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EIXO 2 Educação e Formação em Saúde
RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
TRATAMENTO CIRÚRGICO NA SINDROME DO TUNEL DO CARPO FOLLOW UP DE 06 ANOS
Autores: VICENTE MARANHAO | Daniel Tebaldi, Lirane Elize Defante Ferreto, Geraldo Emílio Vicentini,
Fernando Mazetto Brizola, Claudicéia Risso Pascotto. Instituição: Hospital Regional do Sudoeste
PALAVRAS-CHAVE: Síndrome do Túnel do Carpo; Diagnóstico; Sintomas; Qualidade de vida
O túnel do carpo é a região anatômica localizada ao nível do punho onde passam os tendões flexores dos dedos e o nervo
mediano em direção a mão. A doença síndrome do túnel do carpo idiopática (STC) ocorre em 3% a 5% da população em
geral, relacionado a uma causa compressiva dentro do túnel, seja pelo aumento do conteúdo ou pela diminuição do espaço
por hipertrofia das estruturas. A avaliação clínica detalhada inclui na pesquisa dos testes provocativos: o sinal de Tinel tem
60% de sensibilidade e 67% de especificidade e a manobra de Phalen tem 75% de sensibilidade e 47% de especificidade. O
teste discriminatório-exame de Eletroneuromiografia (EMG) é considerado padrão ouro para confirmação diagnóstica. As
principais estratégias para evitar a persistência do quadro álgico, implica na seleção clínica criteriosa e a escolha da técnica
cirúrgica para evitar complicações pós-operatórias e reoperações. A cirurgia de abertura do canal do carpo para a síndrome
de túnel do carpo é uma das cirurgias mais realizadas no mundo. Esse estudo transversal foi realizado em 63 pacientes
submetidos a cirurgia aberta com ressecção do retináculo dos flexores(RF), sendo 100% em única mão e 54% nas duas
mãos, totalizando 97 cirurgias. O objetivo do trabalho está pautado em avaliar o retorno às atividades habituais/ trabalhistas
após 30 dias do procedimento, com melhora do quadro álgico. Foi observado que em 58 (92%) dos pacientes, obtiveram
um desfecho bom a ótimo, para alivio de sintomas dolorosos, força de apreensão e parestesia nas mãos com ausência de
complicações e nenhuma reoperacão, dessa forma garantindo uma qualidade de vida ao indivíduo para realização de suas
atividades diárias. Tendo como interpretação dos resultados, que uma seleção clínica criteriosa dos pacientes, aliado ao
procedimento cirúrgico adequado condiciona a um resultado satisfatório. O estudo permitiu avaliar a melhora do sintoma
álgico, força e parestesia nas mãos em pacientes portadores de síndrome do Túnel do Carpo Idiopática, produzindo efeito
terapêutico excelente sem resultados adversos, onde 92% dos indivíduos retornaram ao mercado de trabalho/atividades
habituais, sem nenhuma reoperação ou complicações. Logo a melhora da dor foi o elemento mais impactante no desfecho
garantindo assim uma qualidade de vida adequada ao indivíduo após o procedimento cirúrgico.
MIELITE LONGITUDINALMENTE EXTENSA (MLE)
Autores: SAMYRA SOLIGO ROVANI | Emanuely dos Santos Silva, Eloisa Maria Neres, Vicente de Albuquerque
Maranhao. Instituição: Hospital Regional do Sudoeste
PALAVRAS-CHAVE: neuro mielite, mielite transversa
Mulher, 46 anos, sem comorbidades, iniciou quadro com paresia em MSD súbita, evoluindo também para o MSE em poucas
horas, após 24h com tetraparesia desproporcionada associada à retenção urinária, sem comprometimento respiratório,
estando consciente, afebril, reflexos osteo-tendinosos sem alterações, hipoestesia padrão medular nível em T12. Realizado
exames laboratoriais, infecto –parasitários, autoimune sem alterações, exame de imagem com RM de encéfalo/oftalmico
sem anormalidades, RM de medula cervico-dorsal com hipersinal em T2 ao nível de C3-T7, LCR sem alterações e anti-AQP4
negativo. Programado pulsoterapia com metilprednisolona, com melhora acentuada. Alta hospitalar com fisioterapia
motora recuperando a capacidade de andar sem apoio com liberação piramidal global e sem alterações esfincterianas.Na
MLE, essencial adequada história clínica para caracterizar início e evolução dos sintomas, exame neurológico e investigação
etiológica infecciosa / parastária / autoimune / associação com neurite óptica ou idiopático, uma vez que o diagnóstico
incorreto pode levar ao tratamento ineficaz. Dentre os exames, a ressonância nuclear magnética medular, cerebral e do
nervo óptico são essenciais ao diagnóstico. No caso denota-se que a rápida instalação neurológica com comprometimento
vesical imediato, a alteração no exame de imagem em mais de três níveis é indicativo de MLE, porém o LCR não inflamatório e
a anti aquoporina 4 negativo sugere evolução atípica. Enfatizamos que a pesquisa sorológica para anticorpo antiaquaporina
4 pelo método cell-based assay (CBA), com especificidade em torno de 90%, foi negativa. Embora a negatividade deste exame
não exclua totalmente a possibilidade de síndrome do complexo neuro mielite óptica, a forma de instalação e ausência de
alterações nos nervos ópticos diminuem o risco para esta condição O conhecimento dessa entidade e de seu adequado
manejo diagnóstico e terapêutico se faz essencial à assistência desses pacientes.
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