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EIXO 6   Vigilância em Saúde
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                    ATUAÇÃO DO COMITÊ ESTADUAL DE INVESTIGAÇÃO DE ÓBITOS POR ARBOVIROSES:
                       QUALIFICAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA E ATENÇÃO A SAÚDE NO PARANÁ

                   Autores: JÉSSICA OLIVEIRA DE LIMA | Aparecida Martins da Silva, Eneas Cordeiro de Souza Filho, Emanuelle
                   Gemin Pouzato, Ivana Lúcia Belmonte, Maria Goretti David Lopes. Instituição: Secretaria de Estado da Saúde
                   do Paraná
                PALAVRAS-CHAVE: Vigilância em Saúde Pública; Atenção à Saúde; Dengue.
                Caracterização: O enfrentamento das arboviroses no Brasil tornou-se um dos maiores desafios da saúde pública neste século.
                Dentre as arboviroses urbanas, a dengue apresenta-se de forma sazonal no Paraná desde 1991. A partir disso, ocorreram períodos
                epidêmicos importantes, como os vivenciados nos períodos epidemiológicos 2015/2016 e 2019/2020, e registros de notificações
                de casos autóctones anualmente. Os esforços empreendidos pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Paraná a cada período
                epidemiológico são voltados para o combate ao vetor e para evitar a ocorrência de casos graves e óbitos por dengue, sendo os
                óbitos considerados evitáveis. Devido a isso, a ocorrência requer investigação criteriosa pelo Comitê Estadual de Investigação de
                Óbitos Suspeitos por Arboviroses. Justificativa: Considerando que os óbitos por dengue são evitáveis, e apontam, na maioria
                das vezes, para a qualidade do cuidado prestado e a organização da Rede de Atenção à Saúde, a Organização Mundial da Saúde
                recomenda que a taxa de letalidade por dengue seja menor que 1%. A ocorrência acima desse parâmetro expõe a fragilidade
                das ações de enfrentamento do agravo, devendo ser imediatamente corrigidas. No Paraná, as taxas de letalidade desde 2015
                permanecem entre 2 e 3%. Objetivos: Refletir sobre as fragilidades identificadas no manejo dos casos de dengue que evoluíram
                a óbito. Descrição da experiência: Por meio da Resolução nº 1.368 de 2020, a Sesa instituiu o Comitê Estadual de Investigação
                de Óbitos por Arboviroses, com representantes da vigilância ambiental, epidemiológica e atenção à saúde. O objetivo é analisar
                os óbitos suspeitos, identificar as fragilidades que contribuíram para o desfecho desfavorável e propor ações para modificar a
                realidade. Propõe-se que os municípios e regiões de saúde com registro de óbitos suspeitos realizem a discussão e concluam a
                investigação em âmbito municipal e regional. Os casos mais complexos, que exigem apoio técnico especializado, são discutidos
                também no Comitê Estadual. Reflexões e recomendações: As discussões dos óbitos devem ocorrer não apenas com o objetivo
                de encerramento e conclusão da causa do óbito nos sistemas de informação vigentes, mas gerar reflexões sobre o cuidado
                ofertado à população, e propor mudanças na organização dos serviços de saúde. A análise dos óbitos aponta para a necessidade
                de fortalecer o manejo clínico dos casos, em especial de pessoas idosas e com comorbidades, grupos onde os óbitos pelo agravo
                predominam.


                  ATUAÇÃO DO NÚCLEO DE EPIDEMIOLOGIA HOSPITALAR NO CONTEXTO DOS CASOS DE
                    COVID-19 NO ANO 2021 EM UM HOSPITAL MUNICIPAL NA CIDADE DE CURITIBA/PR

                   Autores: MARIANA LETÍCIA PADILHA | Flávia Cunha Gomide Capraro, Gabriela Milczewski, Germano Valença
                   Monteiro Neto, Jeferson Bueno de Lima Souza. Instituição: FEAES - Fundação Estatal De Atenção À Saúde

                PALAVRAS-CHAVE: Núcleo de Epidemiologia Hospitalar, Covid-19
                Caracterização do  Problema:  A  Covid-19  é  uma  doença  infecciosa  causada  por  um  coronavírus  (SARS-CoV-2).  O  vírus  e  a
                doença eram desconhecidos até o surto em Wuhan, China, ocorrido em dezembro de 2019. Em 30 de janeiro de 2020, a Covid-19
                foi considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma emergência internacional de saúde pública. Foi notificado o
                primeiro caso de Covid-19 no Brasil em 26 de fevereiro de 2020 em São Paulo. Justificativa: A Covid-19 foi classificada como
                uma emergência internacional de saúde pública com grande número de infectados, ocasionando grande impacto na estrutura
                de serviço de saúde e gestão pública, o Ministério da Saúde em 2021, publicou a Portaria 1.693/2021 que instituiu a Vigilância
                Epidemiológica Hospitalar (VEH), que tem como objetivo o fortalecimento e descentralização da Vigilância Epidemiológica no
                âmbito hospitalar, dando aos gestores elementos de apoio a tomada de decisão frente aos eventos de interesse para a saúde.
                Objetivo: Relatar a atuação do Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar frente aos casos de SARS-CoV-2 no ano de 2021 em
                um Hospital Municipal na cidade de Curitiba/PR. Descrição da Experiência: Foram investigados 2183 casos suspeitos de Covid-19
                em 2021 através do exame de painel de vírus respiratório, enviados ao Laboratório Central do Estado do Paraná, vinculado à
                Secretaria de Saúde. Os casos investigados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) de indivíduos com Síndrome Gripal
                que apresentem: dispneia/desconforto respiratório ou pressão ou dor persistente no tórax ou saturação de O2 menor que 95%
                em ar ambiente ou coloração azulada (cianose) dos lábios ou rosto, foram notificados no sistema de informação da vigilância
                epidemiológica da gripe - SIVEP Gripe Dos casos investigados, 1740 foram confirmados com Covid-19, destes 957 eram do
                sexo  masculino  com  prevalência  de  23,51%  na  faixa  etária  de  50  até  59  anos,  os  outros  783  casos  confirmados,  foram  de
                mulheres com prevalência de 24,39% na faixa etária de 60 até 69 anos. Houve 589 óbitos confirmados por Covid-19, sendo que a
                prevalência foi maior nos homens com faixa etária de 50 até 59 anos. Reflexão sobre a experiência e Recomendações: Tendo
                em vista que os casos de Covid-19 têm grande impacto na hospitalização a atuação da VEH deve ser constante na busca ativa
                de casos suspeitos ou confirmados para realizar a monitorização e desfecho, sendo assim é possível elaborar um diagnóstico
                epidemiológico do hospital frente a esse agravo.


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