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EIXO 1 Políticas Públicas, Gestão e Avaliação na Saúde
TRABALHOS DE PESQUISA EM SAÚDE
COMPARAÇÃO DO EQUILÍBRIO FUNCIONAL ENTRE INDIVÍDUOS NO PÓS-COVID-19 E
INDIVÍDUOS SAUDÁVEIS
Autores: GABRIELA MICHALOUSKI MALANSKI | Gabriele Romblesperger¹, Suellen Sieklicki¹, Larissa Araujo de
Castro², Vanessa Suziane Probst², Débora Rafaelli de Carvalho¹,². Instituição: 1 Centro de Ensino Superior do
Campos – CESCAGE 2 Universidade Estadual de Londrina – UEL
PALAVRAS-CHAVE: COVID-19; equilíbrio postural; fisioterapia.
Introdução: Os efeitos pós-COVID-19 podem se manifestar a curto ou longo prazo, afetando sistemas cardiovascular,
neuromuscular e/ou respiratório. Além disto, pode haver perda de memória, sensação de fraqueza e desequilíbrio postural.
Portanto, torna-se imprescindível a avaliação do equilíbrio funcional de indivíduos que foram acometidos pelo vírus a fim
de um manejo fisioterapêutico de melhor eficácia. Objetivo: Comparar o equilíbrio dinâmico entre indivíduos acometidos
pelo COVID-19 e indivíduos saudáveis. Métodos: Pesquisa transversal e retrospectiva, com abordagem descritiva e analítica.
A amostra foi composta por 34 indivíduos que não infectados pelo COVID-19 (Grupo saudável) e 28 que foram acometidos
pela doença (Grupo Pós-COVID-19), totalizando 62 que possuíssem idade igual ou acima de 18 anos e de ambos os gêneros.
Coletaram dados por meio de prontuários: como idade, gênero, comorbidade, altura e peso e consequentemente cálculo
do índice de massa corporal (IMC). Para avaliação do equilíbrio funcional utilizou-se o teste Time Get Up and Go (TUG), e o
Mini Balance Evolution Systems test (MINI-BESTEST). Os dados foram analisados por meio do programa estatístico GraphPad
Prism 6. O teste de Shapiro-Wilk foi utilizado para avaliar a distribuição de normalidade dos dados. Para as comparações das
médias entre os grupos, utilizou-se o Teste t não pareado para dados paramétricos, e o Teste Mann-Whitney para dados não
paramétricos. O nível de significância estatística será de p<0.05 para todas as análises. Resultados: O grupo pós-COVID-19
foi composto por 15 homens, 49±13anos, IMC 29±6 Kg/m² e o grupo saudável foi composto por 21 homens, 69±7 anos,
IMC 28±5 Kg/m². A principal comorbidade apresentada no grupo pós-COVID-19 foi Hipertensão (32%). Quanto a equilíbrio
dinâmico avaliado por meio do TUG, o grupo Pós-COVID-19 apresentou um tempo de execução maior quando comparado ao
grupo saudável (p=0,01), entretanto, quando avaliado o equilíbrio por meio do MINI-BESTEST, não houve diferença entre os
grupos (p=0,55). Conclusão: O grupo pós-COVID-19 apresentou pior equilíbrio funcional, quando comparado aos indivíduos
não infectados pelo COVID-19. Reforçando assim, a importância de elaborar programas de reabilitação que melhorem esse
desfecho.
ATUAÇÃO E AS RELAÇÕES ESTABELECIDAS PELOS CONSÓRCIOS DE SAÚDE NA
GOVERNANÇA DA LINHA DE CUIDADO MATERNO INFANTIL NA MACRORREGIÃO NORTE
DO PARANÁ
Autores: FERNANDA DE FREITAS MENDONÇA | Lais Amélia Rover Miguel, Brigida Gimenez Carvalho, Sônia
Cristina Stefano Nicoletto. Instituição: Universidade Estadual de Londrina
PALAVRAS-CHAVE: Consórcios de Saúde; Serviços de Saúde Materno-infantil; Sistema Único de Saúde
Os consórcios públicos de saúde (CPS) representam um instrumento de cooperação federativa difundido no Paraná para
apoiar e suprir a oferta de serviços. O governo do estado incorporou esse instrumento para o gerenciamento de ambulatórios
de atendimento especializado na estruturação da rede de atenção à saúde em algumas linhas de cuidado, entre elas a
materno-infantil. O objetivo deste estudo foi analisar a atuação e as relações estabelecidas pelos CPS na governança da
Linha de Cuidado Materno Infantil (LCMI) na Macrorregião Norte do Paraná. Foi realizada uma pesquisa qualitativa por meio
de entrevistas com 28 sujeitos, os quais representavam os consórcios, os municípios, os Conselhos Regionais de Secretários
Municipais de Saúde (CRESEMS) e os representantes estaduais das regiões de saúde da Macrorregião Norte do Paraná. A
coleta foi realizada entre setembro de 2020 e fevereiro de 2021. Os dados foram analisados por meio da análise do discurso.
Os resultados mostraram que os CPS ampliaram a oferta de serviços na LCMI, sobretudo, referente a consultas e exames.
Alguns representantes dos consórcios e do estado afirmaram que houve melhora da assistência. Também foi mencionado
o apoio dos CPS na realização de ações de educação permanente em saúde. As negociações nos espaços decisórios ainda
refletem um desequilíbrio entre os municípios e entre os municípios e o estado. Foi visto o papel importante do estado, tanto
pelo suporte financeiro quanto pela coordenação da rede de atenção à saúde (RAS) no processo de regionalização. Porém,
o planejamento das ações a serem desenvolvidas nesta linha de cuidado nas regiões de saúde precisa ser mais alinhado às
necessidades regionais e menos centrado no ente estadual. Conclui-se que os CPS participam de forma importante dentro
da LCMI na região norte do Paraná tendo o estado como coordenador de suas ações.
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