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EIXO 1   Políticas Públicas, Gestão e Avaliação na Saúde
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                FUNDAÇÃO PÚBLICA DE DIREITO PRIVADO: UM NOVO MODELO DE GESTÃO DOS SERVIÇOS
                                                  PÚBLICOS DE SAÚDE

                   Autores: EDUARDO AUGUSTO LOUS | Sezifredo Paulo Alves Paz, Tatiane Correa da Silva Filipak, Deise Sueli de
                   Pietro Caputo, Tatiane Caroline Boumer. Instituição:  Fundação Estatal de Atenção à Saúde - Feas

                PALAVRAS-CHAVE: gestão em saúde; administração em saúde pública; fundações públicas
                Caracterização do problema:  A  saúde  pública  brasileira  passou  por  vários  processos  no  decorrer  de  sua  história.  Essas
                transformações foram em decorrência da necessidade em atender uma demanda cada vez maior e mais complexa. Em 2019, a
                pandemia de COVID-19, pôs em prova a eficiência dos sistemas de saúde no mundo todo. Justificativa: Um modelo de gestão em
                saúde, ainda pouco utilizado no país, apresentou sua nova maneira de gerir de forma diferenciada. Foi assim em uma Fundação
                Pública de Direito Privado, que gerencia várias unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) em Curitiba, mostrando eficiência em
                suas ações. Objetivo: Relatar a representatividade e capilaridade de uma instituição pública de direito privado no âmbito do SUS
                de Curitiba. Descrição da experiência: A Fundação Estatal de Atenção à Saúde (Feas) é um órgão da administração indireta, com
                autonomia gerencial, patrimonial, orçamentaria e financeira de personalidade jurídica de direito privado. A prestação de serviço
                da Feas é efetivada apenas para o Sistema Único de Saúde (SUS), através do contrato de gestão com a Secretaria Municipal da
                Saúde de Curitiba. São mais de três mil colaboradores, distribuídos entre suas unidades: Hospital Municipal do Idoso Zilda Arns;
                Serviço de Atenção Domiciliar; Centro Médico Comunitário Bairro Novo; Serviço de Apoio e Diagnóstico Terapêutico; 02 Unidades
                Básicas de Saúde; Saúde Mental com 13 Centros de Atenção Psicossocial e a Unidade de Estabilização Psiquiátrica; Rede de
                Urgência e Emergência, Unidades de Pronto Atendimento e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência; Centro de Capacitação
                e Desenvolvimento Humano; Centro de Educação e Pesquisa em Saúde, e; durante a pandemia de COVID-19 Hospital Vitória;
                e; Hospital Victor Ferreira do Amaral. Reflexão sobre a experiência e recomendações: O processo de modernização do SUS
                implica em mudança do modelo de atenção à saúde, na busca de efetividade, segurança, qualidade e humanização das relações
                entre prestadores de serviços e usuários, como parte de um processo de transformação nas concepções acerca da saúde e no
                desenvolvimento das práticas de saúde. A proposta de Fundações Estatais mostrou-se tangível no caso da Feas. Os modelos de
                administração direta e de administração indireta, como as fundações, devem ser considerados em caráter complementar para
                uma assistência integral no âmbito do SUS.


                  PROMOÇÃO DO DIREITO HUMANO A ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO ADEQUADA (DHANA)
                   EM CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO: CENÁRIOS DE GESTÃO
                     MUNICIPAL EM POLÍTICAS PÚBLICAS NA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA
                   Autores: MARIA TERESA GOMES DE OLIVEIRA RIBAS | Rodrigo Portes Pabriça. Instituição:  Pontifícia Universidade
                   Católica do Paraná (PUCPR)
                PALAVRAS-CHAVE: Transtorno do Espectro do Autismo; Programas e Políticas de Nutrição e Alimentação; Colaboração
                Intersetorial
                Introdução: O transtorno do espectro do autismo (TEA) é um distúrbio neuropsicológico que cursa associado a comportamentos
                alimentares e sociais restritos, podendo levar a deficiências alimentares, nutricionais e prejuízos no desenvolvimento em crianças.
                Com um cenário de prevalência crescente, se enfatiza a importância de entender aspectos de percepção e abordagem do agravo
                em políticas públicas, no nível da gestão municipal. Esta comunicação de pesquisa, faz parte de Programa Institucional de Iniciação
                Científica, numa linha de estudos em Nutrição que aborda a atenção nutricional ao TEA, representando um de seus segmentos de
                análise preliminar. Objetivo: Nesta etapa da pesquisa o objetivo focalizado se refere a levantar valores, significados e opiniões na
                visão de nutricionistas gestores de estratégias e programas em saúde e alimentação escolar sobre o TEA em crianças, bem como
                sistematizar necessidades sentidas sobre o alcance do DHANA nos processos de trabalho e gestão da atenção nutricional nesse
                contexto de estudo. Materiais e Método: Pesquisa descritiva, exploratória e transversal, de abordagem qualitativa, tendo como
                recorte espacial 9 municípios da Região Metropolitana de Curitiba. A população do estudo envolve nutricionistas gestores de
                programas de alimentação e nutrição nos setores públicos municipais de saúde e educação, em função ativa na gestão por período
                mínimo de dois anos. Resultados: A partir de 6 entrevistas obteve-se 3 categorias percebidas sobre o TEA para a gestão em saúde
                e no ambiente escolar: dificuldade de comunicação, hiper seletividade alimentar e variabilidade de adesão à aprendizagem. A
                comunicação foi relacionada à desatenção, domínio do vocabulário e elementos de socialização. A hiper seletividade enfatizou
                a dificuldade de oferta alimentar adequada caracterizando riscos em saúde. Na organização da atenção nutricional barreiras
                identificadas relacionaram insuficiência de formação técnica, com superficialidade do tema nos currículos de graduação e ensino
                complementar. A escassez de recursos humanos frente à demanda assistencial crescente, lacunas em protocolos de diagnósticos,
                mapeamento de casos e modelos de cuidado sem intersetorialidade caracterizaram campos de discussão sobre a gestão do
                agravo. Os achados evidenciam a exigência de visibilidade dessa pauta como uma necessidade alimentar especial complexa do
                campo da Nutrição em Saúde Coletiva, buscando implementação em políticas públicas no enfoque do DHANA.



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