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EIXO 1   Políticas Públicas, Gestão e Avaliação na Saúde
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                   COBERTURA DE CITOPATOLÓGICO DURANTE A PANDEMIA: ALCANCE DO INDICADOR
                                                   DO PREVINE BRASIL

                  Autores: TATIELE ESTEFÂNI SCHÖNHOLZER | Fabiana Costa Machado Zacharias, Luciana Fabriz, Gabriela Gonçalves
                  Amaral, Brener Santos Silva, Ione Carvalho Pinto. Instituição: 1º Universidade Federal do Paraná; 2º, 4º, 5º, 6º
                  Universidade de São Paulo; 3º Universidade Estadual do Oeste do Paraná
               PALAVRAS-CHAVE: Avaliação em saúde; Atenção Primária à Saúde; Saúde da mulher
               Introdução: O Previne Brasil é um programa de financiamento implantado em 2019 que altera a forma de repasse financeiro para
               a Atenção Primária à Saúde dos municípios, que passam a ser distribuídas com base em quatro critérios: capitação ponderada,
               pagamento por desempenho, incentivo para ações estratégicas e incentivo com base em critério populacional. O pagamento por
               desempenho é calculado de acordo com sete indicadores divididos em quatro ações estratégicas, a saber: a) saúde da criança;
               b) saúde da mulher; c) pré-natal e d) doenças crônicas. Objetivo: analisar o alcance de um dos indicadores de desempenho que
               compões a ação estratégica de saúde da mulher “cobertura de citopatológico” no nível nacional. Para isso foi realizado estudo
               transversal com abordagem quantitativa utilizando dados secundários disponíveis no sistema de informação da Atenção Primária
               à Saúde (SISAPS). Foi realizado estatística analítica com boxsplot e análise de dispersão comparando os anos de 2020 e 2021 no
               âmbito nacional, utilizando o programa R Core Team 2021. Resultados/discussão: A cobertura de citopatológico a nível Brasil, no
               ano de 2021, foi significativamente maior se comparado ao ano de 2020, especificamente no segundo quadrimestre, todavia, não
               conseguiu alcançar a porcentagem estipulada pelo Ministério da Saúde, para os primeiros anos de implantação, que seria 40%.
               Ressalta-se que uma possível explicação para o baixo alcance deste indicador pode estar associada ao momento de pandemia,
               visto que, muitas unidades básicas de saúde limitaram seus atendimentos ou reorganizaram o fluxo para o atendimento prioritário
               de  pacientes sintomáticos para a Covid-19.  O  programa Previne  Brasil está em seus  anos  iniciais  de  implementação, sendo
               necessário o acompanhamento do desempenho de todos os indicadores, bem como, o entendimento aprofundado dos motivos
               do não alcance das metas que podem estar relacionados ao não preenchimento ou preenchimento inadequado das informações,
               no prontuário eletrônico do cidadão, dificuldade em utilização das ferramentas informacionais e/ou de problemas estruturais.
               Considerações finais: enfatiza-se que este acompanhamento é fundamental para a qualificação e avaliação da atenção primária,
               intervenções estratégicas pelos gestores, bem como, fator indispensável para o financiamento das ações neste mesmo nível de
               atenção à saúde.





               PAPEL DOS CONSÓRCIOS PÚBLICOS DE SAÚDE NO PROCESSO DE REGIONALIZAÇÃO A SAÚDE
                                         NA MACRORREGIÃO NORTE DO PARANÁ

                  Autores: BRÍGIDA GIMENEZ CARVALHO | Juliana Stuqui Mastine Gomes, Fernanda de Freitas Mendonça, Luciana
                  Dias de Lima, Sonia Cristina Stefano Nicoleto, Elisabete de Fáima Polo de Almeida Nunes. Instituição:  Universidade
                  Estadual de Londrina
               PALAVRAS-CHAVE: Consórcios de Saúde; Regionalização; Gestão em Saúde; Atenção Secundária à Saúde; Política de Saúde
               O processo de regionalização do Sistema Único de Saúde tem como desafios superar a fragilidade das estratégias de planejamento
               regional e a dificuldade de acesso da população à atenção especializada entre os municípios. Visando enfrentar esse problema,
               os Consórcios Públicos de Saúde (CPS) foram criados na década de 1990. Essa pesquisa apresenta como objetivo analisar o papel
               desempenhado pelos CPS no processo de regionalização na Macrorregião Norte do Paraná.Trata-se de um estudo de abordagem
               qualitativa e exploratória, desenvolvido na Macrorregião Norte do Paraná que abrange as Regionais de Saúde (RS) 16ª, 17ª, 18ª,
               19ª e 22ª. Foram realizadas entrevistas por meio de um roteiro semiestruturado, no período de setembro de 2020 a maio de 2021.
               Os participantes da pesquisa foram os gestores municipais e representantes do Conselho Regional de Secretários Municipais de
               Saúde do Paraná (CRESEMS), gestores estaduais e dirigentes dos consórcios públicos de saúde destas regiões. Os dados foram
               analisados e interpretados pela técnica de análise de discurso e os resultados apresentam o Processo de Regionalização e o Papel
               dos Consórcios na Macrorregião Norte do Paraná., destacando a importância da regionalização para os gestores, e o processo
               de discussão do Planejamento Regional Integrado (PRI), sendo este debate realizado de maneira distinta em cada região. Foram
               verificados alguns desafios a serem superados no processo de regionalização como a baixa adesão dos gestores nas reuniões
               decisórias, o subfinanciamento do SUS, a dificuldade na cooperação entre os entes e a rotatividade dos gestores. Os espaços
               apontados como possíveis arenas de negociação e pactuação entre os municípios são: a assembleia de prefeitos, o Conselho
               curador, o Conselho Regional de Secretarias Municipais de Saúde (CRESEMS) e a Comissão Intergestores Regional (CIR). E por fim
               aponta o contrato de rateio como um instrumento de pactuação entre os entes consorciados. Conclui-se que os CPS passaram a
               se constituir em um importante instrumento para o processo de regionalização na região por ser um articulador entre os níveis
               de governo.





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