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EIXO 2 Educação e Formação em Saúde
TRABALHOS DE PESQUISA EM SAÚDE
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE
Autores: MARIZETE LOPES DOS SANTOS | Luciana Pinheiro. Instituição: Hospital Regional Walter Alberto
Pecoits
PALAVRAS-CHAVE: Educação; saúde; integração.
O Núcleo de Educação Permanente em Saúde se traduz num importante dispositivo de ação e de transformação de práticas
que através de diretrizes pedagógicas metodológicas permitem o planejamento implantação implementação monitoramento
e avaliação de estratégias e ações objetivando contribuir para a otimização e melhoria dos processos de trabalho e dos
serviços prestados bem como para o fortalecimento da autonomia dos as gestores as trabalhadores as e usuários as como
agentes de mudanças Em janeiro de 2021 a Direção Acadêmica do HRS promoveu as primeiras reuniões com um grupo
inicial de trabalho composto por profissionais de diferentes categorias e setores para planejar a implantação do Núcleo de
Educação Permanente em Saúde A iniciativa surgiu da necessidade de atender as demandas de qualificação profissional
com foco multidisciplinar através da promoção o desenvolvimento de atividades de ensino aprendizagem voltadas aos
profissionais da instituição Este estudo foi elaborado com o objetivo de ressaltar a importância da educação permanente no
contexto do trabalho A educação permanente é fundamental para que os profissionais busquem atender as necessidades
do público atendido direcionando o olhar e as ações de saúde para além das práticas curativas Mostra que a capacitação
deve contemplar conhecimentos diversos em torno da questão do processo saúde doença ultrapassando a perspectiva
puramente biomédica e incorporando outros saberes que o habilitem nesse processo de interação cotidiana com as famílias
considerando o caráter dinâmico do NEPS o grupo preliminar formado para discutir mecanismos de desenvolvimento do
trabalho Além de fortalecer as ações da equipe a proposta de realizar educação permanente em saúde proporcionará um
trabalho de maior qualidade gerando então reflexos positivos aos usuários sendo também um meio de levar o profissional a
repensar suas práticas de trabalho modificando as se necessário Conclui se que os Agentes em Saúde devem estar inserido
em um processo de educação permanente tendo como pressuposto a participação ativa e a integração da teoria com a
prática pois educação Permanente é aprendizagem no trabalho onde o aprender e o ensinar se incorporam ao cotidiano das
organizações e ao trabalho Os processos de educação permanente em saúde têm como objetivo primordial a transformação
das práticas profissionais e da própria organização do trabalho.
INTERPROFISSIONALIDADE E EDUCAÇÃO PARA O TRABALHO: EXPERIÊNCIAS DE
PROFISSIONAIS DE SAÚDE QUE ATUAM EM MUNICÍPIOS DE PEQUENO PORTE DO
PARANÁ
Autores: LUCÉLIA JUSTINO BORGES | Silvano da Silva Coutinho, Mathias Roberto Loch. Instituição:
Universidade Federal do Paraná; Universidade Estadual do Centro-Oeste; Universidade de Londrina
PALAVRAS-CHAVE: Educação Interprofissional; Atenção Primária à Saúde; Sistema Único de Saúde.
Introdução: A educação interprofissional busca superar a lógica tradicional de formação em saúde, na qual estudantes
de diferentes profissões aprendem entre si, sobre os outros e com os outros, possibilitando melhorias da qualidade e
integralidade do cuidado. Objetivo: Analisar a experiência com a educação interprofissional de trabalhadores da Atenção
Primária à Saúde (APS) em municípios de pequeno porte do Paraná. Método: Estudo transversal com trabalhadores da
APS dos municípios paranaenses de pequeno porte (<20.000 habitantes) da 2ª, 4ª e 17ª Regional de Saúde do Paraná. A
presente pesquisa envolve dados parciais da segunda etapa de um projeto multicêntrico financiado pelo PPSUS, que aborda
o trabalho multi e interprofissional nos municípios paranaenses de pequeno porte. Das 393 respostas, 260 foram excluídas
por envolver trabalhadores de ensino médio. Portanto, a amostra foi composta por 133 trabalhadores de saúde de ensino
superior, os quais responderam questionário online contendo informações sociodemográficas, de atuação profissional e
pergunta específica sobre experiência em educação para o trabalho em equipe com outras profissões durante a graduação.
Análise descritiva foi utilizada. Resultados: A maioria da amostra foi composta por mulheres (87,2%), especialistas (57,1%) e
profissionais de enfermagem (53,4%). Dentre a atuação no atual estabelecimento da APS foi verificado vínculo recente, sendo
mais frequente o tempo de atuação de “um a três anos” (33,1%) seguido por “menos de um ano” (23,3%). Foi observado que
68,4% dos trabalhadores de saúde indicaram ter tido experiências com outras profissões durante a graduação. Dentre os
tipos de atividades que oportunizaram estas experiências, os mais citados foram a organização ou participação em eventos de
curta duração (Feira da Saúde, Campanhas Outubro Rosa, novembro Azul, etc), em disciplinas da própria graduação ou aquelas
cursadas em outros cursos de graduação. Conclusão: A maioria dos trabalhadores da APS dos municípios paranaenses de
pequeno porte relataram ter vivenciado experiências interprofissionais durante a formação inicial. A superação do modelo
de educação uniprofissional e centrada no modelo biomédico ainda é um desafio, sendo a educação interprofissional uma
importante estratégia para a formação em saúde. Espera-se que as experiências interprofissionais durante a formação
favoreçam o trabalho em equipe, contribuindo para a integralidade do cuidado em saúde nos municípios investigados.
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