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EIXO 1 Políticas Públicas, Gestão e Avaliação na Saúde
TRABALHOS DE PESQUISA EM SAÚDE

INFLUÊNCIA DO CONTEXTO SÓCIO-POLÍTICO E NORMATIVO PARA A ORGANIZAÇÃO DA
FORÇA DE TRABALHO E DA OFERTA DE SERVIÇOS DA ATENÇÃO BÁSICA

Autores: BRÍGIDA GIMENEZ CARVALHO | Wellington Lopes, Stela Maris Lopes Santini, Luciana Dias de Lima,
Elisabete de Fátima Polo de Almeida Nunes, Fernanda de Freitas Mendonça. Instituição: Universidade
Estadual de Londrina
PALAVRAS-CHAVE: Atenção Primária à Saúde; Estratégia Saúde da Família; Política de Saúde; Gestão em Saúde,
Força de Trabalho.
O contexto de implementação do Sistema Único de Saúde (SUS) foi marcado por políticas normativas seguindo a lógica
federativa do país por meio da descentralização e participação de todos os entes federados. Apesar dos diversos avanços nos
útimos anos, questões relacionadas a crise política, avanço do neoliberalismo e crises sanitárias têm influenciado diretamente
as mudanças ocorridas no SUS. Este estudo objetiva analisar a organização do trabalho na AB, considerando a composição,
as formas de vinculação dos trabalhadores e ainda a percepção de gestores sobre a relação entre o desempenho no trabalho
e o vínculo empregatício. Trata-se de um estudo qualitativo, do tipo estudo de caso único com múltiplas unidades de análise,
realizado em 16 municípios da macrorregião norte do Paraná. Para a definição dos municípios de pesquisa, foram utilizados
indicadores de financiamento. Os participantes do estudo foram coordenadores de AB e secretarios de saúde, entrevistados
no período de julho a outubro de 2021 cujas falas foram codificadas como G1,G2...G27. Os achados foram divididos em
três categorias de análise: Organização da AB, forma de contratação dos profissionais da AB e percepção dos gestores
sobre o desempenho dos trabalhadores relacionado aos vínculos de trabalho. Foi observado que a maioria dos municípios
analisados manteve a organização da AB por meio das Estratégia de Saúde da Família (eSF), e em apenas três municípios
verificou-se a existência de Equipe de Atenção Primária (EAP). Em relação as formas de contratação, notou-se aumento dos
vínculos precários. Quanto a percepção dos gestores a respeito do desempenho e do tipo de vínculo contratual, observou-
se que a maioria dos gestores percebem que profissionais terceirizados e com vínculo de trabalho precário têm melhor
desempenho do que profissionais com estabilidade no trabalho. Percebe-se que o cenário político, sanitário, econômico e
social vivenciado pelos municípios nos últimos anos, interferiu diretamente na organização e na forma de contratação dos
profissionais, assim como na percepção dos gestores em relação ao desempenho e vínculo de trabalho.

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA, ESTADO FUNCIONAL E NÍVEL DE ANSIEDADE E
DEPRESSÃO NO PÓS-COVID-19

Autores: JAQUELINE MATAUCH DZULINSKI | Rayra Milena Rodrigues, Paulo Henrique Kusiak, Débora Rafaelli
de Carvalho Avila. Instituição: ¹Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais - CESCAGE; ² Universidade
Estadual de Londrina- UEL
PALAVRAS-CHAVE: COVID-19; Qualidade de vida; Depressão
Introdução: A SARS-CoV-2 é o vírus causador da COVID-19, que teve início e uma rápida disseminação em dezembro de
2019. É uma enfermidade que acomete principalmente o sistema respiratório, mas agride outros sistemas. Com isto, pode
interferir na qualidade de vida, estado funcional e alterar o nível de ansiedade e depressão. Objetivo: O objetivo do presente
estudo foi avaliar a qualidade de vida, estado funcional e nível de ansiedade e depressão de pacientes infectados por
COVID-19 na cidade de Ponta Grossa-PR. Método: Foi realizado um estudo transversal e retrospectivo, de caráter descritivo.
A amostra foi composta por 6 indivíduos que foram infectados pelo COVID-19. Estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética
e Pesquisa da Instituição. Para avaliação da qualidade de vida utilizou-se o Chronic Respiratory Questionnaire (CRQ), para
avaliação do estado funcional utilizou-se a escala London Chest Activity of Daily Living (LCADL), para a avaliação do nível
de ansiedade de depressão foi utilizada a escala Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS) e para avaliar o impacto
da dispnéia nas atividades de vida diária utilizou-se a escala Medical Research Council (MRC). Resultados: A amostra foi
composta por cinco homens e uma mulher, com idade 36 [33- 52 anos], peso 80 [67-85 Kg], altura 1,68 [1,63-1,77 metros] e
IMC 27 [25-29 Kg/m²]. O score total do CRQ foi de 100 [76-110 pontos], e nos domínios de dispneia 21 [16-28 pontos], fadiga
23 [17-26 pontos], emocional 26 [18-29 pontos] e autocontrole 27[19-29 pontos]. Em relação à escala LCADL o score total
foi de 13 [4-23 pontos]. Quando analisado o nível de ansiedade e depressão pela escala HADS observou-se um escore no
domínio ansiedade 7 [4-10 pontos] e no domínio depressão 5 [2-8 pontos], enquanto ao analisar o impacto da dispnéia nas
atividades de vida diária de acordo com a escala MRC observou-se 1[1-3 pontos]. Conclusão: Pôde ser observado que os
indivíduos infectados por COVID-19 apresentaram uma redução na qualidade vida predominante nos domínios de dispneia
e fadiga, entretanto, ao observar o estado funcional, o impacto da dispnéia, nível de ansiedade e depressão os indivíduos
não apresentaram alterações significativas.

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