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EIXO 1 Políticas Públicas, Gestão e Avaliação na Saúde
RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
ARBOVIROSE – A INTEGRAÇÃO DAS EQUIPES DE VIGILÂNCIA E ATENÇÃO A SAÚDE A ÂMBITO
REGIONAL
Autores: APARECIDA MARTINS DA SILVA | Enéas Cordeiro de Souza Filho, Jéssica Oliveira de Lima, Marilia de Melo
Santos de Castilhos, Michele Martha Weber Lima, Emanuelle Gemin Pouzato. Instituição: Secretaria Estadual de
Saúde do Paraná
PALAVRAS-CHAVE: arbovirose; integração; atenção à saúde
Caracterização do problema: A Arbovirose-Dengue é considerada um revés na saúde pública brasileira. Um agravo transmitido
exclusivamente por vetores mosquitos do gênero Aedes, que apresenta desde sintomas leves até manifestações graves que
poderão causar o óbito se não tratado adequadamente, sendo, em sua maioria considerada evitável. Em contrapartida, o risco
de transmissão pode ser reduzido com o comprometimento da população incentivada a eliminar os potenciais criadouros do
mosquito, e o agravamento dos casos e óbitos mitigados com a atualização constante das equipes assistenciais sobre o manejo
clínico adequado do paciente acometido por Dengue, sendo fundamental a integração das equipes técnicas envolvidas para obter
oportunamente êxito no seu enfrentamento. Justificativa: O desconhecimento e/ou desvalorização de atribuições específicas
das diversas áreas de atuação dos profissionais de saúde no combate as Arboviroses favorecem a desinformação e o atraso de
ações resolutivas, principalmente ao combate vetorial que ocorre anualmente e que se intensifica diante de suspeitas de casos,
e que quando não efetivo têm-se o risco de epidemias significativas podendo gerar colapso no sistema de saúde e os usuários
serem atingidos veementes. Faz-se necessária articulação entre as diversas áreas técnicas das Vigilâncias com a Atenção à saúde.
Objetivo: Integrar as ações a serem executadas; oportunizar a tomada de decisão; promover o trabalho integrado entre as
Vigilâncias e a Atenção a Saúde. Descrição da experiência: A exemplo da experiência exitosa de integração entre as equipes
técnicas da Coordenadoria de Vigilância Ambiental e Coordenadoria de Atenção à Saúde, fomentou-se o trabalho integrado
a âmbito regional por meio de ações em conjunto para que oportunamente os resultados fossem atingidos e fragilidades
amenizadas. Reflexão sobre a experiência: Sabe-se que esse processo ocorre paulatinamente e que é fundamental o interesse
e comprometimento das equipes envolvidas. No entanto, é essencial iniciar e instigar precocemente a construção desse processo
para se obter êxito na integração efetiva. Recomendações: Que esse processo de integração se estenda aos municípios para
alcançarmos a integração entre as Vigilâncias com a Atenção à Saúde proporcionando adequado e oportuno enfrentamento, por
consequente ter diminuição das epidemias de dengue e ausência de óbitos por esse agravo no Paraná.
ESTRATÉGIA “10 PASSOS PARA A PREVENÇÃO DA MORTALIDADE MATERNA POR COVID-19”
Autores: ANNA CHRISTINNE FELDHAUS LENZI COSTEIRA | Glaucia Osis Gonçalves, Carolina Bolfe Poliquesi, Amélia
Cristina Dalazuana Souza Rosa, Paula Rocha Silva, Marcos Takimura. Instituição: Secretaria de Estado da Saúde
PALAVRAS-CHAVE: Pandemia; Mortalidade Materna; COVID-19
Caracterização do problema: A pandemia da COVID-19 estabeleceu um cenário desafiador na assistência materno infantil,
com aumento exponencial da mortalidade materna. Gestantes e puérperas são consideradas grupo de risco para a COVID-19,
especialmente no 3º trimestre de gestação e no período pós-parto. Justificativa: Houve grande volume de informações para
a assistência à gestante e à puérpera, que dificultaram aos profissionais entender as melhores ações para reduzir os riscos
da gestante/puérpera com COVID-19. Objetivo: Estabelecer a estratégia “10 passos para a prevenção da mortalidade materna
por COVID-19”. Descrição da experiência: Foram estabelecidos e divulgados os 10 passos prioritários para a prevenção da
mortalidade materna por COVID-19, que são: 1. Garantir e não interromper atendimentos/consultas de pré-natal, puerpério e
puericultura. 2. Orientar gestantes e puérperas a prevenirem a infecção por meio de distanciamento físico, uso de máscaras
e práticas de higiene, incluindo etiqueta respiratória e higienização das mãos. 3. Realizar triagem respiratória antes de todos
os atendimentos e organizar fluxo separado de assistência entre população com triagem negativa e sugestiva para infecção. 4.
Realizar diagnóstico, respeitado tempo oportuno de coleta para exames. 5. Atentar para diagnóstico diferencial e tratamento
oportuno de outras infecções e complicações comuns na gestação. 6. Orientar isolamento qualificado de gestantes e puérperas
suspeitas ou confirmadas com COVID-19, bem como monitorar os casos via remota e/ou presencial. 7. Esclarecer gestantes e
puérperas sobre sinais de agravamento entre o 7º e 10º dia de sintomas, tais como tosse e febre persistente, Sat? 95% e dificuldade
de respirar, bem como busca de atendimento. 8. Realizar a notificação de near miss materno das gestantes e puérperas com
Síndrome Respiratória Aguda Grave. 9. Garantir continuidade do cuidado de forma compartilhada entre a Atenção Primária
à Saúde, Atenção Ambulatorial Especializada e Atenção Hospitalar de gestantes recuperadas. 10. Realizar a imunização para
COVID-19 em gestantes, puérperas e lactantes conforme Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a COVID-19.
Reflexão sobre a experiência e recomendações: Ações estratégicas configuram-se importante ferramenta de trabalho de
gestores e equipe assistencial. A educação permanente e ferramentas tecnológicas são instrumentos para manutenção de ações
para fortalecimento da atenção.
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