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EIXO 2   Educação e Formação em Saúde
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                     EXERCÍCIO SIMULADO DE RESPOSTA A EMERGÊNCIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
                   Autores: ESTHER VIEIRA MARTINS | Ana Karoline da Costa da Silva, Giseli de Barros dos Santos, Luciana Kusman,
                   Angela Bragagnolo. Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba
                PALAVRAS-CHAVE: Emergências; Treinamento por Simulação.
                Caracterização do problema: A simulação de emergência é a representação de uma situação controlada de risco, reproduzindo
                um evento real onde se pode avaliar as ações a serem realizadas, os recursos empreendidos e o desenvolvimento dos indivíduos
                no enfrentamento às situações de emergência. Esta abordagem permite capacitar a comunidade sobre prevenção, avaliação e
                condutas em uma situação de emergência evitando assim maiores danos à saúde e facilitando o trabalho da equipe que presta
                o atendimento inicial. Justificativa: As refinarias de petróleo e derivados, gás e combustíveis biodegradáveis, utilizam de uma
                grande malha de oleodutos e gasodutos para transporte e movimentação dos combustíveis, algumas dessas redes são externas
                e outras sob o solo. Existe uma prática criminosa de derivações clandestinas destes dutos, que constituem um real risco de
                vazamentos, incêndios e explosões, ainda pode causar a contaminação do solo e dos moradores da região. Objetivos: Realizar
                educação em saúde com a população vizinha de dutos de petróleo para prevenção de acidentes. Descrição da experiência: Foi
                realizado um Exercício simulado de resposta a emergência com participação da refinaria de petróleo em parceria com a Defesa
                Civil, o Corpo de Bombeiros e da Atenção Primária a Saúde. Os Agentes de Saúde realizaram previamente visitas domiciliares
                às casas próximas ao local escolhido, levantando dados quanto ao número de moradores e pessoas acamados, sendo avisado
                sobre a data e hora do exercício e sobre a necessidade de evacuação das casas. O local foi delimitado e iniciou com a emissão de
                fumaça atóxica colorida, seguida pelas sirenes do corpo de bombeiros e da defesa civil, a equipe percorreu as casas evacuando
                a população e direcionando para a área de segurança. Foi montado uma tenda para a equipe de saúde atender os moradores
                que se sentissem ansiosos devido a simulação. Após o controle do foco de incêndio simulado, os profissionais orientaram a
                população sobre os riscos de realizar derivações clandestinas e como identificar e denunciar as autoridades competentes. Foi
                orientado como proceder em casos de emergência e a acionar a defesa civil e os bombeiros. Reflexão sobre a experiência
                e recomendações: Este evento permitiu orientar a população local de forma lúdica e de fácil entendimento sobre o risco de
                acidentes, bem como possibilitou  que  as equipes  de atendimento  a emergências pudessem  realizar treinamento para que
                estejam preparados para qualquer contingência.



                     A EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE NO ENFRENTAMENTO DA ESPOROTRICOSE
                               HUMANA E FELINA NO MUNICÍPIO DE PIRAQUARA, PARANÁ
                   Autores: FERNANDA PAULA DA SILVA TORRES | Ingridy Fhadine Hartmann, Poliana Vicente de Souza, Marina Salvi
                   Malacarne, Elizabete Balbino Javorouski, Vivien Midori Morikawa. Instituição: Universidade Federal do Paraná -
                   Residente 2020-2022

                PALAVRAS-CHAVE: Educação em Saúde; Esporotricose; Unidade Básica de Saúde.
                O  município  de  Piraquara/PR, Brasil, passou  a registrar casos de  esporotricose humana  e felina  em 2017  e, desde  então, o
                número de notificações têm aumentado. Constatou-se que 38,89% dos profissionais de saúde locais desconheciam a doença,
                fato que prejudica a identificação e o tratamento precoce dos casos. Justifica-se a necessidade de preparação dos profissionais
                de saúde para reconhecerem as principais características da doença, a fim de participarem ativamente na contenção do seu
                avanço. Objetivou-se relatar a experiência vivenciada com a realização de ações de Educação Permanente em Saúde (EPS) com
                profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS) a partir da elaboração de um Protocolo de Enfrentamento da Doença (PED)
                para humanos e felinos no município de Piraquara/PR, Brasil. Médicas veterinárias residentes multiprofissionais e integrantes da
                equipe do Núcleo Ampliado à Saúde da Família e Atenção Primária, por intermédio da Seção de Atendimento à Esporotricose (SAE),
                desenvolveram ações de EPS com profissionais de saúde de 11 UBS do município. Apresentou-se o documento “Esporotricose:
                Protocolo de Enfrentamento da Doença no município de Piraquara/PR”, o qual contempla, além das principais informações sobre
                a doença, fluxograma de conduta a ser seguida quando estiverem frente a um caso suspeito. Os profissionais puderam utilizar
                o momento para esclarecer dúvidas e sugerir alternativas para o momento atual. A apresentação do PED, ilustrado com fotos
                da  apresentação  clínica  da  doença,  propiciou  discussões  reflexivas  sobre  a  importante  contribuição  de  cada  profissional  na
                identificação dos casos humanos e felinos, distribuindo-se cópias coloridas em todos os consultórios. As ações de EPS propiciaram
                a troca de experiências e a concepção conjunta de soluções frente aos casos de esporotricose no município. Os profissionais
                de saúde, ao perceberem sua importância no enfrentamento da doença, seja na identificação de casos felinos durante visitas
                domiciliares, no diagnóstico precoce da doença ou na propagação de informações à população, apresentam-se mais engajados
                na vigilância da doença. Espera-se que estas estratégias contribuam na identificação e consolidação de dados, visto que a doença
                passou a ser de notificação obrigatória no estado do Paraná com a publicação da Resolução SESA n° 093/2022. Recomenda-se
                atualizações constantes sobre o panorama de evolução da doença para que as ações de prevenção e promoção de saúde sejam
                embasadas na realidade atual.



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