Page 185 - ANAIS_6congresso_8Mostra
P. 185
EIXO 6 Vigilância em Saúde
TRABALHOS DE PESQUISA EM SAÚDE
ANÁLISE DOS ÓBITOS ASSOCIADOS ÀS DOENÇAS CARDIOVASCULAR E ENDÓCRINAS NO
BRASIL: UM ESTUDO ECOLÓGICO
Autores: FRANCIELE ALINE MACHADO DE BRITO | Marcia Moroskoski, Rosana Rosseto De Oliveira, Vanessa
Denardi Antoniassi Baldissera. Instituição: Universidade Estadual De Maringá
PALAVRAS-CHAVE: Doenças Crônicas; Doenças Cardiovasculares; Doenças Endócrinas.
Introdução: as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são as principais causas de morbidade e mortalidade no Brasil
e no mundo. Dentre elas, a diabetes mellitus se destaca como a doença metabólica que mais cresce em âmbito mundial. Já
as doenças do sistema circulatório figuram como a principal causa de morte no país, sendo a dieta inadequada somada ao
sedentarismo e a obesidade os principais fatores de risco. Ademais, a transição demográfica observada nos últimos anos,
em que a população apresenta maior longevidade e as mudanças do padrão nutricional com alimentos mais calóricos tem
contribuído para o aumento exponencial das DCNT. Objetivo: analisar a taxa de mortalidade por doenças endócrinas/
metabólicas e doenças do aparelho circulatório em indivíduos de 30 a 69 anos no Brasil. Método: trata-se de um estudo
ecológico, descritivo com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados no Sistema de Informação sobre Mortalidade
(SIM) e as estimativas populacionais no site do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), de
residentes no Brasil, no período de 2016 a 2020. Foram elencados para a análise dois capítulos da Classificação Internacional
de Doenças (CID-10), IV - Doenças endócrinas nutricionais/metabólicas e IX - Doenças do aparelho circulatório. Os dados
foram categorizados e analisados por meio do Programa Microsoft Excel com o uso de estatística descritiva. Resultados: em
2016, 78,075 pessoas morreram em decorrência das doenças endócrinas no país, representando uma taxa de 80,2/100.000
indivíduos. Já as doenças do aparelho circulatório levaram à óbito 362,091 brasileiros no mesmo período, uma taxa de
372,1/100.000. Taxas mais expressivas para as doenças endócrinas foram evidenciadas em 2020, 89/100.000 demonstrando
o aumento dessas doenças no país. Em contrapartida, às doenças cardiovasculares apresentaram leve decréscimo passando
de 436,4 em 2019 para 432,4/100.000 em 2020, porém, ainda com taxas expressivas. Conclusão: as doenças metabólicas e
cardiovasculares têm contribuído com a morte de milhões de pessoas, especialmente na fase adulta e produtiva de suas vidas.
Ações e estratégias desenvolvidas pela Atenção Primária à Saúde (APS) de prevenção da obesidade e do sedentarismo são
urgentes nesse cenário, afim de promover o envelhecimento saudável e prevenir as complicações decorrentes das doenças
crônicas, que culminam com índices elevados de mortalidade na população.
DENGUE EM UM CENÁRIO PARANAENSE EM ÉPOCA DE PANDEMIA
Autores: ALEXIA ARIANE ZIMERMAN | Gabriel de Lima Germano, Hélio Camposs de Camargo, Denecir de Almeida
Dutra. Instituição: Uniandrade
PALAVRAS-CHAVE: Dengue, Pandemia de Covid-19, Epidemia, Doenças Negligenciadas
A pandemia da Covid-19 tornou se, o tema de diversas áreas. Contudo, tivemos várias outras doenças negligenciadas com esse
contexto epidemiológico. Nesse contexto, tratamentos, transplantes e cirurgias tiveram que ser canceladas pelo SUS (Sistema
Único de Saúde). As doenças negligenciadas se destacam se é a dengue, que teve agora no primeiro semestre de 2022, um
aumento significativo. No mês de abril de 2022, o Paraná decretou epidemia da doença. A Secretaria do estado, desde agosto
de 2021, vem contabilizando aumento no número de contaminações chegando a 80 mil casos e até agora, o total de mortes
registradas é de 41 pessoas. A explicação para esse número é devido aos fatores ambientais e socioeconômicos. De acordo
com Mendonça, Souza e Dutra (2009), os casos de dengue estão atreladas a alguns fatores como a ausência de satisfatório
planejamento urbano, a crescente acumulação de resíduos não-orgânicos e a ineficiência de políticas públicas na prevenção
da doença. No verão e início do outono uma época do ano muito chuvosa e com elevadas temperaturas em algumas porções
do Oeste paranaense, onde está a maior concentração de contaminação, visto que é essas condições que o mosquito fêmea
tem maior proliferação. O objetivo geral é analisar a dinâmica da dengue no contexto paranaense. Metodologia: Trabalhou
se o indutivo sendo uma revisão bibliográfica integrativa voltada a dengue e análise de dados inerentes no contexto da
secretaria estadual de saúde. Resultados e discussões No estado do Paraná, foi registrado em 2019/2020 as piores epidemias
de dengue em alguns municípios, onde a maior parte estava localizada nas regiões norte, noroeste, norte e oeste. A alta de
casos severos por dengue também mostra o agravo da doença. No último boletim, foram contabilizadas 1.564 ocorrências
mês de maio /2022. As características desses quadros demonstram agravamento dos sintomas e, nesses casos, é necessário
fazer a internação nos hospitais. As faixas etárias podem ser atingidas igualmente pela dengue, contudo, nas pessoas de mais
idades ou com doenças crônicas, estão mais suscetíveis a contrair o vírus. Até o presente momento, com os resultados dos
boletins epidemiológicos da dengue, foi contabilizada a morte de três pessoas pelo vírus sendo uma mulher (95 anos) e dois
homens (20 e 85 anos). Todos eles moravam em regiões diferentes do estado. Conclui se que a dengue no paraná passa por
um momento de expansão em pleno outono de 2022 e teve um aumento em mortalidade.
185