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EIXO 2 Educação e Formação em Saúde
RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
UNIDADE DE CUIDADOS CONTINUADOS: INTEGRAÇÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL
ATRAVÉS DE OFICINAS COMO ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE.
Autores: JULIANA TRINKAUS MENON | Patrícia Padilha Sobutka, Caroline Gianna da Silva, Juliano Cesar
Semkiw, Juliana Molinari. Instituição: SESA/4ª Regional de Saúde de Irati.
PALAVRAS-CHAVE: Educação permanente; equipe multiprofissional; cuidados continuados.
Os Cuidados Continuados são constituídos por uma equipe multiprofissional, com atendimento integrado. Devido à
rotatividade de profissionais é necessário um cronograma de capacitações visando a integração destes profissionais à
equipe bem como entender a metodologia de trabalho aplicada nas reabilitações. Os Cuidados Continuados constituem em
uma linha de cuidado que avalia o paciente de forma global, buscando promover autonomia e melhorar a funcionalidade,
após hospitalização originada por situação clínica aguda, recorrência ou descompensação de processo crônico. A equipe
multiprofissional trabalha à saúde física e emocional dos pacientes, considerando sua realidade social e seu papel na
família e na sociedade. Para manter esse atendimento em sintonia são necessárias capacitações periódicas que permitem
melhorar o processo de trabalho no desenvolvimento e integração de todos. As oficinas têm como finalidade promover
estratégias políticopedagógicas que tomam como objeto os problemas e necessidades emanadas do processo de trabalho
em saúde. Fortalecendo o vínculo entre todos, proporcionando o diálogo e principalmente a integração dos profissionais
que estão ingressando na equipe. Agregando o compartilhamento do Cuidado e a melhoria da gestão do SUS. Foram
realizadas Oficinas abrangendo o Projeto Terapêutico Singular (PTS), Política Nacional de Humanização (PNH) e Segurança do
Paciente. Foi utilizado a Metodologia Ativa com apresentações de slides, trabalhos em equipe, estudos de casos, discussões,
dinâmicas de grupos, fomentando a participação de todos e construindo o conhecimento compartilhado com a elaboração
de cronograma de capacitações permanentes. Estas oficinas foram realizadas pelos profissionais capacitados da Regional
de Saúde. Envolver toda a equipe multiprofissional num processo de educação permanente trouxe além da valorização
profissional o compartilhamento do conhecimento de cada área para formar um aprendizado coletivo, agregando
valores aos atendimentos prestados aos pacientes. A Educação Permanente na formação e nas mudanças decorridas no
desenvolvimento do cuidado fortalece o aprendizado coletivo, empoderando a equipe multiprofissional.
USO DO PORTFÓLIO COMO FERRAMENTA AVALIATIVA NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO
DE FISIOTERAPIA – RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: RUBIA CALDAS UMBURANAS | Cíntia Raquel Bim Quartiero. Instituição: Universidade Estadual do
Centro-Oeste
PALAVRAS-CHAVE: fisioterapia; ensino; estágio supervisionado.
O portfólio é uma forma de avaliar interativa e moderna, com o objetivo de trazer novas perspectivas ao cotidiano do
trabalho docente. Seu uso é uma estratégia para revelar não só o que foi aprendido, mas também modificar a relação
pedagógica com uma prática avaliativa mais participativa, melhorando o processo de ensino-aprendizagem. O presente
relato visa apresentar a experiência de 2 docentes com o uso do portfólio como prática avaliativa do cotidiano no estágio
supervisionado de Fisioterapia na Atenção Básica, com 36 acadêmicos do 4º ano de uma universidade pública em 2021.
Foi proposto o registro das atividades como um diário da rotina do estágio que foram: (1) atendimentos domiciliares e
individuais na Unidade Básica de Saúde (UBS); e atividades diversas que contemplou (2) conhecer a rotina de trabalho
da UBS; (3) realizar territorialização e diagnóstico situacional juntos aos agentes comunitários de saúde; (4) discussão de
ferramentas tecnológicas e processo de trabalho do fisioterapeuta; (5) discussão de casos; (6) participação da reunião do
Conselho Municipal de Saúde; (7) acesso aos sistemas de informação em saúde e prontuário eletrônico do município; (8)
realização de atividade de educação em saúde; e (9) elaboração de material com informações epidemiológicas dos usuários
da UBS. O portfólio deveria ser elaborado individualmente, em manuscrito, ilustrado com fotos ou desenhos elaborados
pelo acadêmico e entregue ao final do ciclo do estágio. O resultado do material foi excelente, vários formatos de registros
foram observados com reflexões da rotina que se enquadravam com o momento, inspirações de acordo com as situações
vivenciadas, fotos das atividades diárias, ilustrações, análise crítica, mudanças de abordagens de acordo com o contexto,
expectativas e dificuldades encontradas com as atividades individuais ou em equipe e visão ampliada do ser humano. O
acesso a esse material auxiliou os docentes a conhecer as individualidades dos acadêmicos, na estruturação do estágio como
modificar ou manter atividades propostas e para agregar valor ao desenvolvimento de competências e habilidades para a
formação profissional. Aos acadêmicos favoreceu a organização dos seus registros e a liberdade de reflexão sobre seus
progressos nas atividades práticas. O portfólio mostrou-se uma excelente ferramenta avaliativa do estágio por apresentar
um feedback mais detalhado da vivência dos acadêmicos.
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