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EIXO 6   Vigilância em Saúde
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                   AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA DA RAIVA, COM ÊNFASE NOS ATENDIMENTOS
                                 ANTIRRÁBICOS NO ESTADO DO PARANÁ, DE 2018 A 2020.

                   Autores: TATIANE CRISTINA BRITES DOMBROSKI | Daniele Akemi Arita. Instituição:  Secretaria de Estado da
                   Saúde do Paraná
                PALAVRAS-CHAVE: Raiva; Mordeduras; Profilaxia Pós-Exposição
                Introdução: A raiva é uma zoonose viral grave, caracterizada por um quadro de encefalite viral aguda com letalidade próxima a
                100%. Destaca-se a importância da sensibilização constante das vigilâncias, pois se trata de doença com potencial de reemergir.
                Objetivo: avaliar o sistema de vigilância da raiva no Paraná, de 2018 a 2020. Os objetivos específicos foram de descrever o
                sistema de vigilância da raiva com ênfase nos atendimentos antirrábicos humano (AARH); avaliar o sistema de vigilância da
                raiva segundo os atributos qualitativos: qualidade dos dados, aceitabilidade e representatividade. Método: Trata-se de estudo
                descritivo de avaliação de sistema de vigilância da Raiva com ênfase nos atendimentos antirrábicos humanos notificados no
                Paraná de 2018 a 2020. Foi utilizado o Guia de Diretrizes para Avaliação de Sistemas de Vigilância em Saúde Pública do Center
                for Disease Control and Prevention (CDC) 2001. Resultados/Discussão: É um sistema de vigilância passivo, com quatro eixos
                de vigilância, várias portas de entrada e sistemas de monitoramento e informação. A média da qualidade de dados foi de
                57,5%, sendo considerado ruim a avaliação deste atributo. As inconsistências em alguns campos da ficha sugerem que não
                há um monitoramento e/ou avaliação destas após o atendimento inicial. Houve 163 (0,43%) registros de aplicações da 5ª
                dose da vacina, com a aceitabilidade ruim, pois houveram aplicações da 5ª dose da vacina no período estudado, mesmo após
                meses da publicação da nota que alterava o esquema de pós-exposição. A tríade epidemiológica apresentou semelhanças
                proporcionais com estudos no período de 2007 a 2019, no sexo acometido sendo o masculino em média 53,5%, faixa etária
                20 a 39 anos 27,3%, espécie de animal agressor canino 79,5% e indicação de tratamento entre as regiões Sul-Sudeste e Norte-
                Nordeste, todas as variáveis apresentaram semelhanças proporcionais, apenas uma apresentando diferenças, que pode ser
                explicado geograficamente. Assim, o sistema foi considerado representativo. Conclusões: O sistema de vigilância da raiva no
                Paraná é um sistema de vigilância passivo, complexo, que possui quatro eixos de vigilância, necessita de diversos sistemas de
                informação e faz interface com diversos órgãos. O sistema de vigilância da raiva no Paraná durante os anos de 2018 a 2020 foi
                representativo, teve a qualidade dos dados e aceitabilidade ruim.



                CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DOS ALUNOS DAS UNIDADES ESCOLARES DE UM
                                          MUNÍCIPIO EM REGIÃO DE FRONTEIRA

                   Autores:  ESMIRRÁ  ISABELLA  TOMAZONI  |  Aline  Luiza  Fuhr,  Gabriel  Toledo,  Poline  Félix  Galdino  da  Silva.
                   Instituição:  UNIOESTE

                PALAVRAS-CHAVE: Estado Nutricional; Programa e Políticas de Nutrição e Alimentação; Obesidade infantil
                Introdução: No Brasil, um conjunto de hábitos inadequados estão relacionados com a transição epidemiológica nutricional
                na população infantil, a qual é caracterizada pelo aumento na prevalência de sobrepeso e obesidade e redução na prevalência
                dos aspectos da desnutrição. Objetivo: Apresentar a classificação do estado nutricional dos alunos das unidades escolares
                de um munícipio em região de fronteira. Metodologia: Trabalho realizado de forma transversal, de abordagem quantitativa,
                com dados obtidos de maio a julho de 2021, com amostra de 3093 escolares de até 10 anos de idade, inseridos em 14
                escolas municipais e 25 centros municipais de educação infantil, as quais aderiram ao Programa Saúde na Escola e Crescer
                Saudável, do Ministério da Saúde e da Educação. Considerando a pandemia COVID -19 e, por consequência, a suspensão das
                aulas presenciais, a coleta dos dados aconteceu via formulário on-line, o qual foi enviado aos responsáveis dos alunos para
                preencherem os dados referentes ao último peso e estatura aferido, sendo feita a classificação do estado nutricional segundo
                o Índice de Massa Corporal para Idade, de acordo com os parâmetros da OMS (2006). Os dados foram organizados e analisados
                por estatística descritiva com auxílio do Microsoft Excel® e, também, inseridos no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional
                - sistema de informação que visa identificar o estado nutricional da população, permitindo medidas preventivas e educativas.
                Resultados/Discussão:  Do total da amostra (n=3093), 49,3% (n=1525) e 50,7% (n=1568)é do sexo feminino e masculino,
                respectivamente. Do sexo feminino (n=1525), a maioria apresentou eutrofia, sendo 41% (n=626), porém considerando 20%
                (n=310) de sobrepeso e 26% (n=390) de obesidade, 46% (n=700) alunas estão com o peso acima do recomendado. Já do
                sexo masculino (n=1568), verifica-se 38% (599) com eutrofia, 18% (n=283) com sobrepeso e 32% (n=498) com obesidade,
                totalizando 40% (n=781). Do total da amostra, verificou-se que quase metade, sendo 48% (n=1481), apresentou sobrepeso
                ou obesidade. Conclusões: O estado nutricional dos alunos está de encontro com a transição nutricional da população dos
                últimos anos. Portanto, verifica-se a necessidade de ações de promoção de hábitos alimentares saudáveis na infância, de
                maneira intersetorial, visando o desenvolvimento saudável das crianças até a vida adulta.




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