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EIXO 2   Educação e Formação em Saúde
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                   PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM EM NEFROLOGIA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

                    Autores: RENÉ SCALET DOS SANTOS NETO | Rosana Alves. Instituição:  Faculdades Pequeno Príncipe

                 PALAVRAS-CHAVE: Educação Médica; Métodos de Ensino; Nefrologia.
                 Introdução: A redução da procura pelos Programas de Residência Médica em Nefrologia na última década é um assunto
                 que  vem  ganhando  relevância,  notadamente  nas  discussões  suscitadas  pelas  sociedades  científicas  e  associações
                 médicas por  todo  o  mundo.  Constata-se  que  há  falta de  interesse pela  especialidade  desencadeado  por  processos de
                 ensino-aprendizagem inadequados no sentido de gerar interesse dos graduandos. Diante desse cenário, é fundamental
                 compreender quais são os fatores que influenciam o processo de ensino-aprendizagem na Nefrologia durante a graduação.
                 Objetivo: Revisar as estratégias que estão sendo empregadas para ensinar diferentes tópicos de nefrologia para estudantes
                 de medicina e compreender se esses métodos têm sido bem-sucedidos. Método: Foi realizada uma revisão integrativa de
                 artigos publicados em inglês, espanhol e português sobre o ensino de nefrologia na graduação em medicina com busca em
                 três bases de dados (PubMed, ERIC, SciELO e Lilacs). Usamos as seguintes palavras-chave em nossas pesquisas: “educação
                 médica”, “estudantes de medicina”, “nefrologia”, “métodos de ensino” (em português),  “medical education”, “medical
                 students”, “nephrology” e “teaching methods” (em inglês) e “educación médica”, “estudiantes de medicina”, “nefrología” e
                 “métodos de enseñanza” (em espanhol). Resultados: Observou-se um papel relevante do uso de metodologias ativas nos
                 processos de ensino-aprendizagem como uma ferramenta promissora para ampliar o interesse dos estudantes pelo tema.
                 Além disso, constatou-se que uma parcela dos educadores médicos envolvidos com o ensino da Nefrologia são, na realidade,
                 não-nefrologistas. Por fim, percebe-se um papel do uso de ferramentas online como estratégia para ampliar o interesse
                 dos estudantes pela disciplina. Conclusão: Falta rigor no desenho dos estudos sobre a formação do estudante de medicina
                 em nefrologia. Estudos controlados randomizados bem desenhados, bem como o uso de estudos de coorte comparando
                 metodologias de ensino-aprendizagem, são necessários para avaliar a efetividade das técnicas educacionais introduzidas
                 nos currículos das escolas médicas.






                      LIGA ACADÊMICA DE MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE: NARRATIVAS DAS
                                                      MOTIVAÇÕES
                    Autores: MARCOS VINÍCIOS CARDOSO | Rosangela Ziggiotti, Amanda Yumi Ono Valderrama, Beatriz Kaway
                    Van Linschoten, Ana Beatriz dos Santos, Bruna Franco Ferreira. Instituição: Universidade Estadual de Maringá
                 PALAVRAS-CHAVE: Medicina de família e comunidade; Ligas; Educação médica
                 Introdução: As Ligas acadêmicas ganharam destaque e estão em expansão nestes últimos anos. Formadas por acadêmicos,
                 residentes, especialistas e sob a orientação de um ou mais professores, desenvolvem ações de ensino, pesquisa e extensão
                 em determinada área do conhecimento. Em agosto de 2021, primordialmente protagonizada por acadêmicos, aconteceu
                 a aula inaugural da Liga de Medicina de Família e Comunidade (LAMFaC) de uma universidade pública estadual no interior
                 do Paraná. Objetivo: Identificar quais as motivações dos(as) acadêmicos(as) para participar da LAMFaC. Método: Trata-
                 se de estudo qualitativo. Foi divulgado junto às redes sociais, informações a respeito da aula inaugural da LAMFaC, que
                 na vigência da pandemia da covid19 aconteceu na modalidade remota.  Nesse processo foi enviado o formulário para
                 inscrição no evento pelo Google forms. Durante a aula inaugural (Roda de Conversa) foi disponibilizado no chat a lista de
                 presença, indagando aos interessados que se manifestassem. Na admissão os ingressantes entregaram cartas de interesse/
                 apresentação com uma narrativa escrita sobre a “motivação” para integrar-se na proposta. Resultados/Discussão: Foram
                 admitidos 23 acadêmicos(as) e 15 entregaram as narrativas solicitadas. Os conteúdos mais recorrentes foram: humanização;
                 perfil do profissional, e oportunidade de reflexões sobre temáticas que fogem ao escopo essencialmente biológico. Algumas
                 citações trazem respectivamente essas afirmações: a) “nasci no interior do Mato Grosso do Sul e por isso as questões de
                 saúde pública/comunitária sempre me sensibilizaram muito, pois costumam atingir populações socialmente vulneráveis ou
                 sem condições de realizar um tratamento em outra cidade, sei como a medicina da comunidade tem um papel importante
                 para levar saúde onde poucos recursos chegam, como nas aldeias indígenas da minha cidade natal”; b) “não tenho dúvidas
                 que será uma experiência enriquecedora e trará para a nossa formação a visão humana da medicina, já que a técnica nós
                 temos de sobra no decorrer do curso”; c) “ valoriza o cuidado humano integral que supera o saber clínico, abrangendo desde
                 questões relativas à infraestrutura até questões sociológicas”. Conclusão: As motivações para participação na LAMFaC vão
                 de encontro às competências esperadas dos estudantes de medicina na sua formação e quem sabe pode até inspirá-los para
                 escolha da especialidade.





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