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EIXO 1 Políticas Públicas, Gestão e Avaliação na Saúde
RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
TELESSERVIÇO DA COVID-19 COMO FERRAMENTA DE GESTÃO E AVALIAÇÃO EM SAÚDE
Autores: ALINE FELIX | Patricia Maria Cardoso Ferreira, Ronieverson Pedrozo Lopes, Acácia Maria Lourenço
Francisco Nasr. Instituição: SESA-PR Ouvidoria Geral da Saúde
PALAVRAS-CHAVE: COVID-19; Telesserviços de Saúde; Acesso à Informação de Saúde
O processo democrático foi fundamental para implantação do SUS e o envolvimento da sociedade é relevante no processo
de formulação e desenvolvimento de políticas públicas em defesa do direito à saúde(conquistado a partir do movimento da
Reforma Sanitária).A famosa frase proferida pelo sanitarista Sérgio Arouca durante a abertura da 8ª Conferência Nacional
de Saúde,que correlacionava democracia com saúde,já traduzia o conceito ampliado de saúde adotado hoje:focado na
qualidade de vida do cidadão.A existência de ouvidoria no SUS traduz uma das formas de garantir a participação popular.
Com o surgimento do coronavírus Sars-CoV-2,a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná(SESA-PR) identificou a necessidade
de prestar informações à população,de forma remota,sobre as medidas de enfrentamento à COVID-19.Após elevação da
classificação como pandemia, pela OMS,a SESA implantou(por meio da Resolução SESA nº357/2020 e do chamamento de
30 estudantes de medicina) o Centro Avançado de Informações–CAI,que aprimorou a equipe de prestação de atendimento
remoto à população, sob a coordenação da Ouvidoria Geral de Saúde do Paraná–OGS(para esclarecimento de dúvidas e a
prestação de orientações relacionadas à prevenção, cuidados e combate da pandemia).Atendendo ligações telefônicas e
contatos via Whatsapp,24horas por dia,em 2021 o CAI realizou 21.735 registros de atendimentos da área de Saúde Pública
no sistema oficial(SIGO).Durante a análise de dados para a confecção do relatório gerencial de 2021,ao elaborar um gráfico
com o volume diário de registros realizados pelo CAI,foi possível observar semelhança com os gráficos epidemiológicos
obtidos com dados paranaenses da doença e de seus óbitos.A observação de momentos de aumento e diminuição de casos
e óbitos pela Covid-19 durante 2021 produzem imagens semelhantes às geradas pelo momento de pico e de baixa no volume
que o CAI foi contatado pelos cidadãos.A semelhança sugere que este canal de telesserviço representou o apoio de acesso à
informação que o cidadão necessitava em 2021,conforme a pandemia evoluía,provendo a democracia. Os dados registrados
pelo CAI também representaram uma importante fonte de dados para a gestão.O fornecimento de telesserviço de saúde
pelo CAI demonstrou potencialidades que podem ser replicadas em diversas áreas do SUS,ampliando a possibilidade de
que as manifestações dos cidadãos,junto aos indicadores de avaliação em saúde,reflitam em políticas públicas e subsidiem
a tomada de decisão na área da saúde.
IMPLANTAÇÃO DAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS COMPLEMENTRARES (PICS) NA ATENÇÃO
PRIMÁRIA COMO DIRETRIZ ESTRATÉGICA NA GESTÃO EM SAÚDE
Autores: SILVANE DO CARMO GAVRONSKI | Ana Paula Klosovski. Instituição: Secretaria Municipal de Saude
PALAVRAS-CHAVE: Terapias complementares; Política púbica de saúde; Atenção Primária à Saúde
Este estudo expõe o relato de uma experiência da implantação das Práticas Integrativas e Complementares Atenção
Primária à Saúde, pela Gestão em Saúde do município de Inácio Martins. Foi realizado um estudo descritivo, com dados
elementares em um grupo de 52 pacientes participantes, sendo 20 pacientes crônicos; 12 profissionais de saúde linha
de frente Covid-19 e para 20 pacientes positivos e em recuperação de infecção pelo Covid, através de um formulário
previamente aplicado aos usuários das PICS, no período de setembro de 2019, a junho de 2020. Os relatos dos usuários
indicam uma melhoria significativa nas patologias, sendo a auriculoterapia e acupuntura as práticas mais utilizadas, os
enfermeiros são os profissionais que executam as Práticas Integrativas e Complementares, e são os profissionais da APS que
por determinação própria exercem destaque na expansão da política, promovendo o protagonismo e o empoderamento
da enfermagem para a implementação das PICS em seu trabalho diário, qualificando as práticas assistenciais e reduzindo
os custos em saúde pública.A ESF tem sido a protagonista no desempenho das na APS, que aponta a preferência para estas
práticas, entendendo a contribuição destas para a efetividade do serviço, o cuidado à saúde da população e a promoção e
prevenção em saúde. Os dados do presente experimento apontam a importância de reconhecer a situação do município
com relação às PICS, para a implantação de políticas públicas, uma vez que estas políticas constituem diretrizes nas ações
de implementação; a inserção das práticas é de responsabilidade da gestão, bem como a elaboração e regulamentação nos
instrumentos de gestão, e a definição orçamentária e financeira para a implementação da política, a articulação intersetorial
e a qualificação dos profissionais de saúde de forma a garantir a legitimação profissional e institucional. A organização e
legislação específica dentro dos instrumentos de gestão, já estão inseridas dentro da estrutura institucional para conduzi-las
dentro do planejamento municipal. Faz-se necessário integrar gestores, profissionais de saúde e sociedade para promover
discussões e conhecimento sobre a importância das PICS, sua utilização e benefícios em sua implementação no SUS.
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