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EIXO 2   Educação e Formação em Saúde
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                                        PREVENÇÃO DO ABUSO SEXUAL INFANTIL
                    Autores: ALINE KRIEGER ALMEIDA | Maria Carolina Rossi Formagio, Douglas Heitkoetter, Juliana Cabral Alves.
                    Instituição: Pontifícia Universidade Católicas do Paraná
                 PALAVRAS-CHAVE: Abuso Sexual Infantil; Educação em Saúde; Enfermagem.
                 O  contexto  de  vulnerabilidade  e  risco  em  que  as  crianças  e  adolescentes  estão  expostas  verificou-se  a  necessidade  de
                 uma atividade de prevenção relacionada ao abuso sexual com alunos do quinto  ano em uma escola municipal  do ensino
                 fundamental. Abuso sexual na infância e adolescência é uma violência que acontece no ambiente doméstico ou fora dele, mas
                 sem a conotação da compra de sexo, podendo o agressor ser pessoa conhecida ou desconhecida, em que o fenômeno consiste
                 numa relação adultocêntrica, sendo marcado pela relação desigual de poder, o agressor domina a criança e/ou adolescente,
                 se apropriando e anulando suas vontades, tratando-os como objetos que dão prazer e alívio sexual (CUNHA, 2021). Podemos
                 conceituar esse fenômeno como, todo ato de natureza erótica, com ou sem contato físico, com ou sem uso da força, entre um
                 adulto ou adolescente mais velho e uma criança ou adolescente, podendo ocorrer no meio intrafamiliar e extrafamiliar (CUNHA,
                 2021). Com objetivo de prevenir o abuso sexual infantil e investigar o conhecimento das crianças sobre as partes do corpo que
                 podem e não podem ser tocadas, foi proposta a dinâmica “Semáforo do Toque” onde a cor verde significa que determinada
                 parte do corpo pode ser tocada, nós amarelos, é necessário ter atenção e nos vermelhos, é proibido o toque. O instrumento
                 de pesquisa nos mostra a incidência dos alunos, separados por sexo, sobre seus conhecimentos e o que eles avaliam como
                 “pode” e “proibido”. Participaram da atividade 12 meninos e 13 meninas, observa-se que o conhecimento dos meninos sobre
                 o que pode ou não tocar é preocupante, pois existe divergência no nível de perigo com as partes do corpo, principalmente
                 com a região que compõem os 3 elementos: boca, peito e região íntima. O resultado com as meninas também é preocupante,
                 pois as regiões do ombro, pernas e seios foram sinalizadas com pode tocar na sua grande maioria. O tema referente ao abuso
                 sexual infantil é um grande desafio, pois é um assunto delicado e de grande complexidade. A idade em que o abuso sexual
                 se inicia geralmente é entre os 6 e 12 anos e muitas vezes a criança ou adolescente não relata o episódio de abuso, por não
                 compreender ou por medo. É relevante a realização de ações para prevenir, orientar e combater o abuso sexual de crianças
                 e adolescentes. A proposta é conscientizar a invisibilidade: informando e mobilizando a sociedade a defender os direitos das
                 crianças e adolescentes.




                 CURSO DE APERFEIÇOAMENTO EM SAÚDE MENTAL PARA A ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE:
                                         O ENSINO A DISTÂNCIA ESTÁ AQUI PERTO
                    Autores: EMERSON LUIZ PERES | Aldiney José Doreto, Aline Pinto Guedes, Denise de Castro, Priscila Meyenberg
                    Cunha Sade, Suelen Letícia Gonçalo. Instituição: Escola de Saúde Pública do Paraná – ESPP / SESA
                 PALAVRAS-CHAVE: Educação à Distância; Educação em Saúde; Saúde Mental; Atenção Primária à Saúde.
                 Este relato de experiência refere-se à elaboração de curso de aperfeiçoamento na modalidade de educação a distância (EAD)
                 com monitoria e carga horária de 200 horas, para atender ao desafio de qualificar as equipes de atenção primária em saúde
                 (APS) para o cuidado em saúde mental (SM) no pós pandemia. Este curso se alinha aos objetivos do Plano Estadual de Saúde
                 2020-2023 na perspectiva de uma gestão em saúde pública compromissada com o fortalecimento da Rede de Atenção à Saúde
                 do Paraná, em específico na implementação da linha de cuidado em SM. Seu objetivo é aproximar o campo da Saúde Pública/
                 Coletiva e o campo da Saúde Mental, ampliando as interfaces multiprofissionais e comunitárias, para intervenção adequada
                 na APS. Formou-se um grupo gestor, com técnicos das áreas da Educação Permanente em Saúde (EPS), da SM e da APS, e
                 definiu-se pelo curso EAD no ambiente do AVASUS/ESPPrVirtual, desenvolvido pela ESPP, com encontros remotos, dada a maior
                 capilaridade e propagação do conhecimento, e pela monitoria, para melhor acompanhar e garantir efetividade no envolvimento
                 dos cursistas. A partir das experiências institucionais de formação em SM, estabeleceu-se a organização curricular do curso
                 com 4 Unidades de Aprendizagem (UA), e 10 módulos de ensino, a saber: 1.1 Saúde Mental no Contexto das Políticas Públicas;
                 2.1 Rede de Atenção à Saúde e a Linha de Cuidado em SM; 2.2 Territorialização e Processo de Trabalho em SM; 3.1 Atuação
                 em Equipes de Trabalho no Cuidado em SM na APS; 3.2 SM e Ciclos de Vida; 3.3 SM, Trabalho e Violência; 4.1 Estratificação de
                 Risco em SM; 4.2 Cuidado em SM na APS; 4.3 Reabilitação Psicossocial; e 4.4 Urgência e Emergência em SM. O público-alvo são
                 profissionais de saúde que atuam nas equipes de APS, preferencialmente com formação em nível superior. Pedagogicamente,
                 o curso tem como marco conceitual a EPS, portanto, a aprendizagem significativa e a intervenção na realidade de trabalho
                 dos participantes. Nessa lógica, os encontros remotos síncronos (Fóruns de Diálogos) têm papel relevante para promover a
                 síntese reflexiva ao final de cada UA, associados às videoaulas, à leitura dos textos básicos e do material complementar, dos
                 questionários de avaliação e fixação e da interação com os monitores. O curso consegue qualificar equipes com tema essencial
                 na saúde pública, promovendo a mudança do paradigma asilar para o da atenção psicossocial e de modelo de cuidado em SM
                 na APS, ao mesmo tempo que aproxima o EAD da realidade da APS.



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