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EIXO 6   Vigilância em Saúde
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                  FATORES ASSOCIADOS AO ESCORE DE CONSUMO DE ALIMENTOS DE RISCO E PROTEÇÃO
                              PARA DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS: VIGITEL 2020

                   Autores: ALINE VERONEZE DE MELLO CESAR | Instituição:  Universidade de São Paulo
                PALAVRAS-CHAVE: Dieta e Nutrição; Doença Crônica; Estilo de Vida
                Introdução: A alimentação inadequada é um dos principais fatores de risco modificáveis que pode contribuir para o surgimento
                de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). Objetivo: Identificar fatores associados à qualidade da alimentação quanto
                ao consumo de alimentos de risco e proteção para DCNT entre residentes de Curitiba. Metodologia: Foram utilizados dados
                do VIGITEL, de janeiro a abril de 2020 de indivíduos adultos (acima de 18 anos) residentes em domicílios da cidade de Curitiba
                com, ao menos, uma linha telefônica fixa (n=1004). Dados foram coletados por entrevistadores, por meio de questionário.
                Estabeleceu-se uma pontuação baseada no consumo de feijões, verduras e legumes, frutas (proteção); bebidas açucaradas
                e alimentos ultraprocessados (risco), alimentos relacionados às doenças crônicas não transmissíveis. A pontuação mínima
                foi de 0 e a máxima de 14 pontos, sendo atribuídas as seguintes categorias e pontuações para os alimentos de proteção:
                nunca ou quase nunca (não pontua), 1 a 2 vezes na semana (não pontua), 3 a 4 vezes na semana (1 ponto), 5 a 6 vezes na
                semana (2 pontos), diariamente (3 pontos). Para as bebidas açucaradas: nunca ou quase nunca (3 pontos), 1 a 2 vezes na
                semana (3 pontos), 3 a 4 vezes na semana (2 pontos), 5 a 6 vezes na semana (1 ponto), diariamente (não pontua). Os alimentos
                ultraprocessados seguiram os tercis de consumo (baixo = 2 pontos, médio = 1 ponto e alto = não pontua). Foram estimadas
                regressões lineares múltiplas para identificar fatores associados ao escore de qualidade da alimentação (p<0,05), ajustado
                pela escolaridade, estado conjugal, índice de massa corporal e presença de doenças (diabetes e hipertensão). Resultados/
                discussão: Houve associação positiva entre o escore de alimentação e sexo (feminino: 0,7 pontos; p=0,008), faixa etária (idosos:
                1,4 pontos; p<0,001| referência: adultos) e estado de saúde (bom e muito bom: 2,26 pontos; p<0,001| referência: ruim e muito
                ruim). Por outro lado, associação negativa entre o escore e prática de atividade física (não praticar: -1,16; p<0,001) e consumo
                de bebida alcoólica (-0,4; p=0,001). Conclusões: Esses resultados mostram a importância de criar e reforçar estratégias e
                políticas de alimentação e nutrição em Curitiba, considerando diferenças entre os sexos, faixa etária e estado de saúde, além
                de estimular a prática de atividade física e evitar o consumo de bebidas alcoólicas, que podem contribuir para melhora da
                alimentação e prevenção de DCNT.




                  ACIDENTES POR ESCORPIÃO NO MUNICÍPIO DE COLATINA NO PERÍODO DE 2009 A 2019

                   Autores: ROGÉRIO AUGUSTO DE PAULA JÚNIOR | Instituição:  Universidade Federal do Espírito Santo
                PALAVRAS-CHAVE: Picadas de escorpião; Epidemiologia Descritiva; Morbidade.
                Introdução: Acidentes envolvendo animais peçonhentos são um importante problema de saúde pública, pois correspondem
                a segunda maior causa de envenenamento no Brasil. Os escorpiões são os principais animais envolvidos nestes acidentes e
                representam 59% de todos os casos notificados. Escorpiões do gênero Tityus spp. apresentam maior relevância para saúde
                pública, pois estão adaptados em diferentes regiões do país em áreas secas, úmidas, costeiras e urbanas. As regiões Nordeste
                e Sudeste correspondem a 90% dos casos notificados. O Estado do Espírito Santo figura entre os quatro Estados com maior
                taxa de incidência (137,75 por 100.000 habitantes). Somente no ano de 2019, os escorpiões foram responsáveis por 65% dos
                acidentes com animais peçonhentos no Estado. Objetivo: Este estudo objetivou descrever o perfil da população envolvida em
                acidentes por escorpião e analisar a morbidade no município de Colatina, Espírito Santo, entre o ano de 2009 e 2019. Método:
                Realizou-se um estudo epidemiológico descritivo sobre acidentes envolvendo escorpiões, ocorridos no município de Colatina.
                Os dados foram coletados a partir do TABNET e são originários de notificações realizadas por meio do Sistema de Informação
                de Agravos e Notificação. Realizou-se análise descritiva das variáveis de exposição: sexo, raça/cor, idade, escolaridade, evolução
                do caso e tempo decorrido entre o acidente e o atendimento. Para a análise da distribuição da frequência no período, foi
                analisada a ocorrência mensal de casos, confeccionado um diagrama de Pareto e foram calculadas taxas de incidência anuais.
                Resultados/Discussão: Ocorreram 2.122 casos de acidentes por escorpião no município. Destes, 61% foram em indivíduos
                do sexo masculino. A faixa etária de 20 a 59 anos representou 63% dos casos. Entre o ano de 2009 a 2019 verificou-se um
                crescimento de 125% da taxa de incidência e 70% dos acidentes ocorreram entre os meses de julho a janeiro. O aumento da
                incidência é um fenômeno observado em todo o país. Os resultados apresentados corroboram com outras pesquisas onde
                foi verificado a elevação da taxa de incidência de escorpionismo acima de 100% no período de 2007 a 2017. Conclusões: A
                incidência de escorpionismo teve crescimento no período. O período entre os meses de setembro a dezembro apresentou
                maior quantitativo de casos. Os resultados apresentados podem colaborar para a definição de estratégias e apoiar a tomada
                de decisão dos gestores locais na prevenção de acidentes por escorpiões.




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