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EIXO 1   Políticas Públicas, Gestão e Avaliação na Saúde
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                    CONSTRUÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DOS INSTRUMENTOS AVALIAÇÃO SOCIAL E PERFIL
                 SOCIOECONÔMICO NO TRABALHO DOS ASSISTENTES SOCIAIS NOS CENTROS DE ATENÇÃO
                                           PSICOSSOCIAL – CAPS EM CURITIBA
                   Autores: FLAVIA GRANZOTTO FACHINI | Nicolle Lucena da Silveira. Instituição: Fundação Estatal de Atenção à
                   Saúde de Curitiba - FEAS
                PALAVRAS-CHAVE: serviços de saúde mental; serviço social; análise socioeconômica
                Este resumo tem como objetivo descrever, por meio da experiência, o processo de construção e consolidação do instrumento
                avaliação social e do perfil socioeconômico no trabalho dos assistentes sociais nos Centros de Atenção Psicossocial – CAPS em
                Curitiba. A avaliação socieconômica é um meio para mobilização dos usuários com o viés da garantia de direitos humanos e sociais
                e não funciona como critério de elegibilidade ou seletividade estrutural e por isso, é realizado a avaliação social com todos os
                usuários inseridos no CAPS. Os objetivos específicos são: elucidar o processo de construção e consolidação da avaliação social e
                desenvolver reflexão sobre a importância da elaboração da avaliação social e construção do perfil socioeconômico dos usuários
                inseridos no CAPS. Os assistentes sociais são agentes ativos no processo de Reabilitação Psicossocial, sendo este para o Ministério
                da Saúde (2019) um conjunto de práticas que visam promover o protagonismo para o exercício dos direitos de cidadania de
                usuários e familiares da Rede de Atenção Psicossocial - RAPS, por meio da criação e desenvolvimento de iniciativas articuladas
                com os recursos do território nos campos do trabalho (economia solidária), da habitação, da educação, da cultura, da saúde,
                produzindo novas possibilidades e projetos para a vida e o objetivo do CAPS de Reabilitação Psicossocial e a partir da articulação
                entre as dimensões teórico-metodológica; ético-política; e técnico-operativa. A construção destes instrumentos foi iniciada em
                encontros promovidos pela instituição desde 2018. As autoras vivenciaram esse processo em duas perspectivas distintas, sendo
                uma delas assistente social e outra coordenadora, havendo, a necessidade de colaboração das esferas de execução e gestão da
                implementação das avaliações sociais. Os aspectos a serem trabalhados na avaliação social podem ser divididos em três eixos:
                o apoio familiar; benefícios e auxílios; vulnerabilidades e riscos sociais. A construção da avaliação social aconteceu por meio de
                vários encontros, com os assistentes sociais dos CAPS tanto nele, quanto no perfil socioeconômico, constam os dados: idade,
                faixa etária, pessoas com deficiência, identidade de gênero, escolaridade, configuração familiar com número de idosos e crianças,
                benefícios assistenciais, condições de seguridade na previdência social, condições de trabalho, condições de moradia, rede de
                apoio e vínculos afetivos, condições de participação social e acompanhamento Inter setorial.




                   CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE ACOMODAÇÃO PARA OS TRABALHADORES EM SAÚDE
                          ATUANTES NO ENFRENTAMENTO DA EMERGÊNCIA DE SAÚDE PÚBLICA

                   Autores: ALINE DE OLIVEIRA PERFEITO  | CARMEN FERNANDA RIBEIRO, GISELE RISTOW MONTES. Instituição:
                   Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba

                PALAVRAS-CHAVE: Saúde pública; Pandemia por covid-19; Saúde do trabalhador.
                A  pandemia  pelo  novo  coronavírus  apresentou  necessidade  de  isolamento  das  pessoas  contaminadas  e  com quadro  clínico
                suspeito de contaminação pelo vírus Sars-CoV-2. Ainda havia o problema dos trabalhadores que conviviam na mesma residência
                de pessoas do grupo de risco para COVID-19. Nos dois casos, muitos trabalhadores não tinham condição de realizar o adequado
                isolamento. Para atenuar a transmissibilidade do vírus SARS-CoV-2, a gestão municipal decidiu contratar o serviço de acomodação.
                O objetivo deste relato é descrever a experiência da Secretaria da Saúde na contratação, em caráter emergencial, do serviço
                de  acomodação e  hotelaria para os  trabalhadores que  necessitassem de  afastamento do  seu  domicílio  em razão do  novo
                coronavírus. Logo ao início da pandemia a gestão municipal preocupou-se com a contaminação de seus trabalhadores e familiares
                e disseminação do novo coronavírus. Diante disso, firmou-se contrato em caráter emergencial com dois hotéis distintos. Um
                para os trabalhadores que necessitavam manter-se em isolamento por quadro clínico de suspeito ou com resultado laboratorial
                confirmado para COVID-19, durante o período determinado pelo agente sanitário. A oferta também foi feita aos profissionais
                em saúde dos estabelecimentos hospitalares que prestavam serviços ao SUS, atuantes na linha frente. O outro estabelecimento
                contratado destinou-se aos trabalhadores que residiam com pessoas do grupo de maior risco de agravamento à infecção humana
                por COVID-19 e atuavam na assistência direta ao paciente. O hotel deveria oferecer acomodação individual, serviço de lavanderia,
                troca diária de enxoval e três refeições diárias servidas no quarto do trabalhador. Foi exigência contratual que o estabelecimento
                atendesse às normas e protocolos da vigilância sanitária. A Secretaria Municipal da Saúde teve contrato com hotel pelo período de
                23/04/2020 à 15/03/2021 e neste período 24 pessoas foram hospedadas, o que representou 988 diárias, destas 7 pessoas eram
                casos confirmados (55 diárias), 10 casos suspeitos clinicamente (14 diárias) e 8 por residirem com pessoas do grupo de maior risco
                (919 diárias). Esta experiência demonstrou que a proteção do profissional da saúde, bem como de seu núcleo familiar, resultou
                em ganhos imensuráveis para a saúde física e principalmente para a saúde emocional dos trabalhadores beneficiários desta ação.





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