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EIXO 1 Políticas Públicas, Gestão e Avaliação na Saúde
RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO DE TRABALHO DE UM SERVIÇO DE HIGIENE HOSPITALAR
Autores: SILVANA FERRI FECCHIO | Juliana Vicente de Oliveira Franchi, Naiara Barros Polita, Aline de Oliveira
Moreira, Geraldo Junior Guilherme, Maura Aparecida Silveira. Instituição: Hospital Zona Sul de Londrina
PALAVRAS-CHAVE: ambiente hospitalar, rotinas de higiene dos serviços de saúde, infecções relacionadas a assistência
de saúde
Caracterização do problema: Na guerra da Criméia, Florence Nightingale constatou, que a falta de higiene nos ambientes
onde os soldados permaneciam durante o tratamento, era a principal causa do alto índice de mortalidade. A contaminação do
ambiente hospitalar é causa reconhecida de disseminação de microrganismos e contribuem para um considerável aumento na
morbi mortalidade, dias de internação hospitalar e custos do tratamento. Justificativa: As técnicas de limpeza e desinfecção
concorrente e terminal, das superfícies hospitalares, é considerado um dos melhores custo-benefício para prevenção e controle
das IRAS, sendo o seu principal objetivo a redução da carga microbiana ambiental. Os ambientes hospitalares são classificados
em critico, com indicação de limpeza e desinfecção terminal a cada 7 dias, semicríticos a cada 15 dias e não críticos mensalmente.
Objetivo: Organizar o processo de trabalho do serviço de higiene hospitalar por meio de uma rotina de limpeza e desinfecção
de superfícies de fácil interpretação e aplicabilidade em um Hospital Geral de média complexidade localizado no município
de Londrina. Descrição da experiência: A área física do hospital foi dividida em 10 postos de trabalho, que correspondem às
unidades e seus ambientes. Foi então elaborado uma planilha que divide as rotinas em limpeza semanal, quinzenal e mensal.
Estabeleceu-se dias fixos para a limpeza e desinfecção de cada espaço, como enfermarias, postos de enfermagem, corredores,
dentre outros, com possibilidade de alteração, desde que não ultrapasse o tempo máximo de 15 dias para áreas críticas e 30
dias para as áreas semicríticas e não críticas. Ademais, foi realizado treinamento com a equipe de higiene para a implantação da
nova rotina, enfatizando a importância de respeitar a periodicidade. Reflexão sobre a experiência: O estabelecimento de um
cronograma com a periodicidade da limpeza e desinfecção terminal, com data, dia da semana ou mês, conforme a criticidade das
áreas e a confirmação da realização com a assinatura do profissional, garante um processo de trabalho padronizado, com registros
de fácil acesso para as vigilâncias e auditorias. Recomendações: Considerando que o ambiente atua como um reservatório de
microrganismos, é fundamental que sejam realizadas técnicas de limpeza e desinfecção periódicas e eficientes, que são essenciais
para a redução das infecções relacionadas à assistência a saúde, minimizado os eventos adversos associados a essas infecções.
MEDIDAS DE PROTEÇÃO E VALORIZAÇÃO DOS TRABALHADORES EM SAÚDE DURANTE A
CRISE SANITÁRIA
Autores: ALINE DE OLIVEIRA PERFEITO | CARMEN FERNANDA RIBEIRO, GISELE RISTOW MONTES. Instituição:
Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba
PALAVRAS-CHAVE: Saúde do trabalhador; Pandemia por covid-19; Saúde pública.
A emergência sanitária pressionou os sistemas de saúde em nível global, exigindo respostas rápidas e eficazes dos gestores
públicos. Neste contexto, o papel das equipes na assistência à saúde da população ganhou destaque e as ações de proteção, cuidado
e valorização destas foram intensificadas. O objetivo deste estudo é descrever as estratégias adotadas pela Secretaria Municipal
da Saúde junto aos seus trabalhadores. No início da pandemia, houve o treinamento de profissionais dos equipamentos de saúde
das redes pública, privada e de municípios da região metropolitana, sobre os fluxos de atendimento, uso de equipamentos de
proteção individual e manejo clínico, entre outros assuntos. Foram disponibilizados vídeos orientativos no website da secretaria
e a inclusão de novos protocolos no prontuário eletrônico. Realizou-se a convocação de voluntários, profissionais e estudantes
da área da saúde, contratação de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem por meio do Processo Seletivo Simplificado
Emergencial e a inclusão de médicos do Programa Mais Médicos nas equipes da atenção primária. Outra ação foi a publicação de
decreto direcionado aos agentes públicos municipais, regulamentando o afastamento do trabalho presencial ou a execução de
atividades sem contato com o público externo, para os trabalhadores pertencentes ao grupo de risco, sendo necessária a avaliação
do órgão pericial do município. Uma parceria entre secretarias municipais da nossa cidade realizou o projeto Tele Paz, oferecendo
suporte e apoio psicológico para a população e para os trabalhadores. Implantou-se a Unidade de Atendimento ao Trabalhador
em Saúde, uma unidade exclusiva para atendimento aos profissionais da rede municipal da saúde com suspeita de COVID-19.
Ocorreu a disponibilização de acomodações para os trabalhadores do Sistema Único de Saúde do município, direcionados aos
trabalhadores com dificuldades de isolamento domiciliar ou convivência com pessoas do grupo de risco. Profissionais voluntários
dos cargos psicólogo e terapeuta de práticas integrativas ofertaram aos trabalhadores das unidades de pronto atendimento,
acolhimento e suporte emocional. Com este conjunto de medidas foi possível fortalecer as ações de proteção à saúde física
e emocional dos profissionais de saúde, por meio de atividades qualificadas, de forma oportuna e dirigidas às necessidades
daquele momento, mantendo assim a qualidade da assistência ofertada aos pacientes.
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