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EIXO 2 Educação e Formação em Saúde
RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
CAPACITAÇÃO EM SAÚDE BUCAL PARA AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE NO
MUNICÍPIO DE FOZ DO IGUAÇU-PR
Autores: SORAIA MAYANE SOUZA MOTA | Sandra Palmeira Melo Gomes, Samuel Melo Gomes, Caroline
Boaventura Czelusniak, Adriana Zilly. Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná
PALAVRAS-CHAVE: Agente comunitário de saúde; Saúde bucal; Educação em Saúde; Atenção primária à saúde.
Caracterização do problema: A dificuldade da equipe de saúde bucal em interagir com os agentes comunitários de saúde
é a falta de conhecimento dos mesmos nos aspectos relacionados à saúde bucal, interferindo nas ações de promoção e
prevenção em saúde coletiva. Justificativa: Ampliar o conhecimento em saúde bucal na perspectiva de uma abordagem
mais assertiva à população. Objetivo: Capacitar os agentes comunitários sobre a temática saúde bucal fomentando a
interação com a equipe de saúde bucal, na possibilidade da melhoria do atendimento e fortalecimento dos Processos de
Trabalho. Descrição da experiência: Trata-se de um relato de experiência realizado em 2021, com os agentes comunitários
de saúde do município de Foz do Iguaçu, Paraná. Para participação mais efetiva desse público alvo, foram divididos de
acordo com os distritos sanitários que atuam (Norte, Nordeste, Oeste, Leste e Sul) com dias e horários pré-estabelecidos,
para que não interferisse no cotidiano. As capacitações foram realizadas de modo expositivo-participativo em formato
de palestra e rodas de conversa, por cirurgiões dentistas que atuam nos respectivos distritos sanitários onde os agentes
comunitários trabalham. É importante destacar que os cirurgiões dentistas participaram de reuniões qualificadas sobre os
objetivos das capacitações. O município conta atualmente com 350 agentes comunitários de saúde, destes 220 participaram
ativamente das capacitações, a saber: distrito norte 64, distrito nordeste 35, distrito oeste 13, distrito leste 64 e distrito sul
44. Nesse sentido, a educação em saúde constitui parte integrante das atribuições em comum dos profissionais das equipes
de saúde da família. Ademais, o agente comunitário passa a reconhecer outros atores como participantes da equipe de
saúde, além de ampliar sua visão em relação ao seu papel na saúde bucal. Reflexões: Foi possível para o agente comunitário
reconhecer a importância da saúde bucal no contexto da saúde geral e a relevância da educação em saúde, proporcionando
dessa forma trocas de experiências na busca de um sentido amplo de integralidade e trabalho em equipe. Recomendações:
Torna-se necessário a continuidade da educação permanente, envolvendo cada vez mais profissionais integrantes da equipe
multiprofissional da Atenção Primária à Saúde.
O USO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO PARA PROMOÇÃO DA
ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR SAUDÁVEL EM TEMPOS DE COVID - 19
Autores: ANA PAULA KULIG GODINHO | Ilanna Mirela Becker Jorge Siqueira, Claudia Choma Bettega Almeida.
Instituição: Universidade Federal do Paraná
PALAVRAS-CHAVE: Educação em saúde; Tecnologia da informação; Alimentação complementar
A alimentação durante a primeira infância exerce papel fundamental no crescimento e desenvolvimento da criança.
Com o objetivo de divulgar a importância da alimentação adequada e saudável desde o início da vida, o Departamento
de Nutrição da Universidade Federal do Paraná oferece oficinas sobre alimentação complementar saudável, destinadas à
toda a população. Em 2020, com o advento da pandemia de COVID-19 e a necessidade do distanciamento social, muitas
atividades e serviços realizados dentro da Universidade foram suspensos. Deste modo, afim de continuar contribuindo
com a promoção de hábitos alimentares saudáveis na infância, observou-se a necessidade da utilização de recursos
digitais como estratégia para a manutenção das oficinas. Sob orientação do professor responsável, alunas do mestrado
em Alimentação e Nutrição ministraram, entre os meses de junho de 2020 e abril de 2022, oito Oficinas de Alimentação
Complementar Saudável por meio de plataformas digitais. Para participar, os interessados deveriam realizar inscrição via
website desenvolvido pela equipe de pesquisa e preencher um formulário com suas principais dúvidas. As oficinas foram
adaptadas à modalidade de ensino não presencial e as demonstrações práticas foram substituídas por vídeos, animações
e fotos de oficinas anteriores. Todas as oficinas tiveram como base de discussão o Guia Alimentar para Crianças Brasileiras,
do Ministério da Saúde e as recomendações da Organização Mundial da Saúde. Os temas foram abordados de maneira
expositiva dialogada e a interação com os participantes acontecia mediante chat. Desta forma foi possível manter momentos
de troca de experiências, fundamentais para o processo de ensino aprendizagem. O uso da tecnologia permitiu que ações
de educação nutricional atingissem um número ainda maior de pessoas. As oficinais virtuais possibilitaram a participação de
208 indivíduos, representando as cinco regiões do Brasil. Além de questões básicas sobre a introdução alimentar adequada,
dúvidas acerca da oferta de carnes, ovos, leite de vaca e bebidas açucaradas foram as mais frequentes. O isolamento social,
apesar de modificar a rotina das famílias, não as isentou da influência que exercem nas escolhas alimentares dos seus filhos.
Deste modo, as oficinas de alimentação complementar adaptadas ao formato online permitiram a continuidade das ações
de educação nutricional e mostraram-se um modelo passível de ser replicado.
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