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EIXO 2 Educação e Formação em Saúde
RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
EDUCAÇÃO EM SAÚDE: O PAPEL DA ALFABETIZAÇÃO SANITÁRIA NA MELHORA DA
ADESÃO AO TRATAMENTO DE DOENÇAS CRÔNICAS COMO A FIBROSE CÍSTICA DURANTE A
PANDEMIA DA COVID-19
Autores: VERÔNICA STASIAK BEDNARCZUK DE OLIVEIRA | Vinícius Bednarczuk de Oliveira, Marise Basso Amaral,
Marilis Dallarmi Miguel. Instituição: Universidade Federal do Paraná / Instituto Unidos pela Vida
PALAVRAS-CHAVE: Educação em Saúde; Adesão ao Tratamento; fibrose cística
Educação em saúde ou alfabetização sanitária pode ser definida como a capacidade do indivíduo obter, processar e compreender
a informação que recebe sobre sua condição de saúde, de modo a poder tomar as decisões que mais lhe beneficiem. Níveis baixos
de alfabetização sanitária custam para os sistemas de saúde em torno de 73 bilhões de dólares por ano. A baixa alfabetização
em saúde pode estar associada à opções menos saudáveis, comportamentos de saúde mais arriscados, pior estado de saúde,
menor autogestão, custos mais altos e uso inadequado do sistema de saúde. Pessoas com doenças genéticas raras e crônicas
como a fibrose cística precisam receber e processar informações acerca da sua saúde de modo que aprimorem seu autocuidado
e tornem-se protagonistas de seu tratamento, podendo, então, usufruir de significativa melhora na sua qualidade de vida.
Durante a pandemia causada pela Covid-19, estes pacientes precisaram ausentar-se de seus centros de referência, associações
de assistência e idas à clínicas, e as ações online do Unidos pela Vida – Instituto Unidos pela Vida contribuíram pela qualificação
desta educação em saúde através do modelo de intervenção educativa, onde as organizações de pacientes e profissionais da
saúde ocupam um lugar de importância fundamental na educação e empoderamento da família e do paciente. Este trabalho
tem como objetivo, através de um relato de caso, demonstrar como se deu a capacitação de familiares e pacientes com fibrose
cística do Brasil, através de ações de educação em saúde promovidas pelo Unidos pela Vida – Instituto Brasileiro de Atenção
à Fibrose Cística durante a pandemia da Covid-19, contribuindo para a redução de complicações e melhor manejo do seu
tratamento. Utilizou-se a descrição de ações realizadas pela organização e depoimentos de pacientes participantes dos eventos
e conteúdo, que impactaram todas as associações de assistência do país e seus beneficiários. Como resultados, através das
ações de educação em saúde, os pacientes e familiares puderam compreender técnicas objetivas de autocuidado, resoluções
de problemas, conselhos para alimentação saudável, técnicas de fisioterapia e atividade física em isolamento, gestão da saúde
mental, uso apropriado dos medicamentos e melhor comunicação entre paciente e equipe.
OSCE VIRTUAL COMO MÉTODO DE AVALIAÇÃO PARA ACADÊMICOS DE MEDICINA DURANTE
A PANDEMIA DE COVID-19
Autores: RENÉ SCALET DOS SANTOS NETO | Livia Sissi Piechnik, Izabel Cristina Meister Coelho, Mariana Xavier e
Silva, Gabriela Eyng Possoli, Karyna Turra Osternack. Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe
PALAVRAS-CHAVE: Educação Médica; OSCE; Métodos de Avaliação;
Caracterização do Problema: O Exame Clínico Estruturado e Objetivo (OSCE) é um método de avaliação para uma variedade
de habilidades clínicas, incluindo comunicação, pensamento crítico e raciocínio clínico. Cada tarefa da OSCE possui critérios
específicos a serem avaliados, o que torna o método um dos mais desafiadores de serem conduzidos. A pandemia de COVID-19
impactou profundamente as instituições de ensino superior, fazendo com que as escolas médicas se adaptassem aos métodos
digitais para manter a rotina de aprendizado, notadamente na avaliação dos alunos, que continuava sendo uma área desafiadora
e carente de soluções. Justificativa: Nossa instituição propôs a retomada da avaliação pela OSCE utilizando uma ferramenta
online. Foram aplicadas cinco estações a um grupo de 200 alunos do estágio em nossa instituição, que foram divididos em
grupos de 4 ou 5 alunos para realização das estações. Objetivo: Descrever o uso de uma avaliação por OSCE através do uso de
uma ferramenta online através de streaming em tempo real pela plataforma Google Meet. Descrição da Experiência: Os alunos
relataram que tiveram a mesma sensação de dificuldade e pressão a que foram submetidos nas estações presenciais da OSCE. Os
pontos fortes do método online foram o baixo custo de aplicação, organização logística e tempo de aplicação. Os pontos fracos
do método foram problemas técnicos e critérios subjetivos de avaliação. As oportunidades do método incluem a possibilidade
de flexibilidade na avaliação e redução do tempo de aplicação dos testes. As ameaças ao desenvolvimento do método são a
instabilidade das conexões de internet, o engajamento insuficiente do corpo docente e os riscos legais inerentes ao método.
Reflexão sobre a Experiência: Embora a experiência de OSCE virtual seja recente, já existem estudos que apontam necessidade
de desenvolver estações confiantes e que todos tenham possibilidade de realizar treinamentos completos no ambiente virtual
antes do OSCE. O OSCE virtual foi considerado equivalente ao OSCE presencial para avaliar a tomada de decisão, comunicação
interpessoal e conhecimento específico. Deve-se considerar que nem todas as habilidades podem ser avaliadas neste formato
por acesso remoto restrito a determinados equipamentos e simuladores. Recomendações: O OSCE online é um método viável
para aplicação de avaliação para estudantes de medicina, mostrando-se uma alternativa para avaliação de habilidades clínicas e
raciocínio clínico para estudantes de medicina.
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