Page 78 - ANAIS_6congresso_8Mostra
P. 78
EIXO 2 Educação e Formação em Saúde
RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
ESPONDILODISCITE ASSOCIADO AO ABSCESSO DE M. PESSOAS
Autores: SAMYRA SOLIGO ROVANI | Fernanda Mara Alves, Hellen Camila Marafon, Vicente de Albuquerque
Maranhão. Instituição: Hospital Regional do Sudoeste
PALAVRAS-CHAVE: Espondilodiscite, abscesso m. psoas
Homem, 42 anos, tabagista, portador de hepatite B. Há 01 ano trauma por atropelamento. Há 06 meses ocorrência de
lombalgia insidiosa difusa e diária com piora progressiva associado a parestesia perineal, nádegas, coxas e pés. Há 10 dias
diminuição de força em membros inferiores e prejuízo de marcha. Nega febre e perda de peso. Exame com hipertonia
paravertebral esquerda L3-L4, dor à mobilização no leito, marcha antialgica, parética e apoio de órteses, força MID proximal
5/5 e distal 0/5, MIE proximal 4/5 e distal 1/5, reflexos osteo-tendinosos hipoativos e simétricos, hipoestesia em região
plantar bilateral. Tomografia Coluna Lombar e Abdomen com espondilodiscite L3-L4, volumosa coleção líquida heterogênea
no m. psoas esquerdo com extensão intrassomática em L2 que alcança canal raquiano comprimindo raízes nervosas.
Exames laboratoriais normais, pesquisas sorológicas VDRL (-) ,HIV (-), IGRA (-) iniciado antibioticoterapia de largo expectro,
punção percutânea lombar guiada por ultrassom com evacuação de 100ml de liquido purulento, enviado para cultura, não
houve crescimento bacteriano. No controle tomográfico remissão do abscesso e redução do material no canal vertebral,
melhora do quadro álgico e marcha. Na alta mantido antibioticoterapia clindamicina – ciprofloxacina uso prolongado,
colete de putti e retorno ambulatorial para seguimento da espondilodiscite. Com sintomatologia inespecífica a lombalgia
por espondilodiscite pode cursar com febre, claudicação e prostação e o abscesso do m. psoas sendo secundário a lesões
infecciosas hematogênicas, tuberculose, diabetes, tumores, trauma e idiopática no nosso relato foi a etiologia da infecção
discal O diagnóstico foi firmado pela história, avaliação neurológica, exames de imagem, sendo a tomografia o padrão-ouro.
Diante do caso, não identificamos a origem do abscesso de forma conclusiva, sendo válida uma associação com o trauma
relatado anteriormente. O tratamento da patologia foi baseado na drenagem do abscesso, antibioticoterapia prolongada
e imobilização lombar para seguimento.Queremos ressaltar a importância da realização da tomografia de abdômen no
diagnóstico de espondilodiscite tendo como causa o abscesso de m. psoas que apresenta-se com diagnóstico complexo,
pouco conhecido associado a diversas outras patologias e que desencadeou desfecho favorável.
A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE: UMA VISÃO DA ATENÇÃO
AMBULATORIAL ESPECIALIZADA NA REGIÃO NOROESTE DO PARANÁ
Autores: ISABEL CRISTINA INOUE | Instituição: Consórcio Intermunicipal de Saúde/AMUNPAR
PALAVRAS-CHAVE: atenção secundária à saúde; educação continuada; enfermeiros
Caracterização do problema: Sabe-se que é fundamental o conhecimento em saúde para sua promoção e melhoria
da qualidade de vida, assim, é de suma importância conhecer os equipamentos disponíveis na rede de atenção à saúde
(RAS) para sua utilização em tempo oportuno proporcionando a eficácia e efetividade das ações em saúde. Justificativa:
Compreendemos a necessidade de apresentar os serviços ofertados pela atenção ambulatorial especializada (AAE) do
Consórcio Intermunicipal de Saúde/AMUNPAR, e suas competências na RAS, a grupos específicos, como: profissionais
da atenção primária à saúde dos municípios consorciados e acadêmicos das instituições de ensino superior do curso de
enfermagem, pois estes, são atores no processo do cuidar. Objetivos: Informação sobre as disponibilidades de serviços
ofertados pelo SUS – Sistema Único de Saúde na atenção secundária da região noroeste do Paraná para compartilhamento
do cuidado de maneira integral e efetiva; disseminação dos fluxos de atendimento, pois a atenção secundária é porta fechada,
regulada pela APS; e educação em saúde. Descrição da Experiência: O profissional enfermeiro possui competências
técnicas regulamentadas por sua profissão nas áreas de supervisão, coordenação, assistencial e educacional, desde modo,
compartilhar os conhecimentos para promoção da saúde, prevenção de agravos e reabilitação, são intrínsecos na sua área
de atuação. Como a atenção secundária trata-se de um ponto de atenção porta “fechada”, pois é regulado pela APS, através
dos encaminhamentos à referência. Percebe-se, que a integração entre estes pontos de atenção, será mais efetiva se ambos
conhecerem as competências, serviços e fluxos para melhoria das ações em saúde. Em relação às instituições de ensino
superior, o fortalecimento do conhecimento sobre a rede de atenção à saúde, funcionamento e organização dos serviços,
proporciona a melhoria da qualificação profissional. Com esta visão, estão sendo realizadas capacitações e visitas técnicas
guiadas, com a explanação do fluxo de atendimento e os serviços disponibilizados, um olhar voltado à atenção ambulatorial
especializada. Reflexão sobre a experiência e recomendações: Envolver os atores no processo do conhecimento sobre os
fluxos de atendimento é de extrema importância para a integração e comunicação efetiva da RAS no compartilhamento do
cuidado, para efetividade das ações, nota-se, que ainda existem profissionais que desconhecem a amplitude da carteira de
serviços ofertados no SUS.
78