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EIXO 6 Vigilância em Saúde
TRABALHOS DE PESQUISA EM SAÚDE
RELAÇÃO ENTRE ÓBITOS POR COVID-19 E IDH EM MUNICÍPIOS DE ABRANGÊNCIA DA 17ª
REGIONAL DE SAÚDE DO PARANÁ
Autores: GUSTAVO BARONI ARAUJO | Michelle Moreira Abujamra Fillis, Hélio Serassuelo Junior. Instituição:
Universidade Estadual de Londrina
PALAVRAS-CHAVE: Coronavírus; Pandemia; Mortalidade
Introdução: Os elevados números de casos de COVID-19 foram responsáveis por milhares de mortes no Paraná. Sabe-se que
o IDH está relacionado ao grau de desenvolvimento da saúde, neste sentido, investigar essa relação com o número de óbitos é
fundamental para compreender se existe associação entre estas variáveis no contexto da pandemia de COVID-19. Objetivos:
Investigar a relação entre número de óbitos por COVID-19 com o IDH de municípios que compõem a 17ª Regional de Saúde do
Paraná. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo quantitativo. A busca foi realizada por meio do site da secretaria da saúde
do estado do Paraná através da plataforma “Coronavírus - COVID 19”. Utilizou-se o acesso a “Boletim – Informe Epidemiológico
Coronavírus” com dados publicados pelo site no dia 01/06/2022 a partir de informações encaminhadas pelos municípios da
17ª Regional de saúde do Paraná. Foram levantadas informações a respeito da população estimada, IDH, número de óbitos e
realizado o cálculo da taxa de mortalidade por COVID-19 em todos os municípios. As informações foram organizadas em uma
planilha no programa Excel e utilizou-se elementos da estatística descritivas através do software SPSS versão 27. Resultados e
Discussão: A 17ª Regional é composta por 21 municípios, e soma 3.972 óbitos. O média do IDH dos municípios desta regional
é 0,714. Observa-se maior taxa de mortalidade nos municípios de Prado Ferreira (5,03%), IDH de 0,710 e população de 3.780
e Miraselva (5,01%), IDH de 0,748 e população de 1.796 enquanto Alvorada do Sul (2,87%) IDH de 0,708 e Sertanópolis (3,05%)
IDH 0,723 foram os municípios que apresentaram menores taxas de mortalidade. Acredita-se que o número de óbitos por
COVID-19 não tenha relação com o IDH do município, mas sim com a densidade demográfica, tendo em vista que maiores
taxas de mortalidade foram observadas em cidades com até 10.000 habitantes. Estes achados podem ser justificados por
maiores dificuldades em acessar serviços de saúde que são escassos em cidades menores. A localização do município parece
ser um fator determinante, já que os locais que apresentaram menores taxas de mortalidade estão mais próximos do centro
urbano da regional (Londrina) o que possibilita maiores opções de acesso à serviços de saúde. Conclusões: Não foi encontrada
associação entre número de óbitos por COVID-19 e IDH, entretanto, a densidade demográfica e a localização se mostraram
indicadores que podem interferir na incidência de óbitos por SARS-CoV2.
APLICAÇÃO DE TESTES RÁPIDOS PARA DETECÇÃO DE IST´S EM HOMENS DE UM
MUNICÍPIO DO NORTE DO PARANÁ
Autores: BRUNA DE OLIVEIRA | Jullyendre Alves Teixeira da Silva, Karen Katharina Fieri, Luana Angélica da
Silveira Trindade, Nathália Marques de Silos, Natália Maria Maciel Guerra Silva. Instituição: Universidade
Estadual do Norte do Paraná
PALAVRAS-CHAVE: Infecções sexualmente transmissíveis; Saúde do homem; Vigilância epidemiológica.
Introdução: Os testes rápidos são ferramentas de grande utilidade, principalmente para a detecção de infecções sexualmente
transmissíveis, dentre elas sífilis, HIV, hepatites virais B e C, consideradas um grande problema de saúde pública. De acordo
com os indicadores epidemiológicos, dos 64.301 casos registrados de sífilis no Brasil em 2021, 40.360 pertencem a população
masculina, ou seja, mais da metade das notificações, e essa diferença é evidenciada também nas demais IST’s. Isso ocorre,
devido ao modo de como a masculinidade foi construída dentro da sociedade ao longo dos anos, e como ela reflete na baixa
procura do homem pelos serviços de saúde e influencia no comportamento preventivo do mesmo. Objetivos: Identificar a
presença de infecções sexualmente transmissíveis na população masculina e avaliar o perfil desses indivíduos. Método: Trata-se
de um estudo exploratório realizado com indivíduos do sexo masculino que participaram do projeto saúde do homem durante
a campanha novembro azul de 2021. Resultado/discussão: Dos 100 homens que fizeram os testes rápidos, somente 06 deram
reagente. Verificou-se maior proporção em indivíduos da raça parda (50%), casados (50%), com média de idade 54,5 anos, com
diagnóstico de sífilis (66%) predominante, em seguida HIV (17%) e hepatite B (17%). Com relação ao tratamento, todos os 06
pacientes reagentes (100%) não tinham conhecimento sobre as patologias e por isso não faziam nenhum acompanhamento.
Conclusão: Com a pesquisa foi possível mostrar a importância da vigilância epidemiológica para a detecção de problemas,
no caso as IST´s, além de conhecer o perfil das áreas mais atingidas e que necessitam de atenção. Para que assim, soluções
sejam criadas, como estratégias de promoção e prevenção, que visam contribuir para com o conhecimento da população
acerca das IST’s e melhorar a adesão aos tratamentos, afim de proporcionar um aumento das buscas aos serviços de saúde,
principalmente por parte dos homens, com o propósito de quebrar esse tabu sobre a masculinidade e incentivá-los a adotar
hábitos de vida saudáveis, para se obter resultados positivos.
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