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EIXO 2 Educação e Formação em Saúde
RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
A FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DE SAÚDE COM BASE NA ASSOCIAÇÃO DO ENSINO E
SERVIÇO DENTRO DO SUS – UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: DANIELA RODRIGUES PARIGOT DE SOUZA | Thabata Cristy Zermiani, Jorgia Stefany Pereira Dos Santos,
Carmem Cristina Moura Dos Santos, Letícia Fernandes Andres, Ernesto Josué Schmitt. Instituição: Pontifícia
Universidade Católica do Paraná
PALAVRAS-CHAVE: Educação em Saúde; Capacitação Profissional; Atenção Primária em Saúde
Caracterização do Problema: A consolidação do SUS – Sistema Único de Saúde está diretamente ligada à formação de profissionais
que estejam capacitados a atuar dentro deste sistema, seja na gestão ou no cuidado com ênfase em equipes multidisciplinares e
baseado na promoção e proteção da saúde. As Instituições de Ensino Superior (IESs), para além de formar profissionais competentes
tecnicamente, precisam formá-los com competências que os tornem aptos a atuarem dentro do SUS, de forma plena. Concerne ao
SUS orientar a formação de recursos humanos em saúde, fica evidente a necessidade do sistema se abrir à academia com campos
de estágio e extensão universitária, e também das IESs aderirem a este processo. Neste relato de caso é destacada a Educação
em Saúde realizada em comunidades do município localizado no litoral do Estado do Paraná em parceria com a Universidade, e
o impacto para a população e os estudantes. Justificativa: A necessidade do SUS de possuir em seus quadros profissionais de
saúde com sólida formação técnico-científica e humana. Objetivos: Relatar a experiência da parceria entre a Secretária Municipal
de Saúde (SMS) e a IES para atividades de Educação em Saúde, e o impacto para a população e para os estudantes. Descrição
da experiência: Desde julho de 2020 a IES vem atuando junto à SMS com o objetivo de reforçar valores éticos, técnico-científicos
nos estudantes, como ferramenta de transformação social nas comunidades que atuamos. Neste período, foram realizadas
intervenções em vários grupos em situação de vulnerabilidade social, como coletadores de recicláveis, mulheres em condição de
vulnerabilidade extrema, além de áreas adscritas às Unidades de Saúde do Município. Fazem parte das intervenções em saúde,
com base nos princípios da Educação em Saúde: visitas domiciliares, palestras, controle da dengue; ainda consultas odontológicas,
aplicação de vacinas dentre outras; oficinas e brincadeiras, e a Prefeitura Itinerante (onde outras secretarias também participam)
e onde vinculamos os estudantes dos cursos de Odontologia, Enfermagem, Farmácia, Biologia, Fisioterapia e Medicina. Reflexão
sobre a experiência: Esta experiência, ainda que em construção, nos mostra que a Universidade deve transcender os seus muros,
e juntamente com o poder público ser um agente de transformação. Recomendações: A extensão universitária deve ser reforçada,
para se tornar uma ferramenta de formação dos estudantes e de mudanças em comunidades quando associada ao SUS.
PERSPECTIVAS DE ACADÊMICAS DE ENFERMAGEM COM A SUSPENSÃO DE ATIVIDADES
PRÁTICAS: REFLEXOS DA PANDEMIA DO COVID-19
Autores: ANGÉLICA RIBAS DE FREITAS | Raiana Jacinto de Moura, Mariangela Gobatto, Clenise Liliane Schimidt,
Albimara Hey. Instituição: Instituto Federal do Paraná- Campus Palmas
PALAVRAS-CHAVE: Pandemia por COVID-19; Estudantes; Formação Profissional
Caracterização do problema: Em janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto do vírus SARS-CoV-2
como uma emergência de saúde pública de interesse internacional (ESPII) e, em março de 2020, com a disseminação do vírus em
diferentes países, foi declarada a pandemia. A ausência de imunizantes e tratamentos eficazes para combater a infecção, somada ao
crescente número de casos e mortes pela doença, resultou na necessidade de adoção de medidas de distanciamento físico-social,
impactando em todas as dimensões da sociedade e sobremaneira no sistema educacional. Justificativa: As medidas de isolamento
apresentaram-se como único meio de prevenção da disseminação do vírus, o que resultou na adoção de estratégias de ensino
remotas que respeitassem essas necessidades de distanciamento em todos os cursos, inclusive, os de saúde que originalmente, eram
ofertados somente de forma presencial. Objetivo: Descrever os reflexos da pandemia no processo de formação de enfermeiros,
decorrido do período de suspensão das atividades letivas de agosto de 2020 a outubro de 2021, trazendo à tona os receios e
perspectivas destes futuros profissionais. Descrição da experiência: As medidas de isolamento social adotadas no Brasil que
resultaram no afastamento entre os acadêmicos de Enfermagem e o campo prático desencadearam impactos que transcenderam
a esfera educacional, em virtude da singularidade com que os estudantes vivenciaram essas mudanças tanto a esfera psicológica
quanto a familiar foram afetadas. Uma vez que o ambiente doméstico, converteu-se em uma sala de aula na qual os acadêmicos
estavam constantemente expostos aos conflitos domésticos e à realidade desafiadora dos profissionais de Enfermagem que estão
na linha de frente. Tudo isso resultou em frustração, sofrimento psíquico, angústia, dificuldades de concentração e irritabilidade,
repercutindo no aprendizado e qualidade do conhecimento assimilado. Reflexão sobre a experiência e recomendações:
Compreende-se a importância das tecnologias nos processos de ensino e aprendizagem, no entanto, é importante ressaltar que as
mesmas não são auto suficientes, e exercem um papel complementar no que diz respeito ao ensino. Adaptar-se ao ensino remoto
foi um desafio devido aos impactos psicológicos, a necessidade de reformulação de aprendizagem e as dificuldades de acesso e
manuseio das tecnologias digitais. Palavras-chave: Pandemia por COVID-19; Estudantes; Formação Profissional.
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