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EIXO 2   Educação e Formação em Saúde
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                  O QUE OS RESIDENTES DE ANESTESIOLOGIA SABEM SOBRE SEGURANÇA DO PACIENTE?
                    Autores: ELAINE ROSSI RIBEIRO | Elaine Rossi Ribeiro, Daniela Garcia, Fernanda Silva Hojas Pereira. Instituição:
                    Faculdades Pequeno Príncipe
                 PALAVRAS-CHAVE: Segurança Do Paciente
                 O  anestesiologista  é  o  profissional  da  área  da  saúde  que  tem  como  objetivo  a  assistência  ao  paciente,  com  o  qual  se
                 compromete empregar todos os recursos disponíveis para se alcançar um resultado sem poder, no entanto, garantir sempre
                 o sucesso deste resultado. Diante da preocupação com a segurança do paciente, os residentes da área de saúde devem ser
                 preparados e capacitados, desde o início de sua especialização médica, a oferecerem cuidados de qualidade e mais seguros
                 aos seus pacientes. Objetivo: Investigar o conhecimento do residente do terceiro ano de formação em anestesiologia sobre
                 a segurança do paciente. Metodologia: pesquisa descritiva com abordagem quantitativa, realizada por meio de questionário
                 estruturado, com questões objetivas direcionadas ao conhecimento sobre segurança do paciente baseado nos conceitos e
                 nas metas internacionais de segurança do paciente estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde. Os assuntos foram
                 divididos em 7 competências: conhecimentos gerais, conceitos e legislação, identificação correta do paciente, comunicação
                 efetiva, segurança dos medicamentos de alta vigilância, cirurgia segura, redução do risco de infecções associadas aos cuidados
                 em saúde e prevenção de quedas e lesões. O questionário foi criado no Google Forms e encaminhado, de forma online,
                 aos residentes do terceiro ano em anestesiologia de várias regiões do Brasil. Resultados: Responderam ao questionário 297
                 residentes do terceiro ano em anestesiologia (83,4%), sendo que 58,2% correspondiam ao sexo masculino. A média de idade
                 foi de 30,1 anos. De todas as instituições analisadas, 83,5% eram credenciadas pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia e
                 pelo Ministério da Educação. Os tópicos relacionados às metas 4 (cirurgia segura) e 7 (risco de lesão por pressão ou queda)
                 atingiram o maior número de acertos (84%). Os tópicos relacionados à meta 1 (identificação do paciente) apresentaram o
                 maior número de erros (31%). Conclusão: Os dados encontrados neste estudo sugerem falha no conhecimento dos residentes
                 do terceiro ano em anestesiologia sobre o tema estudado. Novos estudos são necessários no intuito de analisar todas as
                 competências  necessárias para  a  formação do  anestesiologista  relacionadas  a  segurança  do  paciente  (conhecimentos,
                 habilidades e e atitudes), de identificar prováveis lacunas no ensino desses médicos e fornecer subsídios para que dúvidas
                 sejam sanadas antes que eles adquiram o título de especialista.




                   PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NA PERSPECTIVA DE ESTUDANTES DA
                                                     ÁREA DA SAÚDE
                    Autores:  MAIARA  BORDIGNON  |  Brenda  Victoria Oliveira  Baldin,  Marta Maria  Bordignon.  Instituição:
                    Instituição do primeiro autor: Universidade Federal do Paraná (UFPR)
                 PALAVRAS-CHAVE: Terapias Complementares; Sistema Único de Saúde; Políticas Públicas de Saúde; Estudantes.
                 Introdução: os processos de saúde e doença podem envolver a dimensão física, emocional e/ou espiritual. Logo, a oferta de
                 recursos terapêuticos baseados somente na dimensão física possivelmente não será suficiente para atender as necessidades
                 de saúde e minimizar o sofrimento de muitas pessoas. Nessa perspectiva, existem atualmente 29 Práticas  Integrativas e
                 Complementares (PIC’s) incorporadas ao Sistema Único de Saúde (SUS), que permitem ampliar as possibilidades de cuidado.
                 Objetivo: avaliar a perspectiva de estudantes de cursos de graduação da área da saúde com relação às PIC’s incorporadas
                 ao SUS. Método: estudo descritivo, com abordagem quantitativa, realizado com 34 estudantes dos cursos de graduação em
                 Enfermagem, Medicina, Farmácia e Psicologia de uma universidade comunitária do estado de Santa Catarina, Brasil. Os dados
                 foram coletados por meio de questionário eletrônico (Google Forms®), construído pelos pesquisadores especificamente para
                 essa pesquisa, e posteriormente apresentados por meio de medidas descritivas. A coleta de dados ocorreu de maio a junho de
                 2021. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob CAAE nº. 45114121.3.0000.0117. Resultados / discussão:
                 79,41% afirmaram saber o que são as PIC’s. As práticas mais conhecidas foram a acupuntura (73,53%), meditação (61,76%),
                 aromaterapia (58,82%) e yoga (58,82%). As PIC’s menos mencionadas foram: bioenergética (8,82%), medicina antroposófica/
                 antroposofia aplicada à saúde (8,82%), crenoterapia/termalismo social (8,82%), apiterapia (5,88%), ayurveda (5,88%), shantala
                 (5,88%) e geoterapia (2,94%). Identificou-se que 38,24% referiram ter estudado sobre alguma PIC no seu curso de graduação.
                 A pontuação média foi de 4,18  (0=nenhum  conhecimento  a 10=tenho conhecimento)  para a autoavaliação quanto  ao
                 conhecimento em relação às PIC’s incorporadas ao SUS. Quanto ao grau de interesse, 94,12% gostariam de conhecer mais a
                 respeito destas práticas. Conclusão: embora tenham mencionado conhecer o que são as PIC’s e quais estão incorporadas ao
                 SUS, a maioria das PIC’s é pouco conhecida. A autoavaliação dos estudantes quanto ao conhecimento que possuem em relação
                 às PIC’s incorporadas ao SUS, o baixo número de participantes que indicaram ter estudado sobre alguma dessas práticas no
                 curso de graduação e o interesse dos mesmos em conhecer mais a respeito aponta para a importância de inserir a abordagem
                 acerca das PIC’s durante a formação acadêmica, por meio do ensino, extensão e/ou da pesquisa.



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