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EIXO 1   Políticas Públicas, Gestão e Avaliação na Saúde
                                                                                   TRABALHOS DE PESQUISA EM SAÚDE

                   “O PLANIFICA VEIO E DEU UM EMPURRÃO”: POTENCIALIDADES DA PLANIFICAÇÃO DA
                    ATENÇÃO A SAÚDE (PAS), VIA PLANIFICASUS, NA 4ª REGIÃO DE SAÚDE DO PARANÁ

                   Autores: EMALLINE ANGÉLICA DE PAULA SANTOS | Gustavo Zambenedetti. Instituição: Universidade Estadual
                   do Centro-Oeste - UNICENTRO

                PALAVRAS-CHAVE: saúde pública; planejamento; atenção à saúde.
                Introdução: A Planificação da Atenção à Saúde (PAS) caracteriza-se por uma metodologia cuja finalidade é a consolidação da RAS
                no SUS. Em 2019, visando ampliar o uso desta metodologia, a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein (SBIBAE),
                em parceria com o CONASS e o Ministério da Saúde, executou, via Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS
                (PROADISUS), o Projeto “PlanificaSUS: A organização da Atenção Ambulatorial Especializada (AAE) em rede com a Atenção Primária
                à Saúde (APS)” em 27 regiões de saúde de 21 estados. O Estado do Paraná aderiu ao Projeto e escolheu a 4ª Região de Saúde
                (composta por 9 municípios, com sede em Irati) e a Linha de Cuidados da Saúde da Pessoa Idosa como prioritária. Objetivo:
                Compreender as potencialidades da implementação da PAS, via PlanificaSUS, na 4ª Região de Saúde do Paraná. Método: Trata-se
                de uma pesquisa-qualitativa, sob perspectiva da Análise Institucional. Foram realizadas entrevistas com 14 tutores. A pesquisa foi
                aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNICENTRO, Campus Irati, sob parecer nº 4.014.354. A análise dos dados ocorreu
                mediante leitura das transcrições das entrevistas, que permitiu a emergência de analisadores, por meio das falas recorrentes ou
                fatos relevantes identificados no campo de pesquisa e colocados em diálogo com a literatura. Resultados: Dentre as principais
                potencialidades apontadas pelos participantes destacou-se: a integração entre as equipes, os diferentes setores e entre a AAE
                e APS (“agora eu vejo que é uma equipe mesmo” – Tutora 6); a oportunidade de organização por etapas (“foi um norte pra
                nós” – Tutora 1); e os materiais e as ferramentas disponibilizadas (“as ferramentas que eles disponibilizam são muito boas”
                – Tutora 10). Discussão: O PlanificaSUS produziu movimentos instituintes na 4ª Região de Saúde do Paraná, abrindo espaço
                para a transformação dos processos de trabalho. A integração foi operacionalizada tendo em vista os conceitos-ferramenta de
                cogestão, intersetorialidade e apoio matricial, buscando uma relação horizontal e democrática, além de uma comunicação mais
                efetiva entre os serviços, equipes e para com os usuários. A organização por etapas e os materiais e ferramentas disponibilizadas
                oportunizaram um caminho e o aumento do repertório das equipes, em consonância com a PNEPS. Conclusões: A implementação
                da PAS, via PlanificaSUS, evidenciou-se como um instrumento potente para consolidação da RAS na 4ª Região de Saúde do Paraná.




                   REDE DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, FAMILIAR E SEXUAL CONTRA A
                  MULHER, DE UM MUNICÍPIO DA REGIÃO NORTE DO PARANÁ: ESTRATÉGIAS ADOTADAS
                                            DURANTE A PANDEMIA COVID-19

                   Autores: JOSIANE NUNES MAIA | Giovana Maria Mourinho Ferreira, Marselle Nobre de Carvalho. Instituição:
                   Universidade Estadual de Londrina

                PALAVRAS-CHAVE: Violência contra a Mulher; Violência Doméstica; Pandemias.
                Introdução: durante a pandemia, com as medidas de isolamento social, o espaço doméstico tornou-se ainda mais inseguro
                para as mulheres. Os dados sobre a violência contra as mulheres durante a pandemia no 1º semestre de 2020, demonstram que
                houve aumento dos chamados para o 190 e nos acionamentos da Polícia Militar em casos de violência doméstica. A atuação dos
                serviços constitui a rede de enfrentamento à violência contra as mulheres que busca abranger o fenômeno em sua complexidade
                e multidimensionalidade conectando diversas áreas de atenção, tais como saúde, segurança pública, assistência social, educação,
                justiça, cultura, entre outras.  Objetivos:  analisar as estratégias adotadas pela rede municipal  de enfrentamento à violência
                doméstica, familiar e sexual contra a mulher, de um município da região norte do Paraná durante a Pandemia de COVID-19.
                Método: trata-se de uma investigação qualitativa de caráter exploratório, na qual foram utilizadas as técnicas de análise de
                conteúdo, observação participante com registro em diário de campo e pesquisa documental. Foram utilizados relatórios de oito
                reuniões realizadas no período de março a dezembro de 2020. Após realizar a leitura dos documentos foi feito a exploração do
                material e dos os textos dos relatórios que foram recortados em unidades de contexto e unidades de registro. Em seguida as
                unidades foram agrupadas de acordo com semelhanças de sentido, resultando em unidade de conteúdo temática. Na sequência
                as unidades foram relidas, emergindo 2 categorias empíricas: funcionamento da rede e temas abordados. Resultados/discussão:
                diante das demandas que emergiram da pandemia, as articulações resultaram na formulação de cartilhas, compartilhamento de
                informações para denúncia e proteção e participação em campanhas nacionais e municipais. As reuniões que passaram a ser
                de modo remoto, garantiram a continuidade dos trabalhos. A pandemia e a violência contra as mulheres evidenciaram temas
                relacionadas a opressão e discriminação, deixando ainda mais vulneráveis alguns grupos. Isso fez com que a Rede discutisse
                sobre questões de classe, raça e gênero que estão vinculadas às violências institucionais cristalizadas socialmente. Conclusões:
                a pandemia destacou a condição da mulher no contexto das desigualdades e práticas machistas e o quanto as ações integradas
                ainda se apresentam como um dos desafios para a rede de enfrentamento.



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