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EIXO 2 Educação e Formação em Saúde
RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
O DESAFIO DA IMPLANTAÇÃO DA EDUCAÇÃO PERMANENTE NA GESTÃO DA EDUCAÇÃO EM
SAUDE 15ª RS
Autores: GREICY CEZAR DO AMARAL | Daiane Camacho, Solange Aparecida Nascimento, Fernando Henrique
Capocci. Instituição: Secretaria Estadual da Saúde do Paraná - 15 RS Maringá
PALAVRAS-CHAVE: Educação Permanente, Formação de Recursos Humanos; Qualificação Profissional; Gestão em Saúde
Caracterização do problema: A gestão do Sistema Único de Saúde aponta para a necessidade de qualificação dos gestores e
profissionais na integração ensino-serviço e a formação profissional no ambiente de trabalho. No âmbito da gestão da educação
na saúde, o debate gira em torno de concepções, a educação permanente dentro do processo de trabalho, na aprendizagem em
equipe, inerente aos grupos de trabalhadores. Justificativa: A implantação deste serviço dentro da regional de saúde justifica-
se pela importância da qualificação de gestores e de profissionais (formados e em formação) da saúde, visando ao exercício
de práticas comprometidas com a sua consolidação. Considerando a complexidade da gestão da educação em saúde ensino e
serviço, faz-se necessário trazer para o debate a gestão do trabalho e da educação na saúde como política pública. Objetivos:
Apresentar a educação permanente em saúde como ação finalística e de recurso estratégico para a política de gestão do
trabalho dentro da regional de saúde beneficiando servidores estaduais, municipais, usuários do SUS e atenção especializadas,
sendo referência para regionais de saúde não só do Paraná como também do Brasil. Descrição da experiência: As mudanças
conceituais na gestão da educação na saúde configuram-se ainda como um desafio em razão das dificuldades que o processo
de implementação na prática da gestão do ecossistema do SUS. Atualmente a 15ª RS apresenta 20 projetos em andamento de
pesquisa e extensão com duração mínima de cinco anos, submetidos ao Comitê de Ética, deliberados na Comissão Inter gestores
Regionais, passam pelo processo de monitoramento e avaliação pela regional de saúde, e a apresentação periódica na CIR dos
resultados parciais e finais. Reflexão sobre a experiência e Recomendações: Neste processo de educação permanente ocorre
a socialização profissional. A percepção de que o processo de educação ensino, serviço e comunidade abre a possibilidade
de diálogo e, portanto, de entendimento e trabalho para a consolidação do sistema de saúde. Outro aspecto relevante a ser
ressaltado é a importância que as dimensões do monitoramento e da avaliação têm no processo de implementação de uma
política, na medida em que os resultados sejam revistos e que possíveis alterações no curso das ações possam ocorrer de forma
a se adequarem às realidades locais, contribuindo para o processo de reestruturação, fortalecimento da formação profissional
e das políticas públicas de saúde.
JOGO COMO ESTRATÉGIA PARA TREINAMENTO DAS METAS DE SEGURANÇA DO PACIENTE
Autores: NAIARA BARROS POLITA | Aline Aparecida Oliveira Moreira, Juliana Vicente de Oliveira Franchi, Geraldo
Junior Guilherme, Silvana Verlingue. Instituição: Hospital Zona Sul de Londrina
PALAVRAS-CHAVE: Capacitação em Serviço; Desenvolvimento de Pessoal; Educação Continuada
Caracterização do problema: Em 2013, o Ministério da Saúde lançou o Programa Nacional de Segurança do Paciente, o
qual instituiu metas para promoção da segurança nos serviços de saúde. Dentre essas ações está a educação permanente
dos profissionais de saúde. Sabe-se que treinamentos que utilizam métodos convencionais apresentam pouca adesão e não
resultam em mudanças de comportamentos. Justificativa: As seis metas de segurança do paciente instituídas pela Organização
Mundial de Saúde consistem em temas incluídos no plano anual de treinamentos de um hospital público do Paraná. Cada meta
e ações são abordadas em treinamentos distintos ao longo do ano. No entanto, observou-se a necessidade de trabalhar esse
conteúdo de modo a garantir a participação e aprendizagem significativa dos profissionais de saúde. Assim, foi aplicado um jogo
interativo sobre as metas e ações para segurança do paciente no referido hospital. Objetivo: Descrever o conteúdo e a aplicação
de jogo sobre as metas de segurança do paciente para profissionais de saúde. Descrição da experiência: O jogo foi do tipo
tabuleiro em tamanho real. Foram montadas casas no chão, com a utilização de fita adesiva. Cada casa continha uma instrução
ou uma pergunta. Um exemplo de instrução foi: “Você deixou a grade do leito abaixada e o paciente caiu, retorne duas casas”. As
perguntas também abordavam as metas de segurança do paciente, como exemplo “Cite os cinco momentos para higienização
das mãos”. Os peões eram os próprios participantes, que jogavam um dado para avançar as casas. Participaram 94 profissionais,
divididos em 23 grupos. A avaliação de reação revelou que 80% dos participantes consideraram o jogo como excelente e 20%
ótimo. A duração, local do treinamento e relevância do tema foram avaliados por 90% como excelentes. Destaca-se a avaliação
do desempenho do instrutor e do método utilizado por 96% como excelentes. Possibilidade de aplicação e aproveitamento
pessoal foram avaliados por 80% como excelentes. Reflexão sobre a experiência e recomendações: Observou-se que o jogo
iterativo foi estratégia assertiva para educação sobre segurança do paciente, pois houve aumento do número de utilização do
álcool gel de 24,6 para 44,0 ml/paciente/dia, assim como melhora dos indicadores assistenciais. Ademais, houve participação
significativa da equipe assistencial e satisfação com o treinamento. Desse modo, recomenda-se a utilização de métodos lúdicos
para educação permanente das equipes de saúde.
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