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EIXO 2   Educação e Formação em Saúde
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                     RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ESTAGIÁRIO NA EDUCAÇÃO CONTINUADA: CURSO DE
                              HABILITAÇÃO EM CATETER CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA

                  Autores: ISADORA PIETRA ENOMOTO CASSU | Eduardo Vicente Silva, Dêmely Biason Ferreira, Daiane Mendes
                  Ribeiro, Sheila Esteves Farias, Suellen Karina de Oliveira Giroti. Instituição: Centro Universitário Filadélfia (Unifil)

               PALAVRAS-CHAVE:  Educação Continuada  em Enfermagem; Cateterismo Venoso  Central;  Enfermagem Baseada em
               Evidências.
               Caracterização  do problema:  A  Enfermagem  é  uma  área  em  constante  evolução  e  novas  evidências  científicas  surgem  em
               grande velocidade. A educação continuada dos profissionais deve permear todos os âmbitos da assistência, inclusive da terapia
               infusional. A capacitação da equipe permite a aquisição de novas competências, aprimorando a qualidade da assistência devido à
               necessidade de múltiplas terapêuticas venosas aos pacientes hospitalizados. Justificativa: O cateter central de inserção periférica
               (PICC)  é  um  dispositivo  vascular  para terapia  venosa  prolongada  em  ambiente  intra  e  extra-hospitalar,  e  sua  inserção  deve
               ser feita por enfermeiro habilitado. Assim, uma das atualizações fornecidas pelo setor de educação continuada e permanente
               em parceria com o Time de Terapia Infusional de um hospital público de alta complexidade é o curso de PICC, ofertado aos
               enfermeiros da instituição, enfermeiros externos e graduandos do último ano de Enfermagem. Objetivo: Descrever a experiência
               de uma estagiária de Enfermagem da divisão de educação continuada e permanente de um hospital público terciário, no papel
               de monitoria do curso de PICC, sua percepção acerca da importância e impacto na qualidade da assistência de enfermagem
               prestada à instituição. Descrição da experiência: Em 2020, devido a pandemia, o curso de PICC que ocorre há mais de 20 anos
               em um hospital terciário público, foi reestruturado para ser semi-presencial, sendo pioneiro no país nesse formato. São 24 horas
               de curso, sendo 20 horas de teoria disponibilizada em uma plataforma online e 4 horas práticas realizadas presencialmente no
               hospital. No primeiro semestre de 2022, o curso de PICC totalizou 20 inscritos, sendo 13 enfermeiros internos, seis estudantes do
               último ano de Enfermagem e um enfermeiro externo. Reflexão sobre a experiência: O estagiário fez a monitoria do curso online,
               assistência e esclarecimento de dúvidas e organização da sala de aula prática, tornando-se um agente ativo na estruturação de
               cursos de educação continuada. Recomendações: Percebe-se a importância de oferecer cursos de atualização e qualificação,
               tanto para os enfermeiros internos da instituição, quanto para os que estão adentrando o mercado de trabalho. Além de aprimorar
               os conhecimentos dos trabalhadores, é uma forma de arrecadar capital para melhorias nos setores de ensino do hospital, e
               popularizar o papel do hospital universitário não apenas na assistência ao paciente, mas também na capacitação e divulgação
               científica.



                    A EXPERIÊNCIA DE CURITIBA NA IMPLANTAÇÃO DE TUTORIA COMO ESTRATÉGIA DE
                                               ENFRENTAMENTO A SÍFILIS

                  Autores: LOURDES TEREZINHA PCHEBILSKI | Alcides Augusto Souto de Oliveira, Liza Regina Bueno Rosso, Ana Valeria de
                  Almeida Carli, Everson Ribeiro de Lima, Lucas Vinícius Panisson. Instituição: Prefeitura Municipal de Curitiba

               PALAVRAS-CHAVE: Sífilis; Educação Continuada; Tutoria
               A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível, considerada um problema de saúde pública, podendo ocasionar complicações
               na gravidez, partos prematuros, abortos e natimortos. A Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba vem executando diversas
               estratégias  no  combate  a  sífilis,  para  melhorar  os  indicadores.  Buscando  implementar  ações  mais  efetivas,  iniciou-se  um
               processo de tutoria, com trocas de experiências das boas práticas entre as equipes dos Distritos Sanitários (DS), para construção
               de alternativas mais promissoras no combate à sífilis. Esta atividade tem como objetivo promover a educação continuada das
               equipes de saúde, fomentando o conhecimento e manejo adequado da sífilis. A tutoria contemplou várias etapas: elaboração
               da Nota técnica nº 02/2019, instituindo-a como estratégia municipal no combate a sífilis; levantamento do perfil epidemiológico
               da sífilis de cada DS; análise de todos os casos de sífilis congênita de 2019 (com identificação dos fatores associados); indicação
               de  um  tutor  da  sífilis  (adesão  voluntária)  pela  Unidade  Municipal  de  Saúde  (UMS),  podendo  ser  enfermeiros  e  técnicos  de
               enfermagem. O processo foi gradativo, iniciado pelos DS com maior incidência de sífilis gestacional e congênita. Para nivelamento
               do conhecimento sobre sífilis, foram realizadas diversas reuniões quinzenais, abordando diagnóstico, tratamento, seguimento e
               a alta. Estes encontros foram incialmente realizados nos Espaços Saúde, disponíveis nas UMS ou nos DS, porém em virtude da
               pandemia da covid 19, deu-se no formato on line. O Tutor tornou-se um representante local, com atribuição de monitorar os casos
               de sífilis da UMS; os exames laboratoriais; a realização do tratamento adequado e o seguimento após o tratamento. A tutoria é
               um trabalho intersetorial e multidisciplinar, que além das discussões das vulnerabilidades, proporciona: integração das equipes;
               manejo adequado dos casos; confiança e segurança para resolução dos problemas; aprendizado coletivo; exercício de raciocínio
               dentro do agravo; reavaliações dos processos de trabalho e estímulo à realização da testagem rápida. Também se percebeu
               melhoria: na articulação com Conselho Tutelar e Rede de Proteção; no seguimento do agravo; nos registros dos prontuários; na
               vigilância das gestantes e crianças. A tutoria é uma experiência de educação continuada, que pode ser replicável a outros agravos,
               sem gerar ônus, com otimização das equipes disponíveis.



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