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EIXO 6 Vigilância em Saúde
RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
ORGANIZAÇÃO DAS AÇÕES DE CAMPANHA DE VACINAÇÃO ANTIRRÁBICA EM UM
MUNICÍPIO DO ESPÍRITO SANTO.
Autores: ROGÉRIO AUGUSTO DE PAULA JÚNIOR | Thainara Meneguelli Fialho. Instituição: Universidade
Federal do Espírito Santo
PALAVRAS-CHAVE: Campanha de Vacinação; Raiva; Cães.
Caracterização do problema: A raiva é uma antropozoonose caracterizada por quadro progressivo de encefalomielite viral
aguda. Nas áreas urbanas do país, cães e gatos são a principal fonte de infecção para humanos. Após a infecção, o animal
apresenta elevada carga viral em secreções e transmite o vírus por meio de mordeduras e lambeduras. A vacinação sistemática
de cães e gatos é uma das medidas adotadas pelo Ministério da Saúde para prevenir a ocorrência de novos casos humanos.
Tendo como meta alcançar a cobertura de vacinação de 80% da população canina, as consecutivas campanhas de vacinação
antirrábica contribuíram para o controle da doença nas últimas décadas. Justificativa: No Espírito Santo observa-se a redução
da incidência de casos, entretanto a redução da cobertura vacinal pode acarretar o surgimento de novos casos. Desta forma,
se faz necessário traçar estratégias que agreguem maior eficiência e efetividade às atividades de vacinação. Objetivos:
Objetiva relatar a experiência de organização da campanha de vacinação antirrábica no município de Colatina - ES no ano de
2020. Descrição da experiência: No planejamento utilizou-se a metodologia dos 5 estágios de gerenciamento de projetos:
1 (compreensão do ambiente); 2 (definição do objetivo); 3 (planejamento); 4 (execução) e 5 (monitoração e avaliação). Foram
criados formulários para controle de estoque e temperatura e foram realizadas modificações na ficha de controle de vacinação
para possibilitar a criação de indicadores de saúde e operacionais. Foram feitas reuniões com ACS e ACE para orientações
e definição de cronogramas. No estágio 5, observou-se que as ações tiveram uma redução de 29 dias de duração e houve
aumento da cobertura na área rural do município. A meta de cobertura de 80% foi atingida, foi possível verificar a distribuição
espacial dos dados e as variáveis adicionadas permitiram criar indicadores operacionais, por exemplo: tempo de deslocamento
a campo, tempo de vacinação a campo, dias trabalhados e número de vacinadores a campo. Reflexão sobre a experiência:
A metodologia empregada permitiu a criação de indicadores e possibilitou o acompanhamento de todas as atividades. A
consolidação e divulgação de dados proporciona aos gestores conhecimento do território e auxilia na definição de prioridades.
Recomendações: Recomenda-se a manutenção das equipes de trabalho e que as atividades sejam executadas entre os meses
de junho e setembro, pois são meses de maior probabilidade de clima seco.
VIVÊNCIAS DA EQUIPE DA 14ª REGIONAL DE SAÚDE NA PANDEMIA DE COVID-19.
Autores: SAMIRA R. PEREIRA DA SILVA | Elisangela Vandressen Gonçalves, Gislene Gonçalves D. Zaghi, Jane
Camargo, Maria da Penha Francisco, Rodirlei Barbosa. Instituição: Secretaria Estadual de Saúde/14ª
Regional de Saúde de Paranavaí
PALAVRAS-CHAVE: Covid-19; Pandemia; Vivências.
Entre a data das primeiras confirmações em 31 de dezembro de 2019 na cidade de Wuhan-China, da nova cepa de coronavírus
nunca identificada antes em seres humanos até a ocorrencia dos primeiros casos no Brasil foram 56 dias. Em 11 de março de
2020, a COVID-19 foi caracterizada pela OMS como pandemia. No Paraná, os primeiros casos de Covid-19 foram confirmados
em 12/03/2020, todos vindos de viagens internacionais. Na 14ª Regional de Saúde (14ª RS) o primeiro caso confirmado do
Coronavírus em 22/03/2020 pertencia a um homem de 70 anos, que esteve em viagem para o Nordeste com escala em São
Paulo. O segundo caso, uma Mulher de 40 anos, que procurou atendimento no dia 07/04/20, sendo entubada dia 08/04. A
mesma era trabalhadora de um frigorífico na região da 14ª RS, que contava com cerca 2200 colaboradores de várias cidades
do Paraná. Foi o primeiro grande surto de Covid-19 no Paraná, tendo que inclusive fechar a empresa. A equipe Técnica da 14ª
RS vivenciou um período de grandes desafios. Por se tratar de uma doença nova, a busca por conhecimento foi extremamente
exaustiva para a equipe, que trabalhou de Domingo a Domingo, no planejamento de ações para que pudessem dar resposta
a todos os questionamentos dos profissionais de saúde, da população em geral e da imprensa. Reuniões foram realizadas,
documentos elaborados, foram organizados comites de emergência entre outras ações. Após 9 meses em 29/12/2020 os
registros davam conta de 6.238 casos de Covid-19 com 84 óbitos pela doença na Região da Amumpar. A esperança chega
em forrma de vacina. No Brasil a vacinação contra Covid-19 acontece no dia 17/01/2021, dia 18/01 da-se inicio a vacinação do
Paraná e dia 19/01 na 14ª RS. A logística de distribuição deste insumo no Paraná, utiliza a estrutura do governo, sendo realizada
por aviões, helicóptero e caminhões baú refrigerados. A qualidade das vacinas é garantida com protocolos operacionais onde a
carga passa por: conferência das doses, temperatura, retirada das notas de fornecimento, separação, agendamento da entrega
e retirada dos insumos pelos municípios e consequentemente aos braços dos Paranaenses. Um ano depois apesar dos Fake
News, por conta da vacinação em massa, o cenário é outro. Com mais de 70% da população imunizada com as duas doses,
o Paraná conseguiu superar os períodos mais críticos da pandemia e evitou a morte de muitos paranaenses, e hoje medidas
restritivas já estão sendo flexibilizadas. O desafio é manter estes dados e retomar a agenda da saúde.
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