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EIXO 1   Políticas Públicas, Gestão e Avaliação na Saúde
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                     RELATO DA EXPERIÊNCIA EXISTOSA DA FRENTE PARLAMENTAR DO CORONAVÍRUS

                    Autores: THEMIS LEÃO BUCHMANN | Michele  Caputo  Neto, Priscila Carla Kreitlov Drago. Instituição:
                    Assembleia Legislativa do Paraná
                 PALAVRAS-CHAVE: políticas de saúde; coronavírus; parlamento.
                 Caracterização do problema:  A pandemia do coronavírus vinha sendo divulgada como algo certo. Justificativa:  a chegada
                 desta doença até então desconhecida, mostrou a necessidade da criação de uma Frente Parlamentar para que o assunto
                 pudesse ser amplamente debatido entre os parlamentares, pois todas as medidas que vinham sendo tomadas na tentativa de
                 conter o avanço da doença, atingiam diretamente a vida das pessoas. Os objetivos da Frente Parlamentar do Coronavírus eram
                 de acompanhamento das ações, articulação e acolhimento das demandas da sociedade atingida pelos efeitos da pandemia,
                 bem como a proposição de medidas ao poder público, para reduzir o impacto da doença. Descrição da experiência:  foi
                 extremamente  importante, pois a Frente Parlamentar  abriu o debate, por meio de reuniões e audiências públicas  que
                 deram voz aos diversos setores da sociedade e também ao poder público. Discutimos assuntos relacionados a pandemia,
                 não só sobre a doença, mas também referente ao impacto que ela estava causando na vida das pessoas.Reflexão sobre a
                 experiência: Percebemos conflitos de interesses e de entendimentos em relação às medidas que o poder público tomava,
                 e por isso realizamos audiências que contaram com a participação de todos os entes envolvidos, desde a população em
                 geral até a Organização Mundial da Saúde. A Frente Parlamentar ouviu as demandas de diversos setores da sociedade e
                 propôs medidas para reduzir o impacto da pandemia, por exemplo, quando trouxe os artistas e os representantes da área
                 de eventos para falarem sobre as necessidades que estavam passando, já que este foi o primeiro setor que a pandemia
                 parou.  Recomendações:  As  reuniões  possibilitaram também os encaminhamentos  de  proposições  legislativas visando  o
                 aprimoramento de ações tomadas, como a antecipação da vacinação dos profissionais de serviços essenciais, a ampliação
                 da testagem contra a doença, a retomada segura dos eventos, a vacinação de crianças e adolescentes, a manutenção dos
                 leitos de UTI, mutirão para as cirurgias que foram suspensas, a vigilância genômica de novas cepas, entre outras. Foi possível
                 a divulgação de informações técnicas para a conscientização da população sobre a prevenção e o fluxo de atendimento dos
                 casos na rede pública. Ficou claro que a Saúde Pública não se constrói somente com ações determinadas pelo Governo Federal
                 mas sim com a participação da população, dos gestores locais e com parceria entre as relações federadas.




                     LUTANDO POR UMA LEI IDEAL PARA CONQUISTAR UMA LEI POSSÍVEL: LIÇÕES DO
                                          TRABALHO PARLAMENTAR NA SAÚDE
                    Autores: MARCIO JOSÉ DE ALMEIDA | Michele Caputo Neto, Cintia Larissa Rueda Lorga. Instituição: Assembleia
                    Legislativa do Paraná
                 PALAVRAS-CHAVE: política de saúde pública; poder legislativo; ação parlamentar
                 Caracterização do problema: O problema de saúde pública que nos levou à propor um projeto de lei era muito preocupante
                 no início de 2019, época da experiência aqui relatada. A situação com a qual nos deparávamos dizia respeito à ausência
                 de políticas de saúde voltadas ao desenvolvimento dos cuidados paliativos aos portadores de doenças graves, incuráveis e
                 também ao desconhecimento da população e dos profissionais sobre os encaminhamentos para dar condições dignas às
                 pessoas nos seus últimos momentos de vida. Justificativa:  a elaboração de leis é uma das atribuições do parlamento e
                 por isso decidimos apresentar um projeto de lei dispondo sobre “as Diretivas Antecipadas de Vontade e a organização dos
                 Cuidados Paliativos no Paraná”. Os objetivos da proposta eram regular e proteger o direito das pessoas quanto à tomada de
                 decisão sobre os cuidados e tratamentos que quer, ou não, receber no momento em que estiver incapacitado de expressar,
                 livre e autonomamente, sua vontade e estabelecer as garantias que os profissionais e os serviços de saúde devem oferecer
                 à população no campo dos cuidados paliativos.  Descrição  da experiência:   foi preocupante em certos momentos mas,
                 felizmente, vitoriosa; debates com especialistas na elaboração do projeto de lei; discussões na comissão de saúde; polêmicas
                 e incompreensões que precisaram ser contornadas e por fim, para viabilizar a aprovação dos aspectos considerados mais
                 importantes pelo movimento dos cuidados paliativos e também viáveis de serem aprovados pela Comissão de Constituição
                 e Justiça e pela maioria dos parlamentares, decidimos desdobrar o projeto de lei ideal, inicialmente apresentado, constituído
                 de 16 artigos, em dois projetos, concentrando a atenção na aprovação de um deles. Assim, no segundo semestre de 2019
                 foi aprovado um projeto que, depois de sancionado pelo Governador do Estado, transformou-se na Lei 20.091/2019 que em
                 8 artigos “Dispõe sobre a organização dos Cuidados Paliativos no Paraná”. Reflexão e recomendações:  Essa experiência
                 foi útil para ampliar a compreensão de parlamentares e gestores sobre o assunto e também como aprendizado sobre as
                 especificidades do debate e da atuação parlamentar, sobre a importância da capacidade de escuta das divergências e da busca
                 de convergências, requisitos que devem ser levados em conta por todos os interessados no fortalecimento do setor saúde.





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