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EIXO 1 Políticas Públicas, Gestão e Avaliação na Saúde
TRABALHOS DE PESQUISA EM SAÚDE
TRABALHOS DE PESQUISA EM SAÚDE
CAPACIDADE FUNCIONAL DE EXERCÍCIO E FORÇA DE MEMBROS INFERIORES NO PÓS-
COVID-19: COMPARAÇÃO ENTRE HOMENS E MULHERES
Autores: GABRIELA MICHALOUSKI MALANSKI | Jhulyanne Ehlers Da Silva¹, Nathalia Caroline Siqueira¹, Paulo
Henrique Kusiak¹, Débora Rafaelli de Carvalho Avila1,².. Instituição: 1 Centro de Ensino Superior do Campos
Gerais – CESCAGE; 2 Universidade Estadual de Londrina – UEL;
PALAVRAS-CHAVE: COVID-19; Capacidade Funcional; Força Muscular.
Introdução: A COVID-19 é causado pelo vírus SARS-COV-2. Essa síndrome apresenta como principais sintomas: dispneia, febre,
tosse e fadiga. Dentre as sequelas possíveis, temos as alterações na capacidade funcional do exercício, pela redução da força
muscular nos MMII, afetando assim a qualidade de vida dos pacientes. Entretanto, até o momento existem pouca evidência
cientifica sobre as alterações ocasionadas pela COVID-19. Objetivo: avaliar a capacidade funcional de exercício e a força muscular
de membros inferiores em indivíduos que tiveram COVID-19, além disso, analisar se houve diferença entre homens e mulheres.
Métodos: Estudo transversal retrospectivo, com abordagem descritiva e analítica. Aprovado pelo Comitê de Ética da instituição.
A amostra foi composta por 30 indivíduos no pós-COVID-19, atendidos pelo Centro Especializado em Reabilitação COVID-19
(CERCOV), entre novembro de 2021 a maio de 2022. Foram utilizados como testes para a avaliação, o teste de caminhada de
6 minutos (TC6min) para avaliação da capacidade funcional de exercício, e o teste de sit-to-stand (STS) para avaliação da força
muscular de membros inferiores. Os dados foram analisados por meio do programa estatístico GraphPad Prism 6. O teste
de Shapiro-Wilk foi utilizado para avaliar a distribuição de normalidade dos dados. Para as comparações das médias entre os
grupos, utilizou-se o Teste t não pareado. O nível de significância estatística será de p<0.05. Resultados: A amostra contava com
16 homens, 51±14 anos, 80±17 Kg e 1,67±0,07 metros de altura, 53% dos pacientes apresentavam sobrepeso e em relação às
comorbidades tivemos um predomínio de hipertensão (33%), asma (16%) e doenças vasculares (23%). Em relação ao TC6min,
pudemos perceber uma redução na capacidade funcional de exercício pelas mulheres, porém sem diferença estatística (p>0,05),
possivelmente devido ao tamanho da amostra. Em relação a comparação da força muscular dos MMII entre homens e mulheres
pelo teste STS, as mulheres apresentaram uma porcentagem do predito de 44% e os homens de 54%, quando comparado a
diferença entre os gêneros, houve diferença estatisticamente significante (p=0,04). Conclusão: Os resultados demonstram que os
indivíduos acometidos pela COVID-19 apresentam redução da capacidade funcional e a força muscular nos MMII, em ambos os
gêneros. Além disso, predomínio nas alterações no gênero feminino.
ANÁLISE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS VOLTADAS AOS USUÁRIOS EM NUTRIÇÃO ENTERAL
DOMICILIAR EM MUNICÍPIOS DE UMA REGIÃO METROPOLITANA DO PARANÁ
Autores: LUNA REZENDE MACHADO DE SOUSA | Maria Eliana Madalozzo Schieferdecker, Rafael Gomes Ditterich.
Instituição: Universidade Federal do Paraná
PALAVRAS-CHAVE: Nutrição Enteral; Assistência Domiciliar; Políticas Públicas de Saúde.
Com o aumento na prevalência de doenças crônicas e na expectativa de vida, tem crescido o número de pessoas que precisam
se alimentar por sondas, fazendo uso da nutrição enteral, muitas vezes em domicílio (NED). Contudo, ainda não há uma política
nacional que garanta o acesso às fórmulas alimentares enterais e ao acompanhamento nutricional para os usuários em NED. Diante
da falta de uma regulamentação federal, alguns municípios têm implantado políticas locais para orientar a assistência nutricional
para estes usuários. Neste contexto, este estudo teve como objetivo analisar as condições legais e institucionais que viabilizam, ou
não, o processo político-jurídico de implantação das políticas voltadas à efetivação do direito à alimentação aos usuários em NED.
Trata-se de um estudo observacional que envolveu a coleta e dados por meio de entrevistas semiestruturadas com os gestores
de saúde dos 29 municípios que compõem a Região Metropolitana de Curitiba, no Paraná. Os gestores foram questionados
sobre a identificação do problema público e a existência de programa ou protocolo municipal para o seu enfrentamento. Por
meio do método qualitativo da análise de conteúdo, as respostas dos entrevistados foram usadas para identificar em qual etapa
do modelo do ciclo de políticas públicas cada município se encontrava. Este modelo foi originalmente proposto por Lasswell e
possibilita a compreensão das características de cada fase que compõe o processo de implantação das políticas. Os resultados
evidenciaram as discrepâncias no tocante à posição dos municípios dentro deste ciclo. Enquanto sete municípios ainda não
tinham passado pelo processo inicial de identificação do problema público, cinco já se encontravam na fase final de avaliação da
política implantada. A avaliação das políticas foi baseada na comparação dos fatores que levaram à sua construção (objetivos)
e as mudanças percebidas após sua implantação (resultados). A análise mostrou que as políticas implantadas nos municípios
avaliados produziram o seu resultado desejado, como o fortalecimento da atenção à saúde aos usuários em NED, com garantia
de maior equidade e justiça distributiva dos insumos e fórmulas enterais, redução de custos com o programa e diminuição da
judicialização em saúde. Esta pesquisa mostrou que este problema de saúde ainda carece de inserção nas agendas públicas, e
também cabe ao controle social trazê-lo para discussão onde são pactuadas as políticas de saúde como os conselhos de saúde.
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