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EIXO 6   Vigilância em Saúde
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                 SINTOMAS AUTORREFERIDOS EM PACIENTES COM COVID-19: ESTUDO DE SEGUIMENTO DE
                                         UM ANO NA CIDADE DE LONDRINA/PR

                   Autores: INÊS DE OLIVEIRA ORTEGA | Michelle Moreira Abujamra Fillis, Larissa Laskovski, Josiane Marques Felcar,
                   Celita Salmaso Trelha. Instituição:  Universidade Estadual de Londrina

                PALAVRAS-CHAVE: COVID-19; SARS-CoV-2; Sintomas.
                Introdução:  A  COVID longa  é uma doença  sintomática contínua  em pacientes  que  se recuperaram da  infecção  inicial  pelo
                Sars-CoV-2.  Os  efeitos desta doença  ainda  não  estão bem esclarecidos  em longo  prazo.  Objetivo:  Descrever os sintomas
                autorreferidos em pacientes no diagnóstico da COVID-19, após 30, 60, 180 dias e um ano da infecção. Método: Trata-se de
                estudo observacional prospectivo que teve autorização da Secretaria Municipal de Saúde e aprovação do Comitê de Ética em
                Pesquisa. Os participantes foram indivíduos residentes em Londrina, com diagnóstico de COVID-19, com idade maior ou igual a
                18 anos. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário (Google Forms) pelo aplicativo de conversa (WhatsApp) após
                30, 60, 180 dias e um ano do diagnóstico da doença e consistiu em dados sociodemográficos, comorbidades e manifestações
                sintomáticas causadas pela COVID-19. Na análise estatística as variáveis numéricas foram testadas quanto à distribuição de
                normalidade pelo teste de Shapiro-Wilk. Quando o pressuposto de normalidade foi aceito, as variáveis foram apresentadas em
                média e desvio padrão (DP), quando não, em mediana e quartis (25-75%). Resultados/discussão: De 200 pacientes avaliados,
                136(68%) eram do sexo feminino com mediana de idade de 37,5 (29-48) anos, 117(58,5%) não apresentavam comorbidades,
                16(8%) precisaram de internação hospitalar. Em relação à presença de sintomas no diagnóstico de COVID-19, somente 2(1%)
                referiram não apresentar sintomas e 66 (33%), 80 (40%), 92 (42%) e 97 (48,5%) não referiram sintomas após 30, 180 dias e um
                ano, respectivamente. Os principais sintomas iniciais foram: cefaleia 149(74,5%), dores no corpo 131(65,5%), fadiga 129(64,5%),
                anosmia 128(64%), desânimo 123(61,5%), disgeusia 113(56,5%) e tosse 112(56%). Os sintomas persistentes após 30, 60 e 180
                dias e um ano, respectivamente, foram: fadiga 61(30,5%), 45(22,5%), 54(27%) e 34(17%); anosmia 46(23%), 36(18%), 22(11%)
                e 20(10%); cefaleia 33(16,5%), 27(13,5%), 24(12%) e 21(10,5%); desânimo 32(16%), 37(18,5%), 25(12,5%) e 27(13,5%); disgeusia
                30(15%), 17(8,5%), 10(5%) e 10(5%); dores no corpo 29(14,5%), 29(14,5%), 18(9%) e 17(8,5%); e tosse 26(13%), 15(7,5%), 3(1,5%) e
                8(4%). Conclusões: No seguimento de um ano, os pacientes que tiveram COVID-19 com quadro leve, foram de predomínio do
                sexo feminino e idade jovem, apresentaram sintomas multissistêmicos autorreferidos persistentes.




                         DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE (DSS) NO CONTEXTO DA PANDEMIA
                                                DA COVID-19 NO BRASIL

                   Autores: LAIZ  MANGINI  CICCHELERO | Merielly Kunkel,  Erica Alves Ferreira  Gordillo, Gustavo Cezar Wagner
                   Leandro, Reinaldo Antonio Silva-Sobrinho. Instituição:  Universidade do Oeste do Paraná - Foz do Iguaçu

                PALAVRAS-CHAVE: COVID-19; Determinantes Sociais da Saúde; Pandemias
                Introdução: A globalização alterou a dinâmica da mobilidade e das relações sociais, criando mecanismos para transmissão de
                doenças. Sobre a pandemia da COVID-19, esses fatores combinados com a alta patogenicidade do vírus permitiram rapidamente,
                e em escala mundial, a disseminação da doença. Ainda com a evolução dos conhecimentos sobre o agente, sua epidemiologia
                e manejo, é importante discutir como as condições ambientais e a posição das pessoas no gradiente social podem impactar no
                processo de adoecimento. Objetivo: analisar a ideia dos Determinantes Sociais de Saúde (DSS) e sua relação com a pandemia
                do novo coronavírus no Brasil. Método: revisão narrativa a partir da busca na base de dados PubMed realizada em maio de 2022
                empregando a busca avançada com os descritores: (Social Determinants of Health) and (COVID-19) and (Brazil) condicionados
                a presença dos termos nos resumos e títulos dos artigos. Resultado/discussão: a busca resultou em 15 publicações, as quais
                foram analisadas. A Comissão sobre Determinantes Sociais da Saúde foi criada em 2005, pela Organização Mundial da Saúde
                (OMS), para promover internacionalmente a consciência sobre os fatores que podem gerar estratificação social e iniquidades
                (como estruturas políticas, renda, educação, questões culturais) e/ou impactar diretamente na saúde, como as condições de
                vida e acesso aos serviços, fatores comportamentais e a relação do indivíduo com o ambiente ao qual faz parte. Em 2006,
                o Brasil criou uma comissão nacional para estudar, recomendar políticas e debater sobre a temática. No cenário brasileiro,
                as pesquisas apontam variação na incidência da COVID-19, justificada pela desigualdade de renda, adensamento domiciliar
                significativo e maior mortalidade, concluindo que fatores socioeconômicos influenciaram a evolução e o impacto da pandemia
                no país. Atingiu desproporcionalmente os mais pobres e as populações mais vulneráveis, já que a disseminação do vírus ocorreu
                com maior intensidade entre os trabalhadores de menor renda, desempregados e informais, grupos que vivem em condições
                de  precariedade,  acesso  limitado  aos  serviços  de  saúde  e/ou  com  dificuldades  em  lidar  financeiramente,  mentalmente  ou
                fisicamente com a crise imposta. Conclusões: compreender como os DSS contribuem para a incidência, prevalência, tratamento
                e mortalidade associados à COVID-19, como também em outros agravos, ampara o desenvolvimento de intervenções mais
                eficazes e em políticas públicas de enfrentamento de eventos futuros.




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