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EIXO 1 Políticas Públicas, Gestão e Avaliação na Saúde
RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO: FERRAMENTA ESTRATÉGICA PARA A GESTÃO DO
CUIDADO HOSPITALAR NA 4ª REGIÃO DE SAÚDE
Autores: JULIANA TRINKAUS MENON | Patrícia Padilha Sobutka. Instituição: SESA/4ª Regional de Saúde de Irati.
PALAVRAS-CHAVE: Humanização do cuidado; SUS que dá certo; Grupo de Trabalho em Humanização.
Para reestruturar a ambiência hospitalar e proporcionar melhores condições de trabalho e qualificar a resposta do atendimento,
o Grupo de Trabalho em Humanização (GTH), constitui um espaço interdisciplinar, voltado à assistência do usuário quanto
às condições e relações de trabalho dos profissionais. A Humanização Hospitalar é fundamental para oferecer ao paciente
atendimento digno, onde este e sua família se sintam seguros. Considera-se que a atenção e a dedicação dos profissionais da
saúde que trabalham na rede hospitalar são de fundamental importância na recuperação dessas pessoas. O desafio proposto
pela Política Nacional de Humanização (PNH) é redefinir o conceito de humanização a partir de um “reencantamento do concreto”,
ou do “SUS que dá certo”. Com essa definição e engajamento de todos os profissionais da área hospitalar o atendimento é
resolutivo e humanizado, respeitando à individualidade e as diferenças profissionais. A PNH tem como finalidade efetivar os
princípios do SUS no cotidiano das práticas de atenção e gestão e incentivar trocas solidárias entre gestores, trabalhadores e
usuários do sistema, promovendo uma nova cultura de atendimento na saúde. Apoiando melhorias na qualidade e eficiência
dos serviços hospitalares, como uma ferramenta de gestão do cuidado. O GTH tem como finalidade programar, analisar e
executar ações humanizadas para os pacientes e colaboradores dos hospitais. Realizadas capacitações em Humanização aos
profissionais utilizando como metodologia a construção do conhecimento baseado na PNH, conforme a realidade de cada
ambiente hospitalar. Nas capacitações foram realizadas o acolhimento da equipe, com mensagem motivacional para instigar
o processo de trabalho humanizado. O ambiente hospitalar é considerado “frio”, mas, com as ações do GTH tornou-se um
ambiente “quente”, agregando o cuidado efetivo e resolutivo. Em suma, desencadear um processo de humanização no ambiente
hospitalar não consiste em mágica extraordinária ou no investimento de custos elevados para a instituição. Muito mais do que
mudanças e adaptações do ambiente físico são necessárias mudanças na prática dos profissionais. Cabe enfatizar o ser e o fazer
ressaltando a ética, o respeito e à dignidade humana. Todas as iniciativas são válidas, quando se fala em humanização, desde
que haja sensibilização e problematização da realidade concreta, a partir de um espaço interdisciplinar.
ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NOS CUIDADOS PALIATIVOS EM HOSPITAL GERAL: UM RELATO
DE EXPERIÊNCIA
Autores: HEVERTON FERREIRA DE ALMEIDA | Aline Maria Tonin Leoni, Juliana Vicente de Oliveira Franchi,
Geraldo Junior Guilherme, Antonio da Silva Freitas. Instituição: Hospital Zona Sul de Londrina
PALAVRAS-CHAVE: envelhecimento, paliativo, fisioterapia
Caracterização do problema: O envelhecimento populacional é hoje uma realidade que o tornou temática relevante do ponto
de vista científico e de políticas públicas. Atrelado a esse envelhecimento há um aumento na prevalência de doenças crônicas.
Justificativa: Este binômio, representado pelo aumento proporcional de idosos e uma maior prevalência de doenças crônicas,
em um universo de alta tecnologia disponível no mercado, por um lado, e de escassez dos recursos efetivamente aplicáveis
para a organização dos serviços de saúde necessários para atender essas demandas, por outro, configura um desafio tanto às
políticas de saúde, como à bioética em saúde pública. Objetivos: Os Cuidados Paliativos (CP) objetivam adotar uma abordagem
humanista e integrada para o tratamento de pacientes sem possibilidade de cura, reduzindo os sintomas e aumentando a
qualidade de vida e compreender todas as necessidades físicas, psicológicas e espirituais presentes. Historicamente, os
serviços de CP têm se concentrado em pacientes com câncer. No entanto, a visão atual é que o acesso aos CP deve basear-se
nas necessidades e não no diagnóstico. Relato de experiência: Nesse contexto, em 2017 o Hospital Zona Sul de Londrina,
iniciou o trabalho da Comissão de Cuidados Paliativos, com equipe multidisciplinar a fim de atender essa demanda do usuário
SUS. Dentro dessa equipe a Fisioterapia tem como objetivo principal a melhora da qualidade de vida dos pacientes sem
possibilidades curativas, reduzindo os sintomas e promovendo sua independência funcional. A atuação desse profissional
junto a esses pacientes e familiares têm se mostrado fundamental tanto no processo de alta precoce, visto que têm papel
fundamental na terapia de remoção de secreção e expansão pulmonar, quanto no treinamento funcional do paciente, visando
seu bem estar, e também na orientação dos familiares/cuidadores para otimização de alguns cuidados. Busca-se sempre ouvir a
demanda do paciente e atendê-la dentro de suas possibilidades, exemplo o treinamento de um paciente para o uso do controle
remoto da TV, proporcionou autonomia em um processo que era importante para ele, o paciente é o protagonista do processo.
Recomendação: Precisamos refletir que CP não é sinônimo de terminalidade, que esse tema precisa ser estudado, difundido,
praticado e que mais importante que o tempo de evolução da doença é a qualidade de vida nesse período e a fisioterapia só
tem a contribuir com isso.
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