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EIXO 6 Vigilância em Saúde
TRABALHOS DE PESQUISA EM SAÚDE
PRINCIPAIS FATORES DE RISCO IDENTIFICADOS EM CASOS HOSPITALIZADOS POR COVID-19
NO ESTADO DO PARANÁ
Autores: GUSTAVO BARONI ARAUJO | Michelle Moreira Abujamra Fillis, Hélio Serassuelo Junior. Instituição:
Universidade Estadual de Londrina
PALAVRAS-CHAVE: Coronavírus; Pandemia; Hospitalização
Introdução: A intensidade dos sintomas da COVID-19 varia de indivíduo para indivíduo, entretanto, a exposição a fatores de
risco pode ser um importante agravante das condições clinicas da infecção por SARS-CoV2. Objetivos: Investigar os principais
fatores de risco em casos hospitalizados por COVID-19 no estado do Paraná. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo
quantitativo. A busca foi realizada por meio do site da secretaria da saúde do estado do Paraná (www.saude.pr.gov.br) através
da plataforma “Coronavírus - COVID 19” que possibilita o acesso livre as informações relacionadas aos novos casos, óbitos e
vacinação da COVID no estado. Utilizou-se o acesso a “Boletim – Informe Epidemiológico Coronavírus” com dados publicados
pelo site no dia 01/06/2022. A fonte destes dados foi fornecida pelo Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da
Gripe (SIVEP-gripe), por este motivo, foram incluídas para essa análise apenas os fatores de risco que constam nos campos
da ficha do SIVEP-gripe. Resultados e Discussão: Foram registrados 173.234 casos de hospitalização por COVID-19 no Paraná.
Observa-se que os fatores de risco mais prevalentes para hospitalização foram: ser idoso (36,17%), possuir alguma doença
cardiovascular crônica (24,01%), ter Diabetes Mellitus (16,31%) e apresentar um quadro de obesidade (8,26%). Ressalta-se que
um mesmo caso pode ter mais de uma comorbidade. Os fatores de risco que apresentaram menores prevalências foram:
Mulheres no período puerpério (até 42 dias depois do parto) (0,17%), crianças com menos de seis anos de idade (0,8%) e estar
em período de gestação (0,86%). As doenças crônicas não transmissíveis são globalmente as principais causas de mortalidade,
e levam a maiores chances de complicações da infecção, principalmente em idades mais avançadas, resultando em maior
necessidade de utilização de hospitalização. As menores prevalências de óbitos em crianças, adolescentes e adultos podem
ser justificadas por responderem melhor à infecção pelo vírus, apresentando sintomas leves e moderados sem necessidade
de cuidados hospitalares. Considerações finais: Como estratégias para minimizar as complicações da COVID-19, destaca-se
a importância em se controlar os fatores de risco modificáveis bem como a adesão a vacinação para a contenção de novos
casos e complicações da infecção.
TENDÊNCIA DAS INTERNAÇÕES HOSPITALARES POR ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS: FATORES
ASSOCIADOS A REINTERNAÇÃO E ÓBITO
Autores: CLEITON JOSÉ SANTANA | Magda Lúcia Félix de Oliveira. Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de
Londrina
PALAVRAS-CHAVE: Estudos de Séries Temporais; Internação Hospitalar; Registro de Óbitos.
Introdução: O abuso de álcool e outras drogas está relacionado diretamente a doenças e disfunções orgânicas e a estimativa
dos transtornos mentais associados ao uso/abuso de drogas é de milhões de pessoas. Constitui fator de risco crescente
para acidentes/violências e/ou trauma físico, culminando em internações hospitalares, perdas funcionais temporárias e
permanentes, e em agravos que geram elevados custos sociais e econômicos. Objetivo: analisar as internações por efeitos do
abuso de álcool e outras drogas, e os fatores associados à reinternação e ao óbito. Método: pesquisa quantitativa, transversal
e retrospectivo com análise da evolução de 3.562 internações hospitalares por efeitos do abuso de álcool e outras drogas
em 10 anos, em um hospital ensino da região Noroeste do Paraná. Os dados destes estudos foram processados com o uso
do software IBM Statistical Package for Social Sciences (SPSS®), por estatística descritiva (frequência absoluta e relativa), e
análise univariada - Teste Chi-Quadrado de Pearson e Teste Exato de Fisher. A força das associações foi analisada com uso
do Risco Relativo (RR) e seu intervalo de confiança de 95%. Resultados/Discussão: Foram analisadas 3.562 internações,
encontrou-se predomínio masculino de 89,6%, média de idade 43,62 anos (±16 anos). A maioria das internações eram por
efeitos clínicos e traumáticos da bebida alcoólica (85,8%), média de internação foi 34,6 dias, e 6,0% evoluíram para óbito.
Referente as reinternações foram identificadas 399 casos de 278 indivíduos internados por efeitos de intoxicação por drogas
de abuso, com variação de duas a sete, predominância de duas internações (69,6%); 91,2% decorrentes da bebida alcoólica,
45,3% complicações associadas à lesões, envenenamentos e outras causas externas (S00-T98) e causas externas de morbi-
mortalidade (V01-Y98), 27 desses indivíduos (9,7%) evoluíram a óbito. As reinternações de aposentados/do lar apresentaram
razão de chances 3,0 de evoluírem ao óbito. As internações por transtornos relacionados ao uso de drogas (F10-F19) apresentou
associação de risco para óbito (RR 7,3), as doenças do sistema nervoso (G00-G99) o nível de significância foi de 95%. Conclusão:
Os dados destacam a necessidade do desenvolvimento de estratégias preventivas para o enfrentamento do abuso de álcool
e outras drogas, elaboração de intervenções para redução do número de internações, minimizando complicações e óbitos.
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