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS NO ESTADO DO PARANÁ

                    Autores: RAQUEL CRISTINA MARRA | Luiz Antonio Kissner. Instituição: Secretaria de Saúde do Estado do
                    Paraná - SESA

                 PALAVRAS-CHAVE: Acidentes; identificação; peçonhentos; SINAN; SINAP
                 Caracterização do problema:  Acidentes  com  animais  peçonhentos  são  de  notificação  compulsória  no  SINAN,  no
                 preenchimento da ficha além de outros dados deverá também ser informado a possibilidade de soroterapia. Nos casos
                 desses acidentes é importante a identificação do animal, uma vez que a profilaxia pode ser diferente dependendo da
                 espécie envolvida nos casos, por exemplo, Soro antielapídico que é aplicado somente nos acidentes com Coral verdadeira.
                 A identificação taxonômica dos animais na Divisão de Vigilância de Zoonoses e Intoxicações é realizado pelo Laboratório
                 de Taxonomia Animal através do Sistema de Informações de Animais Peçonhentos (SINAP), implantado em 2015. No
                 sistema é registrado as espécies dos animais coletados causadores ou não de acidentes e posteriormente é emitido
                 um laudo que é encaminhado às Regionais de Saúde. Esse fluxo auxilia em ações da vigilância na saúde pública, na
                 determinação de infestações e distribuição de espécies no estado do Paraná, entretanto as informações preenchidas
                 na ficha do SINAN e o registro do animal no SINAP não se intercomunicam. Justificativa: Para facilitar o intercâmbio de
                 dados entre os sistemas, o SINAP tem um campo para preenchimento do número da notificação do SINAN, entretanto o
                 dado nem sempre é preenchido. Objetivo: Avaliar os registros realizados no SINAP de animais peçonhentos causadores
                 de acidentes entre os anos de 2019 à 2021 e quais apresentaram o número da notificação do SINAN. Descrição da
                 experiência: Em 2019 54,4% apresentaram o número de notificação, em 2020 42,8% e em 2021 55,8% casos de acidentes
                 apresentaram o número de notificação no SINAN. Reflexão sobre a experiência e recomendações: Em torno da metade
                 dos casos de acidentes por animais peçonhentos registrados no SINAP apresentaram notificação no SINAN, mostrando
                 que o uso dessa ferramenta está se tornando parte da rotina dos gestores das vigilâncias regionais. Entretanto é
                 importante ressaltar que a falta dessa informação no registro do SINAP poderá ser resultado de outros fatores, como
                 subnotificação,  que  poderá  interferir  em  diversas  ações  da  vigilância,  tais  como  distribuição  dos  soros  antiveneno  e
                 na vigilância das notificações compulsórias. Portanto, é recomendado o fomento na criação e implantação de novas
                 ferramentas que interliguem os dados do SINAN-SINAP, auxiliando nas ações em vigilância nos casos de acidentes com
                 animais peçonhentos.





                   RELATO DE EXPERIÊNCIA: CAMPANHA “ABRIL PARA SEGURANÇA DO PACIENTE” COM
                           OBSERVAÇÃO DOS CINCO MOMENTOS DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

                    Autores: ANDREA PEREIRA DE ARAUJO | Aline de Almeida Moscato, Fernando Marcucci,, Michele Delalibera,
                    Rosemeire Pestana, Julio Cesar Trannin. Instituição: HOSPITAL DR ANISIO FIGUEREDO
                 PALAVRAS-CHAVE: Gestão em saúde; Infecção hospitalar, Higiene das mãos
                 A infecção relacionada à assistência à saúde é toda infecção adquirida durante a internação ou mesmo após a alta e é a
                 principal causa de morbidade e mortalidade do mundo. As mãos são consideradas um dos principais fatores de transmissão
                 nos hospitais em geral. No enfrentamento desse grave problema de saúde pública, um dos grandes desafios da Comissão de
                 Controle de Infecção Hospitalar e do Núcleo de Segurança do Paciente é a adesão dos profissionais à pratica de higienização
                 de mãos. Portanto, campanhas de higienização  de mãos se mostram  importantes ferramentas  de sistematização da
                 assistência e otimização dos recursos disponíveis. O presente relato tem como objetivo relatar a experiência de uma estratégia
                 inédita visando o aumento da adesão à higiene de mãos em hospital público secundário em município do norte do Paraná,
                 realizado no mês de abril do ano de 2022. A atividade foi composta por cinco etapas: planejamento e definição dos recursos,
                 redefinição dos processos, qualificação dos servidores, sensibilização das equipes e avaliação da melhoria contínua. Das
                 ações desenvolvidas, ocorreu a união entre a Comissão da Qualidade e Segurança do Paciente com a Comissão de Controle
                 de Infecção Hospitalar, confecção de cartazes, vídeos e aplicação de pré e pós teste sobre a importância dos cinco momentos
                 da higienização das mãos para sensibilização dos servidores. O formulário de observação da higienização das mãos foi
                 uma importante ferramenta utilizada por cada servidor para avaliar a adesão à higiene das mãos de médicos, enfermeiros,
                 técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e nutricionistas. Cada servidor realizava o pré e pós-teste e orientava sobre o
                 preenchimento do formulário de higiene das mãos para outros seis servidores, tornando-se cada servidor, um multiplicador.
                 Ao final do processo, todos os servidores estavam sendo observados e foi constatado um aumento significativo na taxa de
                 adesão à higiene das mãos e no consumo de álcool gel e sabonete líquido, com melhora dos indicadores.




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