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EIXO 2   Educação e Formação em Saúde
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                AS DOENÇAS TROPICAIS NEGLIGENCIADAS E OS AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA,
                            NO CONTEXTO DA SAÚDE ÚNICA, NOS VESTIBULARES DO PARANÁ

                   Autores: LUIS GUILHERME TAVEIRA DOS SANTOS | Isabela Bonato Pereira, Prof. Dr. Andrey José de Andrade.
                   Instituição:  Universidade Federal do Paraná - UFPR

                PALAVRAS-CHAVE: Saúde pública e coletiva; Vestibular; Doenças e Agravos de Notificação Compulsória.
                Introdução: Ingressar no ensino superior representa o objetivo de muitos estudantes. O vestibular é a ferramenta tradicional
                de ingresso nas universidades, o que mobilizou, só em 2021, mais de 20 mil estudantes no Paraná. Os exames aplicados, em
                geral, tratam de conteúdos oriundos da matriz curricular do ensino médio cobrando dos candidatos conhecimentos de diversas
                áreas. Objetivos: No presente estudo analisou-se como são cobrados nos exames, dentro do contexto de saúde única, assuntos
                referentes às Doenças e Agravos de Notificação Compulsória (DNC) e às Doenças Tropicais Negligenciadas (DTN). Métodos:
                Foram realizadas análises quantitativas e qualitativas das provas dos vestibulares (2011 e 2021) de quatro universidades públicas
                do estado do Paraná: UFPR, UNIOESTE, UEPG e UEM. As questões correspondentes às ciências biológicas ou ciências da saúde
                foram classificadas em 10 categorias de acordo com a doença ou agravo abordados, levando em conta a lista de DTN da OMS
                e para as DNC informações do SINAN. Os exames aplicados nesse período foram obtidos nos sites dos núcleos de concursos
                das  instituições.  A  temática  de  cada  questão  foi  correlacionada  com  a  importância  epidemiológica  das  doenças  abordadas.
                Resultados e Discussão: Durante esse período, contalizou-se um total de 1.282 questões das provas de ciências biológicas ou da
                saúde, das quais, apenas 105 (8,2%) exigiam conhecimentos sobre saúde única. A UFPR contou com 188 questões, das quais 12%
                foram de saúde única e trazendo 4 temas das DNC ou DTN, sendo que o mais abordado foi malária (5 menções). Na UNIOESTE,
                foram 132 questões, dos quais 9% foram de saúde única com 2 temas das DNC ou DTN ambos sobre malária (2 menções). Na
                UEPG foram 433 questões, dos quais 6,2% foram de saúde única com 8 temas das DNC ou DTN, destacando-se, mais uma vez, a
                malária (4 menções). De todos os vestibulares o da UEM foi o com maior número de questões (529), dos quais 8% foram de saúde
                única com 8 temas das DNC ou DTN e o mais abordado foi acidentes com animais peçonhentos (33 menções). Conclusão: As
                análises revelaram que o tema saúde única é pouco frequente nas provas dos vestibulares e que as mesmas não levam em conta
                as doenças e agravos relevantes do ponto de vista epidemiológico para o estado do Paraná. Considerando que muitos estudantes
                baseiam seus estudos nos conteúdos mais comumente abordados pelas provas, conclui-se que perde-se uma oportunidade para
                incentivar a educação em saúde de forma localmente relevante.





                        EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE UM ELO ENTRE A PRÁTICA E A TEORIA
                   Autores: LETICIA CRISTINA BENTO | Nathalia Catossi, Daiane Ananias, Rodrigo Pereira da Silva, Jaqueline Oriani.
                   Instituição:  Consorcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Ivaí e Região
                PALAVRAS-CHAVE: Discussão de Caso; Educação Permanente em Saúde; Saúde do idoso
                A Rede de Atenção Integral á Saúde do idoso (RAISI) é uma das linhas de cuidado desenvolvida pela Consorcio Intermunicipal
                de Saúde do Vale do Ivaí e Região, com sede em Apucarana – PR. A RAISI é uma composta por uma equipe multiprofissional
                formada pelo serviço social, enfermagem, farmácia e medicina, que atuam no território adstrito dos 17 municípios pertencentes
                da 16ª Regional de Saúde, em conjunto com a atenção primaria em saúde (APS), onde, além da oferta da atenção especializada
                (AE) descentralizada, um dos objetivos é trabalhar a educação em saúde no território. Muitas vezes o ambiente de trabalho se
                torna um lugar carregado de muita prática, sem espaço para discussões, reflexões e quebra de paradigmas, em que a rotina
                e a demanda se sobrepõem a espaços que também deveriam ser de problematização e transformações, através da educação
                permanente em saúde. Assim, o objetivo do presente trabalho e relatar a experiência da educação permanente em saúde que
                o CISVIR tem realizado com a RAISI na atenção primaria dos municípios consorciados, buscando qualificar as ações e aumentar
                a resolutividade do sistema de saúde. Como parte da metodologia do trabalho da atenção especializada do CISVIR, a equipe
                da RAISI desloca-se até os municípios consorciados, e em parceria com a ESF atende idosos acima de 60 anos estratificados
                como frágeis e pré frágeis através Índice de Vulnerabilidade clínico Funcional (IVCF -20). Ao final do dia, após os atendimentos é
                realizado um momento de educação permanente em saúde, onde a AE e a APS dialogam e os saberes se encontram referentes
                aos usuários assistidos, alinhando formas e compartilhando o cuidado, tendo em vista que as discussões acontecem sob os
                olhares de ângulos diferentes de atores: psicólogo, farmacêutica, assistente social, médico, técnico de enfermagem, dentista,
                enfermeiro e agentes comunitários de saúde. A educação permanente em saúde é o ato de ensinar e aprender na realidade local,
                transformando a aprendizagem coletiva, agregando saberes e enriquecendo a prática, trazendo benefícios para os participantes
                do programa e outros usuários do SUS, visto que aproxima a pratica da formação e qualificando os atendimentos. Esse modelo
                de educação em saúde acompanha o programa desde 2019 quando foi instituído. As discussões sempre vêm acompanhadas de
                muitas informações, criando uma ponte teórica, diversa, que caminha para a mesma direção, fortalecendo a complexidade da
                essência do SUS.



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